domingo, 26 de outubro de 2014

Whippet

Veloz como o vento... (outros nomes: Pequeno Galgo Inglês, Galguinho Inglês)

Whippet
origem:Reino Unido
data de origem:Século XIX
esperança de vida:15 anos
classificação:Galgos de pêlo curto
altura:44 para 51 cm
peso:13 para 16 kg

História 

O Whippet é um galgo inglês de porte mais pequeno do que o Greyhound. É uma das raças de cães mais rápidas, atingindo uns vertiginosos 65 km/h. Chegam a bater o Greyhound em curtas distâncias, mas se derem ao Greyhound tempo suficiente, este bate o Whippet em resistência e velocidade máxima. O Whippet tem de facto sangue de Greyhound, mas também de vários terriers e há quem aponte o Galguinho Italiano como seu antecessor.

O Whippet tinha na altura como papel principal a caça de lebres, mas com a revolução industrial, o panorama alterou-se. Os camponeses migraram para as cidades e levaram consigo os cães que possuíam. Entre várias raças, estava o Whippet, caçador de lebres. Na cidade, a utilidade do Whippet era diminuta. Cedo os operários começaram a fazer corridas com os seus cães, quando perceberam que o Whippet perseguia com a mesma determinação uma lebre falsa e uma verdadeira. As corridas eram de pequeno curso, feitas na rua, onde homens marcavam um circuito com as ferramentas que tinham à mão. As corridas eram acompanhadas de apostas.

O Whippet passou então a ser conhecido como o Greyhound dos pobres, uma vez que estes operários não tinham dinheiro para comprar aquele que se considerava na altura o verdadeiro cão de corrida, o Greyhound. A raça foi contudo crescendo em popularidade devido ao pequeno tamanho e temperamento dócil.

A raça foi tardiamente reconhecida no seu país de origem. Apenas em 1891, o Whippet foi aceite como raça em Inglaterra, quando tinha sido reconhecido dois anos antes pelos norte-americanos.

Hoje em dia, o Whippet é sobretudo um cão de companhia, embora se encontrem muitos exemplares dedicados à caça ou corridas.

Temperamento 

O Whippet é um cão calmo e gentil. Devido à sua independência, os donos não conseguem ter controlo completo sobre o Whippet. Brincalhão, o Whippet utiliza as patas dianteiras para falar com os seus companheiros de duas patas. Como apresenta patas e unhas desenvolvidas para a corrida pode de alguma forma ser eventualmente perigoso para as crianças pequenas. De salientar que a maioria adora crianças.

Inteligente e sensível, o Whippet pode ser treinado, mas não recorrendo a castigos físicos ou medidas mais brutas. Para ensinar o cão é necessário alguma imaginação e apelar aos interesses e necessidades do animal, tal como a velocidade e curiosidade.

Os exercícios básicos e repetitivos não são do agrado do Whippet, como por exemplo, ensinar a sentar e a deitar. Mas, com um biscoito por perto, o cão acaba por obedecer.

O importante é manter a consistência, por exemplo, na rua, à trela, deve ir repetindo o comando “pára”, por causa dos carros. Com consistência, o cão acaba por aprender a parar na passadeira, mas continua a aguarda distraidamente o comando  para avançar. Contudo, todo o cuidado é pouco com estes animais, dado a sua superior capacidade de visão. Se algo, bem longe, despertar a atenção deles, eles correm disparados para investigar.

O Whippet dá-se bem com outros cães, mas vê os gatos como presas. É um bom cão de alerta, ladrando a estranhos.

Apesar de ser um corredor, o Whippet é calmo em casa. No interior passa a maior parte do tempo a dormir ou simplesmente a descansar. São cães limpos que gostam de passar tempo com a família. Não são por isso cães de exterior. Devem dormir dentro de casa onde desfrutam da companhia dos donos.

Apesar de parecerem frágeis, são cães muito resistentes, desde que não fiquem em canis no exterior. O que mais liga estes animais aos seus donos é o afecto que têm por eles. São muitíssimo dependentes do seu clã (humano, ou não) e não devem permanecer sós, por longos períodos. Um whippet não se liga ao seu território, mas sim à sua família humana. É aconselhável, para quem fica fora de casa muitas horas, a que não adopte um Whippet, ou então que adopte no mínimo dois, pois ambos farão companhia uma ao outro, tolerando melhor as longas horas de espera pelos seus humanos.

Precisam de muito exercício: passeios e uma corrida vigorosa por dia são obrigatórios.

Descrição 

O Whippet é um cão de porte médio, de linhas graciosas e corpo musculado. Os machos têm entre 47 e 51 cm e as fêmeas entre 44 e 47 cm. O estalão não define o peso ideal do Whippet, mas os exemplares rondam os 13 a 16 kg.

O Whippet é a perfeita combinação entre velocidade e elegância. A cabeça é comprida e fina, terminando num nariz preto, azulado, ou castanho, conforme a cor da pelagem. Os olhos são ovais, de expressão viva e atenta. Aliás pertencem ao grupo "sighthounds" devido à excelente capacidade de visão que possuem.
Em forma de pétala de rosa, as orelhas pequenas e nunca espetadas, adornam a parte lateral da cabeça. Também possuem excelente capacidade auditiva e o mínimo ruído não habitual provoca neles imediata atenção. O pescoço é comprido e musculoso, sendo ligeiramente arqueado que adoram repousar numa confortável almofada.

Com um corpo proporcional, o tórax revela-se profundo, contrastando com o abdómen bastante delgado e estreito. Os membros anteriores são verticais e os posteriores arqueados e musculosos. A cauda é comprida estreitando até à ponta. Apresenta-se com um ligeiro arco na ponta, que não deve ser superior à linha do dorso.

O pêlo é curto e fino. Como esta raça não apresenta sem subpelo, é bastante friorenta e pode necessitar de agasalhos no Inverno. O Whippet pode surgir em qualquer cor.

Saúde 

O Whippet não exige muita manutenção ao nível da pelagem. Escovagens semanais mantém o pêlo são. É um cão que larga pouco pêlo, dado não possuir subpêlo. Com escovadelas diárias, sobretudo nas mudanças de estações, com luvas apropriadas, os poucos pêlos ficam retidos nas luvas e não haverá sinais de cão em algum lugar.

A pele fina do Whippet é bastante sensível e propensa a alergias. Aliás, são tão propensos a alergias (medicamentosas ou outras) como os Collies. Em pequenos, até ao 1º ano de idade, deve-se ter especial cuidado com insectos (vespas, pulgas), anti-parasitantes, shampoos e medicamentos (anestesias) e deve-se acautelar o próprio veterinário para estas situações alérgicas, de forma a que ele (caso não conheça a raça) se oriente pelas informações conhecidas da raça Collie.

Estes cães, como anteriormente referido, além de não terem subpêlo, não possuem também camada adiposa como as outras raças, logo são mais sensíveis ao tempo frio e à humidade, necessitando de agasalhos no Inverno.

Västegötaspets

 (outros nomes: Valhund)

Västegötaspets
origem:Suécia
data de origem:Século VIII
classificação:Cães Nórdicos de Guarda e Pastoreio
altura:33 para 35 cm
peso:11 para 16 kg

História 

Originário da Suécia, a história deste pequeno cão faz-nos viajar, segundo os historiadores, até à época dos Vikings, durante o século VIII, altura na qual este cão foi levado para a Grã-Bretanha, ou então foi cruzado com o Welsh Cogis na Suécia. Na sua terra natal é conhecido como Västgötaspets (sptiz de Gohts Ocidental) e prestou, durante muito tempo, uma ajuda imprescindível ao homem nas diferentes tarefas da quinta.

Depois da I Guerra Mundial, a criação sistemática desta espécie é levada a cabo por Bjorn von Rosen, membro do Kennel Club sueco, e K.G. Zettersten que, testemunhando a quase extinção desta raça, decidiram salvar a estirpe deste flagelo. Um macho (Mopsen) e três fêmeas (Lessi, Topsy e Vivi) foram os primeiros protagonistas do programa de criação de Valluhnd moderno.

Nos anos 40, o Kennel Club sueco reconhece oficialmente esta raça e, em 1964, é revisto o standard que a define. Em 1974, o primeiro exemplar desta raça é recebido na Grã-Bretanha e, quatro anos depois, estava formada a Swedish Vallhun Society, que viria a ser reconhecida em 1980, pelo Kennel Club britânico.

A partir de então esta raça tem conquistado vários admiradores na França, Holanda, Canadá, Irlanda, Dinamarca, Suíça, Nova Zelândia, entre outros.

Descrição 

O Vallhund Sueco é um cão de estatura pequena, cuja altura na cernelha pode atingir nos machos os 35 cm e nas fêmeas os 33 cm. O seu peso oscila entre os 11,4 Kg e os 16 kg.

A sua pelagem é característica por possuir um subpêlo macio, ao contrário da camada externa áspera e de comprimento médio. As cores variam entre o dois tipos de castanho (castanho-avermelhado ou acizentado) e amarelo (amarelo-avermelhado ou acizentado) ou cinzento aço.

A sua cabeça é bastante longa, o chanfro é pronunciado e o focinho assemelha-se ao de uma raposa. Os olhos são ovais, castanho-escuro ou cor avelã e as orelhas são pontiagudas, triangulares e bastante expressivas perante as diferentes situações. O corpo é uniformemente musculoso, apresentado uma estrutura óssea regular. As patas são ligeiramente curtas e a cauda, se existir, normalmente enrola-se sobre o dorso (tipo foice). 

Temperamento 

É um cão activo, com uma presença alegre, pouco silenciosa e energética. É amigo das crianças, leal e independente. É uma raça que instintivamente protege o lar e a família, apesar da sua estatura ser pequena. Apreciam ser incluídos nos jogos, nas corridas e passeios, principalmente se viverem em apartamentos ou casas sem jardins. É uma animal de estimação versátil que se adapta a diferentes tarefas ou cenários. 

Observações 

Esta raça não apresenta propensão a doenças.

Vive bem em de apartamentos, apesar de ser muito activa, por isso precisa de praticar regularmente exercício físico. É aconselhável uma escovagem periódica e o banho não é indispensável.
 

Tosa

 (outros nomes: Tosa-Ken, Cão de Luta Japonês ou Mastim Japonês)

Tosa
origem:Japão
data de origem:séc. XVIII
esperança de vida:10 a 12 anos
classificação:Raça de Trabalho
peso:45 para 90 kg

História 

A raça Tosa-Inu (também conhecido por Tosa-Ken, Cão de Luta Japonês ou Mastim Japonês) foi desenvolvida durante o séc. XIX com o propósito de criar um canídeo destemido e robusto para a luta de cães, na época, actividade considerada um desporto.

A evolução desta espécie teve o contributo de várias raças, já que se pretendeu conjugar a lealdade e agilidade para a luta típica dos cães japoneses, com a robustez dos cães ocidentais. Inicialmente, resultou de um cruzamento entre o Kochi e Shikoku e só mais tarde teve o contributo do Bulldog, Mastiff, Bull Terrier, Pointer Alemão e Grand Danois.

Foi desde sempre um animal muito respeitado no Japão, pela sua impressionante estatura e bravura, apesar de ser uma raça relativamente rara.

Reconhecido pela FCI (Fédération Cynologique Internationale ) este cão tem sido importado para os EUA e para a Europa, onde é utilizado como cão de companhia e de guarda. 

Temperamento 

O Tosa-Inu é um animal que pode-se tornar num excelente cão de companhia e guarda, com um temperamento seguro e leal. Possui as características ideais para cão de família, mas só o é se, durante o seu crescimento, for acompanhado e ensinado pelo seu dono. Daí que estes cães não sejam normalmente aconselhados a pessoas que possuam pouca experiência com animais.

No seio familiar, o Tosa-Inu é um animal calmo, silencioso, protector do território e da família. É reservado perante estranhos, sem ser agressivo. Com as crianças, revelam-se cães seguros, mas já não o são perante animais de estimação desconhecidos. São cães que toleraram perfeitamente bem dor, pelo que podem atacar.

Têm muito potencial como cães de guarda: são destemidos, corajosos, e possuem uma excelente robustez física  

Descrição

Este imponente cão apresenta medidas admiráveis que chegam aos 90 Kg de peso, e aos 60 cm de altura mínima na cernelha.

Possui uma pelagem curta, dura e macia, cujas cores variam entre o fogo (com ou sem marcas) e branco (com marcas fogo).

Na cabeça grande e robusta, os olhos são relativamente pequenos, cor de âmbar ou castanho-escuro, e as orelhas de inserção alta, são arredondadas nas pontas e estão normalmente caídas sobre as faces. O pescoço possui papadas e é largo e musculoso. O dorso é nivelado, recto, conferindo-lhe uma postura distinta, e o peito é largo e profundo. Os membros são atléticos, longos e fortes, conferindo-lhe uma movimentação vigorosa e possante. 

Observações 

Com uma esperança média de vida de 10 a 12 anos, estes animais não apresentam grande propensão para contrair as doenças mais típicas que afectam os canídeos.

É, contudo, importante a prática regular de exercício físico e uma escovagem ocasional para remover o pêlo morto.

Os Tosa-Inu são cães que apreciam a companhia da família, pelo que vivem bem dentro de casa.

Sussex Spaniel

Sussex Spaniel
origem:Inglaterra
data de origem:séc. XVIII
esperança de vida:12 a 15 anos
classificação:Cães de Tiro
altura:32 para 40 cm
peso:15 para 23 kg

História 

O nome deste Spaniel está, não só relacionado com a sua terra natal (condado de Sussex, na Inglaterra), mas também com o seu próprio criador (Rosehill Sussex). Diz-se que a sua origem remonta ao século XVIII, altura em que o Conde de Sussex, Fuller de Rosehill Sussex, desenvolveu esta raça para trabalhar dentro dos limites do seu território. Foi durante muito tempo, utilizado para a caça de perdizes e faisões, em terrenos acidentados, só que adquiriu fama de ser um pouco lento, o que acabou por influenciar a sua exportação e criação.

Em 1862, esta raça foi pela primeira vez apresentada ao público no Palácio de Cristal, em Londres, e reconhecida oficialmente naquele país em 1895. Em 1924, é fundado o Sussex Spaniel Association, altura em que se dá o primeiro registo desta raça. Nos anos 30, observou-se um crescente registo de crias no Stud Book do Kennel Club americano. No entanto, com o despontar das duas Grande Guerras, o número de exemplares diminui consideravelmente. A sua extinção não se concretizou graças à protecção que esta raça obteve de uma criadora britânica, SrªFeer. Nos EUA existiam apenas quatro criadores durante a década de 40, de forma que, quando a guerra acabou, existiam mais Sussex no território americano, que no seu país de origem. Nos anos 50, os criadores juntaram mais sangue do Clumber Spaniel a este cão de água, por forma a melhorar o seu carácter e a ossatura. No entanto, só na década de 70 é que a criação de Sussex se torna mais intensiva nos EUA.

Em Portugal, foi fundado em 1980, o Clube Português de Spaniel, que é reconhecido pelo Clube Português de Canicultura, pelo European Spaniel Association e pela Federation Cynologique Internationale. Tem por objectivo implementar actividades que pretendem fomentar e desenvolver a raça em Portugal. Actualmente, esta raça é das mais raras raças de Spaniels.
 

Descrição 

O Sussez mede entre 33 e 40 cm de altura na cernelha e o seu peso oscila entre os 16 e os 23 Kg.

A pelagem é farta e lisa, ligeiramente ondulada na orelhas e abundante nos membros e na cauda. A combinação de cor permitida é: tom de fígado dourado rico a dourado nas pontas dos pêlos, predominando o ouro.

A cabeça é larga, moderadamente redonda entre as orelhas e o chanfro é pronunciado. Os olhos cor de avelã são grandes e as orelhas são grossas, pendentes junto às faces. O seu corpo é compacto, dotado de um dorso e peito bem desenvolvidos e profundos. Os membros são curtos e robustos e as patas redondas e almofadadas.
 

Temperamento 

Este é um animal com uma personalidade muito própria, que pode ser um pouco teimoso, daí que necessite de um treino persistente e contínuo.

Dentro de casa, é uma companhia calma mas, quando está em alerta, é por vezes um pouco barulhento.

Fora de casa, é um animal cheio de entusiasmo que aprecia brincar com o seu dono. Apesar da sua expressão séria, são animais muito sociáveis que lidam bem com presenças estranhas. Gostam muito de estar na companhia da sua família, apesar de terem a tendência para eleger um dos membros com o qual são pouco possessivos. São bons amigo das crianças, devotos e nada agressivos.
 

Observações 

Esta raça tem uma esperança média de vida que oscila entre os 12 e os 15 anos, mas existem alguns problemas de saúde que lhe estão associados, de que são exemplo: a surdez (cuja tendência pode ser hereditária), infecções de ouvidos e displasia da anca.

A manutenção do seu pêlo deve ser diária e efectuada com uma escova e um pente. Os pêlos no interior das orelhas e entre os dedos dos pés devem ser aparados com frequência, por questões de higiene.

Deve praticar exercício físico regularmente, uma vez que ganha peso facilmente. O ideal será que tenha aceso a um jardim, onde possa estar algum tempo do seu dia.
 

Staffordshire Bull Terrier

 (outros nomes: Staff, Stafy, Staffie, staffbull, sbt, staffordbull, staffies, staffys, nanny dog)

Staffordshire Bull Terrier
origem:Reino Unido
data de origem:Século XIX
esperança de vida:11 a 12 anos
classificação:Terrier
altura:33 para 41 cm
peso:11 para 23 kg

História 

O Staffordshire Bull Terrier foi, tal como o nome indica, desenvolvido na região Inglesa de Stafforshire durante o início século XIX. Na sua ascendência conta com a mistura de terriers e bulldogs.

Sendo parte Terrier e parte Bulldog, a raça foi desenvolvida com o objectivo de participar nas várias lutas entre animais que floresciam na altura pelas ruas de Englaterra. Em arenas, eram colocados os cães e depois seleccionados os adversários. Os Bulldogs enfrentavam o touro, tentando imobilizá-lo através de dentadas e outras investidas. Os Terriers competiam entre si para tentar matar o maior número de roedores possível num determinado intervalo de tempo. Na altura, estas actividades eram legais e populares entre as várias classes. O Staffordshire Bull Terrier nasceu assim para poder desempenhar estes vários papéis.

Com a proibição destas actividades em 1835, a raça perdeu alguma popularidade, tornando-se animal de estimação, sobretudo das classes trabalhadoras da região. Seriam estas pessoas que iriam introduzir a raça nas exposições e inclusivamente escrever o seu estalão. Contudo, a proibição destas actividades contribuiu para o florescimento de outro “desporto de sangue”, mais barato e mais fácil de organizar, as lutas entre cães. Foi devido à continuada utilização do Stafforshire Bull Terrier em lutas ilegais, que o apuramento e reconhecimento da raça tornou-se numa tarefa difícil e longa. Foram precisos 100 anos, desde a proibição das lutas, para que a raça fosse aceite pelo Kennel Club, clube de canicultura inglês.

Quando exportado para os Estados Unidos da América, o Staffordshire Bull Terrier ganhou uma renovada popularidade que lhe valeu o reconhecimento pelo American Kennel Club em 1974. Do outro lado do Atlântico, o Staffordshire Bull Terrier tornou-se mais robusto e mais alto, dando origem ao American Staffordshire Terrier.

Actualmente, o Staffordshire Bull Terrier é bastante procurado no Reino Unido, sendo a quinta raça mais popular no país.

Em Portugal, a raça pertence à lista de cães potencialmente perigosos, o que obriga os donos a tomarem medidas especiais em relação aos seus animais. 

Temperamento 

Coragem e tenacidade são atributos que não faltam ao Staffordshire Bull Terrier. Bastante afectuoso, pode ler-se no estalão que deve ser especialmente meigo com crianças. O Staffordshire Bull Terrier não é um bom cão de guarda, uma vez que se relacionada bem com os humanos, mesmo estranhos. Os donos podem sempre contar com a sua lealdade e com a sua forma intensa de viver: é um cão enérgico e rápido que se atira de corpo e alma para uma boa brincadeira.

Se habituado desde pequeno convive bem com outros animais, mas costuma reagir com agressividade perante outros cães, sobretudo do mesmo sexo. Por isso, não é um cão para donos inexperientes. Necessita de uma forte socialização e uma sólida educação baseada no reforço positivo.

Inteligentes e destemidos, os Staffordshire Bull Terriers são animais fortes que necessitam de ser protegido da sua própria curiosidade. Bastante apegados aos donos, não gostam de ser deixados sozinhos, podendo tornarem-se destrutivos caso sejam confinados a um espaço durante várias horas.

O Staffordshire Bull Terrier vive bem num apartamento, mas necessita de passeios diários, que idealmente deveriam incluir uma corrida. Se possível, gostam de ter acesso a um pequeno pátio.

Aparência Geral 

O Staffordshire Bull Terrier é um animal bem proporcionado com 35,5 a 40,5 cm. Os cães devem ter entre 12,7 e 17 kg e as fêmeas entre 11e 15,4 kg.

Com um corpo musculoso, o Staffordshire Bull Terrier tem uma aparência robusta que transmite força e vigor. Para este desenho contribui também a cabeça larga e curta com um stop distinto, terminando num nariz preto. Os olhos são, preferencialmente escuros, mas poderão ter tonalidades claras, conforme a cor da pelagem. As orelhas devem ter o formato de rosa.

O peito é largo e profundo, balizado por patas paralelas. A cauda é de tamanho médio, afunilando até ponta e transportada em baixo.

O pêlo é curto, mas sedoso e pode ter várias tonalidades: vermelho, castanho, branco ou azul ou qualquer uma destas cores combinadas com branco. Branco e amarelo ou cor de fígado são cores indesejáveis. 

Saúde e Higiene 

Devido ao focinho achatado, estes cães têm alguma tendência a sobreaquecer, por isso é necessário especial cuidado nos dias mais quentes.

São cães com cuidados mínimos ao nível do pêlo: escovagens regulares são suficientes para manter a pelagem. O banho deve ser evitado.

Bastante saudável, existem contudo algumas preocupações menores em relação a doenças características da raça, sobretudo displasia da anca e problemas oculares. 

Cuidados Especiais 

Deve sempre adquirir um cão a um criador de confiança, mas em raças utilizadas em lutas entre cães, conhecer o criador e o trabalho que ele desenvolve com os seus animais torna-se ainda mais vital. Existem ainda lutas ilegais que ocorrem um pouco por todo o país. As pessoas que organizam essas lutas criam e seleccionam os cães com base na sua agressividade.  Ao seleccionar um bom criador está a evitar futuros problemas comportamentais. Um Staffordshire Bull Terrier não deve ser agressivo para com os humanos. Conheça os pais da ninhada e caso algum deles apresente comportamentos agressivos, não compre o animal.

Stabyhoun

Stabyhoun
origem:Holanda
esperança de vida:13 a 14 anos
classificação:Cães de Tiro
altura:0 para 50 cm
peso:14 para 20 kg

História 

O Stabyhoun é um cão de tiro que surgiu na Holanda, na província de Friesland, por volta de 1800, uma vez existem documentos e representações suas que datam desta altura. Alguns autores julgam que este cão surgiu do cruzamento entre Spaniels espanhóis e Drentse Partridge, ainda no século XVI, na altura em que a Holanda estava ainda ocupada pelos espanhóis. Apesar das dúvidas, as semelhanças físicas entre os Setters e os Spaniels são genericamente aceites e reconhecidas. Sabe-se que foi inicialmente utilizado na caça de raposas, patos, pombas e toupeiras, escavando, farejando e perseguindo as presas com uma agilidade notável. Foi também um útil cão de guarda nas quintas holandesas, qualidades que somadas lhe conferiram bastante popularidade na sua terra natal, onde é conhecido por "Bijke". Pensa-se que uma parte importante da sua história se desenrolou ao lado de agricultores menos abastados, apesar dos seus instintos para a caça.

No entanto, a raça só foi reconhecida em 1942 e, cinco anos depois, foi criado o primeiro clube da raça. Em 1940, a raça é reconhecida pelas entidades acreditadas na Holanda e começa a  ser visto no ringue de exposição. O Stabyhoun é reconhecido pela Federation Cynologique Internationale e é mencionado na listagem do Foundation Stock Service do Kennel Club americano. Actualmente, este clube supervisiona as políticas de criação desta raça de uma forma um pouco estrita, já que pretende salvaguardar os níveis óptimos de saúde das linhagens, bem como a sua história. Por isso mesmo, a raça é pouco conhecida a nível internacional, apesar da existência de clubes na Dinamarca, EUA, etc.

Descrição [ editar ]

Este é um cão de tamanho médio, cuja altura máxima pode atingir os 50 cm, e o seu peso oscila entre os 15 Kg e os 20Kg.

A sua pelagem é macia e comprida, bem lustrosa e as cores permitidas são o branco com marcas pretas, azuis, fígado ou laranja.

A cabeça é magra, afilando até ao nariz, o crânio é longo e o chanfro é ligeiramente definido. Os olhos são de tamanho médio, castanhos e as orelhas são em forma de “pá”. A sua figura rectangular revela uma construção robusta. O peito é mais largo que profundo e o dorso é recto e ligeiramente longo. As costelas são arqueadas e os membros são poderosos. A cauda de inserção baixa é longa, exuberante em pelagem e pende direita.

Temperamento 

O Stabyhoun é um cão de companhia agradável e um versátil desportista. Em casa, é afectuoso e relaciona-se muito bem com todos os membros da família, incluindo crianças, com as quais é muito paciente. Possui um temperamento estável, calmo e nada agressivo, e é obediente, pelo que é fácil de treinar.

Fora de casa, é muito activo, gosta da agitação dos jogos e brincadeiras e adapta-se a qualquer tarefa.

Na caça, é calmo e atento, sendo considerado um pointer e retrieving de primeira classe, já que é eficaz em terrenos acidentados e adora nadar.

Observações 

A esperança média de vida desta raça ronda os 13 e os 14 anos e actualmente é considerada saudável, apesar de no passado lhe ter sido diagnosticado, com alguma frequência, epilepsia.

Relativamente à manutenção do seu pêlo, deve haver uma escovagem regular e apenas mais frequente na altura da muda de pêlo (o que acontece duas vezes por ano). Convém verificar o interior das orelhas de vez em quando, para prevenir futuras infecções.

Como já foi referido, este é um cão altamente energético, pelo que é aconselhável que pratique exercício físico diariamente

Springer Spaniel Inglês

O pai dos “Spaniels”

Springer Spaniel Inglês
origem:Inglaterra
classificação:cães levantadores de caça
altura:48 para 51 cm
peso:22 para 24 kg

História 

O Springer Spaniel Inglês é a raça mais antiga da família dos spaniels, designação comum a diversas raças que foram sendo desenvolvidas em Espanha. Apesar de existirem algumas controvérsias em torno da sua origem, parece aceitar-se como facto ser a Inglaterra a origem da raça, mas segundo alguns estudos, os Spaniels teriam surgido primeiro em Espanha e teriam sido trazidos para a Inglaterra pelos romanos. Em Espanha eram usados para caçar junto com falcões, tornando-se admirado por toda a nobreza europeia.

Foi inicialmente desenvolvida para a caça do falcão (cetraria), um desporto muito popular entre a nobreza da Idade Média. Ao cão cabia a tarefa de, através do seu faro excepcional, localizar a presa e “levantar” a caça (to spring em inglês) e seguidamente recolher a ave abatida.

A sua grande habilidade na caça, fez com que ficasse muito popular por toda a Inglaterra, sendo também utilizado como cão de companhia. O caminho para o seu reconhecimento oficial é longo. A dada altura eram designados de Norfolk Spaniel, e o nome Springer Spaniel tornou-se oficial em 1900. As características modernas da raça são creditadas ao Sir Thomas Boughey, cuja família foi quem lançou a primeira relação de padreadores da raça, em 1812.

O primeiro clube da raça, na Inglaterra, foi fundado nos idos de 1880, e a raça, Springer Spaniel Inglês, foi reconhecida pelo Kennel Club em 1902. Parece ser o pai dos spaniels posteriores, já que foi a partir da selecção dos filhotes quanto ao tamanho e facilidade de caçar em terra ou na água, que as demais raças foram sendo “definidas”. Entre as mais conhecidas que surgiram desta raça, conta-se por exemplo o Cocker Spaniel e o Clumber spaniel. Então, já na Inglaterra os Spaniels foram divididos em dois tipos de cães de caça - os cães de terra e os de água -, e em várias raças. Os cães que caçavam na terra começaram a ser separados e classificados como raças distintas pelo tamanho dos filhotes.

Sendo assim, os menores passaram a ser conhecidos como cockers; os de tamanho médio formaram a raça Field Spaniel; os maiores e que caçavam espantando, brincando e saltando (spring em inglês) sobre as presas, para que elas pudessem ser abatidas pelos caçadores, passaram a ser chamados springers e os maiores acabaram sendo desenvolvidos para se tornar nos setters. Quando os clubes da raça passaram a julgar os cães pelas suas habilidades em caçar e também pela sua beleza, dois tipos distintos de cães passaram a ser formados. Os cães para exposições são mais pesados, fortes, e atarracados, além de possuírem um pêlo mais longo e denso. Hoje em dia os dois tipos de Springer Spaniel não são mais cruzados entre si, e poucos Springers são para caçar e ao mesmo tempo para shows. A última vez que um mesmo cão foi campeão nas duas modalidades, foi em 1938.

De qualquer forma, o Springer Spaniel é um sucesso nas duas modalidades. No campo ele é incansável, resistente, determinado e devotado às alegrias de uma boa caçada. Já nas pistas poucas outras raças têm uma aparência tão majestosa e altiva.
Com a introdução das armas de fogo nas caçadas, o Springer foi perdendo espaço para raças como Pointers e Setters, mais eficientes nesta modalidade. Até como cão de companhia perdeu o seu lugar a favor do Cocker Spaniel, já que conservam as características morfológicas do “pai” mas são mais pequenos, pudendo acompanhar as famílias que se mudavam para apartamentos e casas cada vez mais pequenas.

Temperamento 

Apesar de aparentar um olhar triste, é um cão muito activo pelo que tem grande necessidade de espaço para actividades físicas. É extremamente dócil e companheiro, característica de resto comum a quase todos os cães de caça, porque o apego ao dono é fundamental para um bom desempenho das suas funções. Muito alegre, meigo, faro muito apurado, forte dependência do dono, não aceita ficar sozinho muito tempo, determinado, obediente, afectuoso.

Ainda que a raça costume ser bastante amigável com estranhos, também é preciso estar atento a socialização do filhote para que ele, quando adulto, não se torne super protector dos donos, inclusive evitando que qualquer pessoa fora da família se aproxime, mostra ao mundo a sua felicidade através da cauda sempre vivaz e activa.

Descrição 

Bem proporcionado nos contornos, corpo bem balançado, compacto, com ar altivo e orgulhoso, movimento suaves, sem esforço. O crânio é largo, arredondado, com o focinho recto. Os olhos são bem separados pretos ou castanho escuros. As orelhas são longas e caídas. A cauda é cortada com tamnho de 1 a 1,5cm. Entre os spaniels é o mais alto e esbelto. É elegante também na movimentação. Alguns, quando trotam, parecem estar com as quatro patas no ar, passando a sensação de leveza. Uma curiosidade é que muitos Springers apoiam, do mesmo lado, o pé da frente e o de trás, ao andar devagar.

Tipo de Pêlo 

Pêlo sedoso, liso ou relativamente ondulado, curto na cabeça e nas partes dianteiras das patas, e longo no corpo. Nas orelhas, peito, parte dianteira das patas e barriga é bem cheio, em forma de franjas. As cores são azul, preto, fígado com marcas brancas, ou branco com marcas pretas e fígado, além do tricolor.

Observações 

Uma característica muito interessante é a sua forma de andar: apoia, do mesmo lado, o pé da frente e de trás, ao andar devagar.

Devido ao seu instinto de caçador e grande vivacidade e energia, deve ser ensinado desde cedo em termos de obediência.

A sua pelagem deve receber atenção redobrada, para que se mantenha limpa e saudável. A tosquia deve ser feita de 30 em 30 dias, dependendo do crescimento do pêlo do cão.
Tem uma expectativa de vida de 12 a 15 anos.

Um cuidado especial deve ser tomado com os filhotes para que eles não se tornem agressivos em função de sua tendência natural de possessividade com comida, brinquedos e lugares onde eles dormem. Também é comum ver estes cães mostrarem sinais de agressividade, como por exemplo rosnar, quando eles são acordados de forma abrupta ou quando são assustados ( cuidado com crianças pequenas que podem assustar seu cachorro sem querer). Felizmente estas características são facilmente remediáveis com a socialização bem cedo do filhote e com o treinamento básico de obediência.

Foi durante muito tempo conhecido como Norfolk Spaniel reflectindo o seu condado de origem. Os “Spaniels” criados para levantar caça eram frequentemente conhecidos como “Springers” porque na verdade, eles saltavam de entre a vegetação, como se fossem verdadeiras molas!

Springer Spaniel Galês

Springer Spaniel Galês
origem:Inglaterra
data de origem:1300 d. C.
esperança de vida:12 a 15 anos
classificação:Cães de Tiro
altura:42 para 48 cm
peso:15 para 20 kg

História 

O Springer Spaniel Galês é um cão de linhagem antiga, cuja data de origem se dissolveu com a passagem do tempo. Foi mencionado pela primeira vez nas leis do País de Gales, no ano 1300 d.C, pelo que se pensa descender dos cães de caça utilizados pelos Romanos, em 250 a.C. Há historiadores que acreditam que nasceu do cruzamento entre um Springer Inglês e um Clumber Spaniel, mas a sua semelhança com o Épagneul Bretão levanta ainda mais dúvidas.

Tal como o Clumber Spaniel, este cão foi protegido pela classe nobiliárquica, durante o século XVIII, mas até 1902 foi considerado um Cocker Galês. Foi utilizado como cão de caça, cabendo-lhe a tarefa de “levantar” ou assustar coelhos, pássaros ou outros animais por forma a obrigá-los a sair dos seus esconderijos, tarefa também designada por springing game. Estes, uma vez em fuga, seriam caçados.

Em 1873, participou primeira vez numa exposição do Kennel Club mas, durante o século XIX, o Springer Spaniel Inglês foi adquirindo um considerável prestígio, em detrimento do seu familiar galês cuja criação abrandou bruscamente. Com a fundação, em 1855, do Spaniel Club de Inglaterra, a definição de standards permitiu uma clarificação da classificação da raças. Em 1902, estavam finalmente estabelecidos os registos do Springer Spaniel Inglês e do Galês.

O século XX apresentou-se assim bem mais favorável a este elegante cão de tiro, apesar do negativo impacto que as duas Grandes Guerras tiveram na sua criação. Foi importado para os EUA e, em 1906, foi registado no Kennel Club americano. Em 1923, é fundado o Welsh Springer Spaniel Club  e, em 1961, é fundado o seu congénere nos EUA. Em 1980, surge em Portugal o Clube Português de Spaniel, fundado em 1980. Este é reconhecido pelo Clube Português de Canicultura, pelo European Spaniel Association e pela Federation Cynologique Internationale, e tem por objectivo promover actividades que fomentam e desenvolvam a raça em Portugal.
 

Descrição 

Este é um cão de tamanho médio, cuja altura varia, nos machos, entre os 45 e os 48 cm e, nas fêmeas, entre os 43 cm e os 45 cm. O seu peso oscila entre os 16 Kg e os 20 Kg.

A pelagem é sedosa, lisa e abundante no peito, parte inferior do corpo e patas. Só são aceites as cores vermelho e branco rico.

A cabeça é ligeiramente abobadada, bem cinzelada, e o chanfro é bastante definido. Os olhos são de tamanho médio, escuros ou cor avelã, e as orelhas são de inserção ligeiramente baixa, trazidas pendentes junto às faces. A silhueta é compacta e simétrica. O pescoço é longo musculoso e o lombo curto é igualmente robusto. Os membros são fortes, bem construídos, dotados com uma boa ossatura. A cauda é bem inserida e baixa.
 

Temperamento 

O Springer Spaniel Galês é um animal de estimação alegre e fiel, mas que necessita de bastante companhia. É gentil e seguro para com as crianças mas, perante estranhos, é um animal reservado. Este cão necessita de ser integrado no seio familiar desde cedo, assim como é aconselhável que se habitue, durante o seu crescimento, a estar com pessoas fora do seu círculo familiar. Dotado com uma energia inesgotável, ele gosta de participar em jogos e desafios. Como cão de tiro, é um animal incansável, independente e determinado. É bastante inteligente e obediente e, por isso mesmo, fácil de treinar.
 

Observações 

Dotado com uma esperança média de vida que oscila entre os 12 e os 15 anos, esta raça é propensa a algumas doenças que carecem de atenção, são elas: epilepsia, glaucoma, displasia da anca e cataratas.

A manutenção do seu pêlo deve ser ocasional e deve ser aparado no interior das orelhas e nas patas, para a prevenir o risco de infecções.

Estes cães necessitam de praticar exercício físico diariamente (uma hora, no mínimo). Adoram correr livremente, nadar e caçar. Podem viver dentro ou fora de casa e toleram bem climas quentes ou frios, já que a sua pelagem protege-os das temperaturas extremas

Spitz Japonês

Spitz Japonês
origem:Japão
esperança de vida:15 anos
classificação:Raça Não Desportiva
altura:30 para 36 cm
peso:0 para 6 kg

História 

O Spitz Japonês é uma raça antiga cuja ascendência ainda hoje é questionada. Alguns autores acreditam ser partilhada com o Samoiedo Siberiano, enquanto outros apostam mais no cruzamento com o Spitz Alemão Branco e Lulu da Pomerânia. Foi seguramente uma raça muito apreciada pelas famílias japonesas como cão de companhia e de guarda.

Esta estirpe foi exibida pela primeira vez numa exposição em Tóquio, por volta de 1921, data a partir da qual, começaram a ser exportados alguns casais para o Canadá, Austrália e China. Só a seguir à Segunda Guerra Mundial é que o Kennel Clube Japonês estabeleceu o padrão desta raça.  

Descrição 

O Spitz Japonês é um animal com uma postura muito elegante, apesar de não ser muito alto (aproximadamente metade do tamanho do Samoiedo). Pesa cerca de 6 Kg.

Possui uma pelagem admirável e exuberante, que só é curta no focinho, orelhas e região abaixo dos jarretes.
O pêlo exterior é liso, branco puro, denso e solto; e o subpêlo é curto e denso. Na cabeça de tamanho médio, a testa é saliente e o chanfro bem definido. Os olhos são escuros, ligeiramente oblíquos, e o focinho é pontiagudo. As orelhas são triangulares e têm uma posição erecta. A sua restante constituição é ousada: o peito largo e profundo, os membros são musculosos e a cauda emplumada, de inserção alta, é mantida enrolada sobre o dorso.

Temperamento 

O Spitz Japonês é astuto, aprende depressa e é naturalmente um bom cão de guarda. Desenvolve uma relação dócil e dedicada com o seu dono e é um animal seguro para estar com as crianças. Aprecia as brincadeiras e os jogos e necessita de algum exercício físico, principalmente se viver em espaços menos amplos.Tal como outros membros da sua família, é desconfiado perante estranhos.

Observações 

Este animal tem uma esperança média de vida de 15 anos ou mais e não apresenta tendência para contrair quaisquer doenças típicas.

Dada a sua irrequieta forma de estar, necessita, em adulto, de praticar exercício físico regularmente.

A pelagem necessita obviamente de algum cuidado: convém escová-lo regularmente (por forma a eliminar os pêlos mortos e evitar o surgimento de “chocas”) e tosquiá-lo duas vezes por ano (Primavera e Outono).

Spitz Finlandês

 (outros nomes: Suomenpystykorva)

Spitz Finlandês
origem:Finlândia
esperança de vida:12 a 15 anos
classificação:Cães Nórdicos de Caça
altura:39 para 50 cm
peso:11 para 16 kg

História 

 O Spitz finlandês é uma raça pura, originária da parte oriental da Finlândia. É evocado nas letras de muitas canções patrióticas daquele país, provavelmente não com o nome de Spitz, mas sim com o nome de Suomenpystykorva (que significa “cão de orelhas arrebitadas”). Pertencente a uma linhagem com mais de 2000 anos, foi desde sempre um cão com perfil de caçador, tendo sido inicialmente usado para localizar alces e ursos polares.

Apesar da riqueza histórica que lhe é atribuída, a verdade é que a sua evolução deu-se de uma forma pouco controlada, pelo que no século XIX, foi ameaçada pelo perigo de extinção. Tal foi evitado por dois caçadores de Helsínquia que investiram o seu tempo na recuperação desta estirpe. Por esta altura, foi também elaborado o primeiro documento descritivo dos atributos desta raça, da autoria de Hugo Richard Sandberg. O sucesso de tal façanha foi brindado com o reconhecimento oficial da raça, por parte do Kennel Club finlandês, em 1892. A partir de então, o ringue das exposições começou a contar com este novo participante que adoptou oficialmente o nome pelo qual hoje é conhecido.

No séc. XX, esta raça saiu da sua terra natal e começou a ser importada para o Reino Unido (nos anos 20), EUA (anos 60), Holanda, Austrália, Nova Zelândia e Canadá. Em 1979, o Spitz finlandês foi nomeado “Raça Nacional da Finlândia”, como forma de reconhecimento pelo trabalho desenvolvido pelos criadores.

Descrição 

O Spitz Finlandês possui traços definidos e uma estrutura quase quadrada. Nos machos, a altura na cernelha varia entre os 43 e os 50 cm e, nas fêmeas, varia entre os 39 e os 45 cm. Pesa entre os 11 e os 16 Kg.

A sua pelagem é áspera e semi-erecta no pescoço e dorso, curta na cabeça e patas dianteiras e mais comprida no corpo e patas traseiras. A gama de cores desta abrange o castanho avermelhado, dourado e tons mais claros no peito, interior das orelhas, ventre, face interna das patas e cauda. O crânio é ligeiramente arqueado e o chanfro não é muito pronunciado. Os seus olhos escuros são de tamanho médio e normalmente oblíquos. As orelhas de inserção alta, são extremamente pontiagudas e erectas, e o focinho é estreito e bem definido. A cauda é exuberante e enrola-se sob si própria desde a raiz.
 

Temperamento 

O Spitz finlandês é uma companhia amiga das crianças, jamais agressiva, que necessita de ter atenção dos donos. É um cão algo possessivo, com um determinação e vontade muito próprias, o que por vezes dificulta nos treinos de obediência. É, por isso, preciso ter paciência para educá-lo, sendo que o ideal será ensinar-lhe desde pequeno a respeitar determinadas regras.

É um cão que ladra com frequência, o que pode ser útil na vigília da casa.
 

Observações 

É um animal saudável, com uma esperança média de vida longa (12 a 15 anos) e com uma baixa taxa de ocorrência de displasia da anca.

Necessita de praticar exercício físico regularmente e convém que o pêlo seja escovado com alguma frequência.

Este cão é dotado de um vigoroso apetite, pelo que é preciso ter algum cuidado, não só com o excesso de peso, como também com a saúde dos seus dentes.

Spitz Alemão

Uma Bola de Pêlo (outros nomes: Deutscher Spitz)

Spitz Alemão
origem:Alemanha
esperança de vida:15 anos
classificação:cão de guarda e companhia
altura:22 para 48 cm
peso:3 para 30 kg

História 

Existem cinco categorias de Spitz Alemão que diferem em tamanho e cor do pêlo. São eles o Spitz Lupo (Keeshond), o Grande, o Médio, o Pequeno e o Anão (Lulu da Pomerânia). O Keeshond ou Spitz Alemão Lupo e o Lulu da Pomerânia ou Spitz Anão são aqueles que se tornaram mais populares e comuns. As outras três variedades são mais raras, e tal como as outras, também não são especializadas na caça ou em qualquer outro tipo de trabalho, contudo são um excelente animal de companhia.

A origem do Spitz Alemão é bastante longínqua e perde-se nos tempos. A teoria mais comum é a de que descendem dos primeiros cães a serem domesticados pelos homens, na Idade da Pedra, que estariam na origem de todas as demais raças caninas. Por essa condição, são classificados como ‘Cães de Tipo Primitivo’, por conservarem ainda, grande parte das características herdadas dos lobos, como o focinho pontiagudo, as orelhas erectas e viradas bem para a frente da cabeça e a cauda comprida, pousada sobre o dorso.

No caso específico dos Spitz, conhecidos até a década de 90 como Lulu ou Pomerânia (nome mantido ainda pelos criadores americanos e canadenses), especula-se que a raça tenha sido desenvolvida numa região de fronteira entre a actual Alemanha e a Polónia, conhecida por Pomerânia.

A sua expansão para o mundo ocidental deveu-se principalmente ao facto de terem caído nas preferências da realeza britânica. Os primeiros cães da raça chegaram à Inglaterra na bagagem da rainha Charlotte, esposa do rei George III. No entanto foi com a paixão de sua neta, a Rainha Victoria, que os Pomerânias ganharam destaque, especialmente a partir de do século XIX, quando foram aceites pelo The Kennel Club.

O seu aspecto de pelúcia, a variedade de cores e tamanhos (a raça comporta 5 tamanhos diferentes), além de seu temperamento afectuoso, garantiram que o Pomerânia logo conquistasse um lugar de destaque nas cortes europeias. Até mesmo diversas personalidades de renome em diversas épocas mantinham seus pequenos Lulus: entre eles encontramos Michelangelo (1475-1564), cujo cão o acompanhava durante o trabalho de pintura da capela Sistina, Mozart (1756-1791) tinha uma fêmea chamada Pimperl a quem chegou a dedicar uma ária, no que mais tarde seria seguido por Chopin (1810-1849), que dedicou a valsa "Valse des Petits Chiens" à sua cadelinha da raça.

Nos Estados Unidos o Pomerânia foi reconhecido como raça independente em 1888. Mas tanto esta país como o Canadá, e a Grã-Bretanha reconhecem o Keeshond e o Spitz Alemão Lobo como raças diferentes. Os restantes países crêem ser apenas uma raça.

Temperamento 

Os Spitz Alemães são dos cães mais afectivos e amáveis criados em séculos, além de serem igualmente grandes companheiros da família. O Spitz Anão constitui um excelente cão de companhia, muito dedicado ao seu dono e muito fácil de se educar. Alegre e sempre bem dispostos, os cães das variedades Pequeno e Anão, são ideais para pequenos espaços e para donos relativamente sedentários, uma vez que se contentam com pequenos passeios. Os de tamanho maior como o Spitz Alemão Médio, Grande e o Spitz lobo, apesar do tamanho, não exigem grandes níveis de actividade.

De um modo genérico e consoante o seu tamanho, são cães muito atentos e ao menor sinal avisam o dono de que algo está errado. Essa característica é um dos problemas que podem trazer para os donos que quiserem mantê-los em apartamentos, e deve ser desencorajada desde a primeira infância.

De maneira geral convivem bastante bem com outros cães e podem, desde que acostumados desde cedo, conviver com outros animais e até mesmo com gatos.

Descrição 

O crânio tem um tamanho médio e quando visto de cima é mais largo na parte posterior, afinando em forma de cunha (cuneiforme) até à ponta do nariz, a lembrar a cabeça de uma raposa. De perfil, apresenta um stop moderadamente marcado. O focinho é proporcional ao crânio, não muito longo. A trufa é pequena e redonda, de cor preta, excepto nos Spitz de cor castanha onde é castanha escura. Os dentes possuem um desenvolvimento normal com mordedura em tesoura.

A dentição completa são 42 dente no Spitz Grande e Médio. No Pequeno e Anão é tolerada a ausência de um número restrito de pré-molares. A mordedura em torquês é tolerada em todas as variedades. As bochechas são suavemente arredondadas sem serem salientes. Os olhos demonstram um olhar inteligente, de tamanho médio e de forma ligeiramente alongada em posição um pouco oblíqua. Têm cor escura. As pálpebras são pigmentadas de preto em todas as variedades de cor, excepto nos exemplares castanhos onde são castanhas escuras. As orelhas são pequenas e erectas, muito próximas, pontiagudas, triangulares, de inserção alta.

O pescoço é provido de uma opulenta gola em forma de juba mas sem barbela, de comprimento médio, largo na inserção entre os ombros. A linha superior do tronco começa na ponta das orelhas, mantidas erectas, bem perpendiculares e prolongando-se após uma suave curva no dorso curto e recto. A cauda espessa, com inserção alta, cai sobre o dorso cobrindo uma parte da silhueta. A cernelha é bem definida unindo-se ao dorso que deve ser o mais curto possível. Lombo curto, largo e possante. A garupa é larga, curta e não deve ser oblíqua.

O peito é profundo e arqueado. A região do esterno é bem desenvolvida. A caixa toráxica é bem desenvolvida e o ventre ligeiramente esgalgado. Os membros anteriores são rectos, mais compridos que os posteriores. Nos ombros a omoplata é comprida e colocada obliquamente virada para trás. O braço tem um comprimento relativamente igual e forma com a omoplata um ângulo de quase 90 graus.

Os cotovelos têm uma articulação sólida bem ajustada ao tórax. O antebraço tem um comprimento médio, é vigoroso e recto com a parte posterior guarnecida de franjas. Os pés devem ser tão pequenos quanto possível, redondos com dedos fechados (pés de gato) e bem arqueados. As unhas e almofadas plantares são pretas em todas as variedades de cor, com excepção do Spitz castanho, onde são castanhas. Os membros posteriores são muito musculados e são tectos e paralelos. A coxa e a perna são aproximadamente do mesmo tamanho. O joelho é moderadamente angulado, sólido no seu movimento, não se deslocando nem para dentro nem para fora. os pés traseiros não são tão redondos quantos as dianteiros, mas os dedos são igualmente bem fechados e as almofadas plantares são o mais escuras possível. O trote é ligeiro, com bom impulso, fluente e elástico.

Tipo de Pêlo 

A pelagem exuberante do Spitz é sedutora. Curta apenas nas faces, orelhas, face anterior dos membros e patas. No restante é comprida e opulenta, atingindo o seu maior comprimento na linha inferior do pescoço e na cauda. Não é ondulado, nem caheado ou em tufos, nem se reparte na linha do dorso. É composta por uma pelagem dupla: um pêlo e sub pêlo abundantes e deve, por isso, ser motivo de atenção do seu dono. A escovagem frequente é portanto uma condição fundamental. Outra característica de sua pelagem é que, exceptuando-se a fase normal da muda, o Spitz não perde pêlos pela casa.

Normalmente os filhotes após os primeiros 3 ou 4 meses, passam por uma severa troca de pelos, deixando para trás a pelagem felpuda da infância e adquirindo a pelagem definitiva do adulto. No entanto, para que ele chegue a desenvolver plenamente a sua pelagem, leva-se pelo menos 2 ou 3 anos.

As cores permitidas variam de acordo com o tamanho:
  • Spitz lobo: Cinza lobo (nuances de cinza). A máscara não deve ser muito escura. A juba é mais clara. Os membros anteriores e posteriores são cinza-prateado sem marca preta embaixo dos cotovelos e joelhos. A ponta da cauda e culotes são cinza-prata claro.
  • Spitz Grande: preto, castanho, branco.
  • Spitz médio: preto, castanho, branco, laranja, cinza-lobo (nuances de cinza) e outras cores.
  • Spitz pequeno: preto, castanho, branco, laranja, cinza-lobo (nuances de cinza) e outras cores.
  • Spitz anão: preto, castanho, branco, laranja, cinza-lobo (nuances de cinza) e outras cores.

Existe ainda:
  • Spitz castanho: a pelagem deve ser castanha escura uniforme.
  • Spitz branco: a pelagem deve ser branco puro sem nuances, particularmente se forem amarelos na zona das orelhas.
  • Spitz laranja: deve ser unicolor, uniforme.
  • Spitz cinza-lobo e nuances: gradações de cinza, cinza lobo (cinza prata com gradações com preto carvão na extremidade dos pêlos).


A máscara não deves ser muitos escura. A juba +e mais clara. Os membros anteriores e posteriores são cinza prateado sem marca preta em baixo dos cotovelos e joelhos. A ponta da cauda e culotes são cinza prata claro.

No caso dos cães de cor preta: tanto a pele quanto o sub pêlo devem ser escuros e não deve haver vestígios de branco ou qualquer outra marcação. O mesmo ocorre com os cães marrons, cuja pelagem deve ser uniforme. Os cães brancos, devem ser de um branco puro sem nuances, particularmente amarelos que aparecem nas orelhas. A cor mais comum é a laranja, e deve ser unicolor, uniforme, sem apresentar tonalidades da escala.

São ainda aceites cães de outras cores, onde figuram as cores: creme- creme zibelina, laranja zibelina, preto e fogo panaché. Os cães malhados devem ter fundo branco e manchas de cor preta, marrom, cinza, laranja por todo o corpo.

Saúde e Higiene [ editar ]

Os filhotes, assim como os adultos, impressionam pela delicadeza das formas e pela quantidade de pelos. É uma boa fase para acostumar o filhote ao ritual da escovagem, uma vez que durante sua vida adulta certamente será um hábito constante.

Deve tomar especiais cuidados com os filhotes até que atinjam a maturidade, evitando que eles sofram quedas que possam comprometer o desenvolvimento de sua ossatura. Quando existem crianças, e no caso de se tratar do Spitz Anão ou do Spitz Pequeno, devem ser tomadas algumas precauções a fim de resguardar o cão uma vez que as brincadeiras das crianças, ainda que inofensivas, podem magoá-los seriamente.

O Keeshond é particularmente popular na América do Sul.

Esperança média de vida por variedade :
  • Spitz Alemão Lobo: 12 a 14 anos
  • Spitz Alemão grande: 12 a 13 anos
  • Spitz Alemão médio: 13 a 15 anos
  • Spitz Alemão pequeno: 13 a 15 anos
  • Spitz Alemão anão: 14 a 15 anos.

Spaniel Anão Continental

 (outros nomes: Épagneul Nain Continental, Papillon, Phalène)

Spaniel Anão Continental
origem:Europa Central
data de origem:Século XVII
esperança de vida:15 anos
classificação:Cães de Companhia
altura:20 para 28 cm
peso:1 para 5 kg

História 

O Épagneul Anão continental é um cão de porte pequeno que se desenvolveu na França e Bélgica como cão de colo da nobreza.

Por causa da sua relação de proximidade com a aristocracia espanhola e francesa, a história desta raça está bem documentada desde o século XIII. No século XVI, a raça estava firmemente estabelecida como o cão de colo favorito da nobreza. Maria Antonieta, rainha dos franceses, tinha consigo o seu adorado Papillon quando foi para a guilhotina.

Contudo, pouco se sabe ainda das suas origens. Pensa-se que terá antepassados comuns com o King Charles Spaniel e alguns Spitzs.

Em finais do século XIX, os criadores franceses e belgas desenvolveram uma variedade de orelhas erectas que apareceu pela primeira vez em exposições na Grã-Bretanha em 1923 e foi reconhecida nos Estados Unidos da América em 1935. O estalão desta raça é partilhado entre os franceses e os belgas.

Temperamento 

O Épagneul Anão Continental é um cão afável e inteligente. Apesar da sua aparência frágil, é um cão robusto que adora exercício no exterior. É um cão bastante activo, por isso dá-se melhor em casas com quintal ou pátio exterior.

São animais bastante dedicados aos donos ao ponto de se tornarem muito possessivo. Não gostam de estranhos.

A educação destes cães é simples, é sobretudo não encorajar ladrar e ensiná-lo a aceitar estranhos. Por isso a socialização não deve ser negligenciada.

Agility é um desporto em que conhecem algum sucesso.

Aparência Geral 

Existem duas variedades desta raça: Phalène, que significa em português, “mariposa”, e Papillon, “borboleta”. A única diferença entre os dois é a posição das orelhas. O Phalène tem as orelhas caída, enquanto que o Papillon tem-nas erectas.

As duas variedades não podem ser cruzadas, já que destes cruzamentos é comum resultarem animais com as orelhas posicionadas incorrectamente.

A altura ideal do Épangeul Anão Continental é 28 cm. Os cães são classificados em duas categorias consoante o peso. Os mais leves têm entre 1,5 kg e 2,5 kg, enquanto que os mais pesados vão dos 2,5 kg aos 5kg.

Os cães desta raça são graciosos, mas robustos. Caminham de forma orgulhosa e com uma passada elegante. O corpo é mais comprido do que alto.

O pêlo é brilhante, longo e denso, mas sem camada interior. Ondeado, mas não encaracolado, o pêlo não é propriamente macio, mas sim algo resistente ao toque.

O manto dos cães é branco com manchas de qualquer cor. As patas devem ser sobretudo brancas, enquanto que a cabeça o branco deve ser diminuto.

Saúde 

O Épagneul Anão Continental tem uma longevidade considerável que ronda os 13/15 anos.

Rottweiler

Muito forte e rústico.

Rottweiler
origem:Alemanha
data de origem:Século XIX
esperança de vida:9 a 12 anos
classificação:Raça de Trabalho
altura:56 para 68 cm
peso:42 para 50 kg

História 

O Rottweiler é um cão de linhagem muito antiga que se pensa ter surgido numa cidade chamada Arae Flaviae fundada pelos Romanos, aquando das suas incursões no território alemão. Neste contexto, pensa-se que descende de um Mastim, não só pela sua notável inteligência, mas também pela vincada capacidade de trabalho.

A Arae Flaviae corresponde hoje a Rottweill, localizada perto da Floresta Negra. Este cão acompanhou o desenvolvimento da cidade que lhe deu o nome e nela evoluiu, desempenhando diferentes tarefas. Conta-se que inicialmente trabalhou como cão de carga entregando carne, daí que também seja conhecido por Metzgerhund (Cão do Carniceiro). Revelou-se igualmente útil na condução do gado e a puxar pequenos veículos com cargas de leite. Diz-se que alguns comerciantes tinham por hábito guardar, nas coleiras destes cães, o dinheiro que faziam nas feiras, por segurança.

A prosperidade desta raça foi no entanto ameaçada quando, no séc. XVIII, o Governo estabeleceu que o transporte de gado fosse feito por comboio. Tal afectou o “stock” da estirpe naquele país, já que o Rottweiler ao perder uma das suas mais importantes tarefas, deixou de ser tão cobiçado e consequentemente tão largamente criado. Ainda assim, o primeiro registo de um exemplar teve lugar numa exposição canina em Heilbronn, no ano de 1882.

Em 1901, surge um clube que agrupa duas raças: o Rottweiler e o Leonberger. Apesar do seu curto tempo de existência, esta entidade ofereceu-nos o primeiro standard da raça. A partir de então, a história desta raça toma um rumo diferente. Em 1907, surge o Deustcher Rottweiler Klub, em Heiderberg, filiado na Associação Alemã de Cães Polícia e o Internacional Rottweiler Klub, cuja linha de acção privilegiava a beleza da estirpe. A fusão destes dois clubes origina, em 1921, o aparecimento do Allegmeiner Deutscher Rottweiler Klub (ADRK), que publica, em 1924, o primeiro Livro de Origens da raça.

Por volta da I Guerra Mundial, a sua popularidade já há muito que havia sido estabelecida no meio policial, que a nomeara “cão-polícia”, em 1910. Os dois conflitos mundiais foram (tal como nas demais raças) momentos particularmente difíceis para o seu desenvolvimento, mas os esforços que foram sendo realizados pelos seus admiradores revelaram-se bastante positivos.

Em 1935, a raça foi oficialmente reconhecida pelo Kennel Club americano e, no ano seguinte chega á Grã-Bretanha. Em 1966, recebe um registo separado da parte do Kennel Club britânico.

Temperamento 

O Rottweiler é uma companhia calma, silenciosa e obediente. Existem porem linhas de cães com temperamentos totalmente opostos. O seu nível de agressividade está muito dependente do tipo de treino que recebe, e é altamente desaconselhável estimulá-lo para o ataque.

Deve ser educado desde pequeno de uma forma sistemática e positiva, para que se torne num companheiro seguro. É aconselhável que o seu o dono possua alguma experiência em lidar com este tipo de perfil, já que estes cães são bastante inteligentes e têm uma personalidade forte. Como cães de guarda são extremamente atentos e são hostis para com os intrusos.

Na sua relação com a família, são animais alegres que gostam de receber atenção do seu dono. Lidam bem com as crianças e com outros animais de estimação, se forem devidamente habituados a conviver com estes.

Descrição 

Rottweiler é um cão de porte musculoso e robusto, mas com linhas elegantes e bonitas. Os machos medem nas espáduas cerca de 60 cm e as fêmeas cerca de 56 cm. O seu peso atinge os 50 kg nos primeiros, e os 40 Kg nos segundos.

A pelagem é de tamanho médio e apresenta-se rija. O subpêlo é abundante, curto e denso. As cores permitidas são o preto com marcas fulvo bem demarcadas.

A cabeça de raposa é grande e larga entre as orelhas e possui um chanfro acentuado. Os olhos amendoados são castanhos, de expressão calma e segura e as orelhas são pequenas e triangulares, pendendo dobradas para a frente, ligeiramente afastadas da cabeça. O pescoço é vigoroso, terminando num peito largo e forte de costelas bem arqueadas. Os membros anteriores têm os jarretes levemente descaídos. Os posteriores são largos e musculosos e têm os pés ligeiramente maiores que os anteriores. A cauda e longa e forte.

Saúde e Higiene 

A esperança média destes cães ronda, aproximadamente, os 10 anos de idade. A sua saúde requer toda a atenção já que são susceptíveis de desenvolver displasia da anca, problemas de visão, epilepsia, hipotireoidismo e cancro.

A manutenção do seu pêlo deve ser efectuado semanalmente com uma escova de arame ou de borracha.
Não são animais exigentes em termos de exercício físico. Apreciam nadar, passeios moderados ou simplesmente brincar. É aconselhável que possam sair pelos menos durante 2 horas por dia.

Estes cães normalmente adaptam-se a viver em espaços menos amplos, mas o ideal é que tenham sempre acesso a uma área devidamente cercada.