quarta-feira, 27 de agosto de 2014

domingo, 24 de agosto de 2014

Drentse Patrijshond

Pouco conhecido fora do seu país, a Holanda. (outros nomes: Spaniel Perdigueiro de Drente)

Drentse Patrijshond
origem:Holanda
data de origem:1700
classificação:Cães de Parar Continentais - Tipo Epagneul
altura:58 para 61 cm

História 

Traduzido o seu nome significa "cão holandês caçador de perdizes".
A raça é originária do distrito de Drentse, na Holanda. Na sua origem estão cruzamentos entre cães de caça alemães. Ainda é pouco conhecida fora do seu país.

Descrição 

A raça existe há pelo menos 300 anos e fisicamente apresenta algumas semelhanças com um English Springer Spaniel.

Temperamento 

Além de ser um excelente cão de caça, é também um óptimo cão de companhia. É muito inteligente, afectuoso e fácil de ensinar.
http://www.arcadenoe.pt/raca/drentse_patrijshond/708

Dogue do Tibete

 (outros nomes: Mastim Tibetano, Do-Khyi)

Dogue do Tibete
origem:Tibete
esperança de vida:15 anos
classificação:Raça de Trabalho
altura:61 para 71 cm
peso:64 para 78 kg

História 

O Mastim Tibetano surgiu na Ásia Central e  descende provavelmente dos cães de luta da Antiga Roma, os Molossos. Não lhe é porém associado um passado de conquistas e de lutas em parceria com os soldados daquele Império.

Crê-se que o Mastim Tibetano desenvolveu-se relativamente isolado, na calma das regiões montanhosas do Himalaia, onde ajudou os pastores nómadas a cuidar dos rebanhos. Não existem muitas referências acerca da evolução posterior desta raça. Sabe-se, no entanto, que no séc.XIX alguns ocidentais visitaram o Tibete e o contacto que estabeleceram com esta estirpe foi registado em vários documentos.

O Mastim Tibetano foi pela primeira vez importado pelo Rei Geoge IV (que reinou entre 1820-1830) e, mais tarde, em 1874, chegou ao Reino Unido um casal desta estirpe. A partir de então, esta raça começou a participar em exposições e, em 1931, foi fundada a Tibetan Breeds Association, em Inglaterra. Neste mesmo ano, o Kennel Club estabelece o standard que define o seu estalão. Este standard foi igualmente adoptado pela FCI (Federation Cynologique Internationale).

Nos anos 70’s, estes cães começam a ser importados para os EUA, onde foi fundado o American Tibetan Mastiff Association, em 1974. Apesar de ter conquistado muitos admiradores, esta não é uma raça propriamente comum. Existe ainda hoje nas diferentes regiões do Himalaia, onde desempenha as mesmas funções de há séculos, suportando um clima muito rigoroso. 

Descrição 

Este cão possui um porte largo e extremamente robusto, cuja altura varia entre os 61 e os 71 cm e o peso entre os 64 Kg e os  78 Kg. A sua pelagem é dotada de um pesado subpêlo, é espessa e de comprimento médio, e as cores variam entre: o preto homogéneo; o preto e castanho dourado; vários tons de cinzentos; cinzento com marcas douradas ou vários tons de dourado.

A sua cabeça é larga e pesada, aparentemente quadrada e dotada com um chanfro bem definido. Os olhos são de tamanho médio, castanhos e frequentemente a pelagem tem marcas castanhas sobre estes. As orelhas são em forma de “V”, de tamanho médio, e encontram-se normalmente pendentes.

Tem uma sólida estrutura óssea e os músculos são bem desenvolvidos e definidos. Este cão concilia um olhar gentil com uma forte presença  

Temperamento 

É um animal talhado para ser cão de guarda, o que não significa que seja agressivo. Na verdade, é um companheiro leal e calmo, com uma forte tendência para proteger o território e a sua família.

É um cão inteligente e independente, pelo que o seu treino não é muito fácil.  Dá-se bem com as crianças, mas é reservado perante estranhos.

Esta é uma raça aconselhada a pessoas com alguma experiência, uma vez que são animais dotados com grande robustez e personalidade vincada, que necessitam de um treino consistente. Se for bem socializado e integrado na família, será um animal de estimação dócil e um amigo protector.

Observações 

O Mastim Tibetano tem uma esperança média de vida que pode atingir os 15 anos. No entanto, tal como a maior parte dos cães de grande porte, podem contrair ou desenvolver algumas doenças e malformações, de que são exemplo: displasia da anca, cataratas, atrofia progressiva da retina, hipotireoidismo, síndroma de Woobblers, problemas de pele e infecções dos ouvidos.

Relativamente à manutenção do seu pêlo, ela deve ser realizada diariamente, principalmente na altura da muda de pêlo. Esta acontece normalmente na Primavera ou Verão e convém que o seu pêlo seja escovado todos os dias, pelo menos durante 15 minutos.

Estes cães não estão aptos a viver em apartamentos. Precisam de espaços amplos, por isso o ideal é que vivam fora de casa e tenham acesso a um jardim grande que possam esburacar.

O Mastim Tibetano não é um animal muito exigente em termos de exercício físico, até porque estes animais podem desenvolver problemas de ossos. É aconselhável proporcionar-lhe uma caminhada diária.
http://www.arcadenoe.pt/raca/dogue_do_tibete/216

Dogue de Bordéus

 (outros nomes: Mastim Françês)

Dogue de Bordéus
origem:França
data de origem:3000 a. C.
classificação:Raça de Trabalho
altura:58 para 75 cm
peso:54 para 65 kg

História

São várias as histórias que preenchem o passado desta estirpe, cuja origem é, por isso, mesma incerta. No entanto, é seguro afirmar que esta é uma raça antiga, já que existem representações suas em pinturas que datam os 3000 anos a.C. Esta linhagem esteve presente ao longo da história de vários países, nos quais adquiriu funções e nomes distintos. O Dogue dos Bordéus também é apelidado de Mastim Francês e em Espanha como Dogue dos Burgos.
A sua descendência é incerta: pensa-se que descende do Mastim Tibetano e do Molosso. Este último, acompanhou Alexandre, O Grande na epopeia que encetou para expandir o Helenismo, onde revelou ser um verdadeiro cão de guerra: enfrentou leões, elefantes e outras feras. Conta-se que foi igualmente adoptado pelo Império Romano para desempenhar tais funções e participar nos espectáculos de arena típicos da época. Segundo esta perspectiva, o Dogue de Bordéus parece ter sido cruzado, ao longo dos séculos, com várias espécies de Mastins, originando espécimes imponentes, fiéis aos seus donos e instintivamente protectores do território.

Uma outra corrente de opinião, defende que o Dogue de Bordéus descende dos alanos, uma raça utilizada na caça ao javali, por volta do século XVI, que também servia como cão de guarda.

Independentemente da sua descendência, sabe-se que as duas Guerras Mundiais marcaram um período particularmente difícil na história desta estirpe que foi ameaçada com o perigo de extinção. Tal não se concretizou, uma vez que muitos exemplares foram importados para a França, onde se assegurou a sua criação. Após a II Guerra Mundial, a Itália reconheceu oficialmente o valor inquestionável desta linhagem, considerando-a cão de guarda nacional. Em 1949, a  FCI (Federation Cynologique Interantionale) reconhece e certifica esta estirpe.  O standard foi definitivamente estabelecido em 1971.

Descrição 

O Dogue dos Bordéus é um cão com uma estatura respeitável, solidamente construída e robusta. O seu peso oscila entre os 54,4 Kg e os 65,2 Kg e a sua altura na cernelha varia, entre os 58 e os 75 cm.

A sua pelagem, curta e macia, pode ser de cor de pêssego, prateado, gamo ou malhado; existindo espécies que têm uma máscara castanho bronze ou preta.

A sua cabeça é volumosa e maciça e é dotada de rugas profundas e simétricas. O stop é extremamente vincado e os olhos são grandes, profundamente inseridos, ovais e estão bem afastados. Traz as orelhas, que são ligeiramente arredondadas, de inserção alta, sempre pendentes. O focinho é largo e possui algumas rugas e na garganta evidenciam-se pregas de pele pendentes. O tronco é firme e os membros são musculosos, revelando uma ossatura bastante forte. A cauda é mantida baixa e, quando em alerta, eleva-se, alinhando-se com o dorso.
 

Temperamento

Distante do temperamento feroz dos seus antepassados, está o actual Dogue dos Bordéus, actualmente considerado um cão calmo e afectuoso, gentil para as crianças e fiel aos seus donos. Convém que seja socializado deste pequeno, para se habituar a presenças estranhas, apesar de não ser impulsivamente agressivo.
Preservou ainda os antigos instintos de cão de guarda, pelo que protege afincadamente o seu território e não tolera a presença de cães estranhos.
Dada a sua robustez, é aconselhável que seja educado desde pequeno, para que se torne num animal de estimação obediente e seguro.
 

Saúde

Os principais problemas que podem surgir na criação desta raça prendem-se com o parto e com problemas ósseos, estes últimos resultado do seu crescimento rápido. Normalmente, é adoptada a cesariana, já que os bebés têm cabeças grandes que dificultam o nascimento.

A displasia coxo-femural e a torção gástrica são outras doenças típicas desta estirpe, sendo também comum o aparecimento de dermatites e problemas cardíacos.

Este animal vive bem em apartamentos mas, por questões de saúde, convém que pratique muito exercício físico.

Curiosidades 

Em Uma Dupla Quase Perfeita fica-se a conhecer o talento desta raça para a arte da representação. Ao lado do polícia Scott (Tom Hanks), este cão interpreta o papel de uma importante testemunha do crime que irá ser investigado por aquele actor.
http://www.arcadenoe.pt/raca/dogue_de_bord_us/251

Dogue Canário

 (outros nomes: Dogo Canario, Presa Canario, Perro de Presa Canario)

Dogue Canário
origem:Ilhas Carnárias
data de origem:Século XVIII
esperança de vida:10 anos
classificação:Molossóides, tipo dogue
altura:56 para 65 cm

História 

O Dogue Canário é oriundo das Ilhas Canárias, particularmente Tenerife e Gran Canária. Acredita-se que resulta do cruzamento entre agora extinto Bardino Majero, um cão de quinta indígena do arquipélago, e os molossóides introduzidos na ilha pelos colonos a partir do século XVII.

Originalmente estes cães eram mantidos como protectores do gado e das propriedades. Contudo, com o aumento da popularidade das lutas entre cães, o Dogue Canário foi sendo apurado pela sua tenacidade e robustez. Nas Canárias, as lutas entre cães eram realizadas em arenas ou “pitts”. Com a proibição das lutas em 1940, a procura destes cães abrandou e em 1960 estiveram perto da extinção, mas foi reavivada por um grupo de criadores interessados na raça.

Hoje em dia o Dogue Canário é tido como animal de companhia e guarda. O Dogue Canário é um cães com uma imagem negativa no público por causa do seu passado ligado à luta. Em Portugal não faz parte da lista de cães potencialmente perigosos.

Temperamento 

O Dogue Canário é um cão dominante que não é indicado para donos inexperientes. Sendo um bom cão de guarda, não gosta de estranhos. É bastante territorial e devido ao seu passado de lutas não se dá bem com outros cães. Contudo, com uma forte socialização consegue conviver com eles.

Com a família, o Dogue Canário é um cão dócil e protector. Calmo e atento, o Dogue Canário é confiante e tem um porte nobre. Muito dedicado, é obediente ao dono, mas mantém sempre a sua independência.

O Dogue Canário precisa de um treino consistente desde pequeno e um dono que saiba impor a sua dominância recorrendo ao reforço positivo.

Aparência Geral

O Dogue Canário é um molossóide de porte médio. Os machos têm entre 60 a 65 cm e devem pesar no mínimo 50 kg. As fêmeas medem 56 a 61 cm e pesam no mínimo 40 kg.

O Dogue Canário é um cão robusto, ligeiramente mais comprido do que alto. As fêmeas têm geralmente esta característica mais acentuada.

A cabeça deste cão é impressionante: maciça e compacta, com pele enrugada e stop pronunciado. O nariz é largo e preto, enquanto os olhos os olhos são castanhos variando na tonalidade conforme a pelagem. As orelhas são de tamanho médio e dobram em forma de rosa.

O Dogue Canário tem um corpo musculado, que lhe foi aperfeiçoado para a luta de cães: a pele é grossa, os peitorais são bem definidos, o peito é profundo, as pernas são fortes e ossudas.

A cauda é grossa na base, afunilando em direcção à ponta. Quando o cão está a trabalhar, ergue-se me forma de sabre. Em repouso, permanece caída com uma ligeira curvatura na ponta.

O Dogue Canário é um cão ágil, com uma passada larga que lhe permite cobrir bastante terreno em pouco tempo.

A pelagem é curta e um pouco áspera. O padrão tigrado é aceite em todas as tonalidades, desde o cinzento ao castanho claro. Várias tonalidades de cor sólidas também são aceites, desde o fulvo até à cor areia. Marcas brancas são aceites no peito, na base do pescoço, na garganta, nos pés das patas dianteiras e nos dedos das patas traseiras, mas devem ser o mais pequenas possível. A máscara no focinho é sempre preta e não se deve prolongar para além do nível dos olhos.

Dogue Canário vs. Presa Canário 

A raça reconhecida em Espanha foi feita sobre a denominação Presa Canário, porém o nome que se popularizou foi Dogo Canário e foi sob este nome que foi aceite pela FCI, a associação internacional que regula a canicultura em Portugal e Espanha, entre muitos outros países.

Contudo, os criadores espanhóis parecem ter-se afeiçoado ao nome original, bem como ao estalão, tal como foram aprovados em Espanha originalmente. A RSCE, o clube que rege a canicultura em Espanha, não reconhece o Dogue Canário como sendo a mesma raça que Presa Canário. Na verdade, o clube aceita as duas raças e tem estalões diferentes. No Presa Canário a pelagem preta é também admitida e é estabelecido um peso máximo, o que não acontece no estalão do Dogue Canário. Contudo, a RSCE foi já aconselhada a rever a sua decisão pelo governo espanhol, uma vez que ambos os estalões se referem ao mesmo cão. Em último caso, na RSCE, todos os Dogues Canários que tenham a altura estipulada podem ser registados como Presas Canários. E todos os Presas Canários que não tenham a pelagem preta podem ser registados como Dogues Canários.

Higiene 

O Dogue Canário não tem subpêlo o que faz com que largue menos pêlo do que a maioria dos cães que possuem uma dupla pelagem.

Mesmo assim deve ser escovado para que a pelagem seja mantida limpa e saudável.

Saúde 

Os problemas de saúde mais observados no Dogue Canário são problemas articulares, sobretudo displasia canina e problemas de pele.

Sendo um cão ainda usado em lutas ilegais de cães, pesquise o criador a quem está interessado em comprar o cão. Os cães comprados a bons criadores são saudáveis e bem equilibrados.
http://www.arcadenoe.pt/raca/dogue_can_rio/287

Curly Coated Retriever

 (outros nomes: Retriever de Pêlo Encaracolado)

Curly Coated Retriever
classificação:Cães Cobradores de Caça
altura:0 para 67 cm
peso:31 para 36 kg

História 

O Retriever de Pêlo Encaracolado pertence à família dos Retrievers, dentro da qual existem mais cinco variedades: o Labrador Retriever, Golden Retriever, Toller Retriever, o Chesapeake Bay Retriever e o Retriever de Pêlo Liso (ou Flat-Coated Retriever). Estes cães foram inicialmente criados e treinados para auxiliar o homem na caça a aves selvagens, cabendo-lhes a tarefa de trazer as aves abatidas ao seu dono. Alguns autores consideram, no entanto, que a história destes cães é confusa precisamente porque esta actividade - também designada por Retriever - foi desenvolvida por outros cães que adquiriram erradamente o mesmo nome.

O Retriever de Pêlo Encaracolado é considerado uma das raças retriever mais antigas, originária da Inglaterra, mas pouco se sabe hoje acerca do seu passado. Pensa-se que este cão descende do Water Spaniel Inglês e do Irlandês, do Newfoundland, do Labrador Retriever e do Poddle.

Foi pela primeira vez visto numa exposição em 1860, em Birmingham, Inglaterra. A partir de então, estes cães começam a ser exportados para a Nova Zelândia, Canadá e Austrália, onde foram utilizados como retrievers de patos. Diz-se que a fama de serem teimosos prejudicou a sua utilização no desporto, motivo pelo qual passou a ficar confinado ao ringue de exposição. Em 1896, foi criado o primeiro clube da raça e, em 1913, foi estabelecido o seu standard.
As primeiras exportações para os EUA deram-se em 1907 e, em 1924, a raça foi reconhecida pelo Kennel Clube americano. Actualmente, esta raça não parece ser muito popular neste país.

A I Guerra Mundial revelou-se um período particularmente difícil na história deste Retriever que foi quase completamente extinto. Tal foi evitado por um conjunto de admiradores que garantiram a sobrevivência de alguns destes cães e fomentaram a sua criação nos tempos de paz. Desde então, a raça está relativamente protegida pelos clubes que existem, apesar de ser considerada um pouco rara. O Curly Coated Retriever Club of America é um desses exemplos, fundado em 1979.
 

Descrição 

O Retriever de Pêlo Encaracolado pode medir até 67 cm (machos) ou até 62 cm (fêmeas) e pesar entre os 31,7 e 36,3 Kg.

A sua pelagem de cor preta ou fígado uniforme assemelha-se a uma massa de caracóis rígidos.

A cabeça é longa, proporcional ao trono com um chanfro pouco definido. Os olhos são grandes, de formato oval, pretos ou castanhos escuros. As orelhas são pequenas, de inserção baixa, e estão pendentes junto às faces. A sua aparência é ágil e robusta, devido às espáduas musculosas, ao peito profundo e ao pescoço forte. A cauda é moderadamente curta.
 

Temperamento 

O Retriever de Pêlo Encaracolado é um cão muito inteligente que tem óptimas características para ser um cão de companhia. É leal, dócil, calmo (se praticar o exercício físico aconselhado) e estabelece um bom relacionamento com as crianças.

É um cão naturalmente independente e devoto ao trabalho. Protege o território e a família com devoção, por isso nem sempre aceita bem a presença de estranhos. Este aspecto é alterável se, durante o seu crescimento, for socializado e habituado a estar com várias pessoas e animais.

Este retriever aprende rapidamente mas, se for submetido algum tipo de treino, este deverá ser divertido, já que se aborrece com facilidade.
 

Observações

Estes cães tem uma esperança média de vida entre os 8 e os 12 anos e apresentam alguma vulnerabilidade à epilepsia, displasia da anca e problemas de visão e cardíacos.

O pêlo deste retriever não necessita de ser penteado com muita frequência, mas pode receber mais atenção na altura da muda, o que acontece duas vezes por ano (Primavera e Outono). É aconselhável que tome banho esporadicamente, antes do qual deve ser penteado, por forma a remover o pêlo morto. Depois do banho a pelagem pode ser massajada com movimento circulares para ajudar a forma os caracóis.

Esta raça necessita de praticar bastante exercício físico: nadar, correr, jogar à bola, são as actividades que mais aprecia. Se diariamente lhe for concedido este tempo, dentro de casa será um companhia calma.
 
http://www.arcadenoe.pt/raca/curly_coated_retriever/241

Collie de Pêlo Curto

 (outros nomes: Collie Smooth)

Collie de Pêlo Curto
origem:Reino Unido
data de origem:Século XVIII
esperança de vida:14 a 16 anos
classificação:Cães de Pastor
altura:51 para 61 cm
peso:18 para 30 kg

História 

A história dos Collie perdeu-se no tempo, sabendo-se apenas que no séc. XVIII habitavam nas regiões montanhosas da Escócia, onde arduamente trabalhavam como cães pastor. Existem dos tipos de Collies: os Rough Collie (mundialmente famoso por participar na série Lassie) e a Smooth Collie (idêntico ao Rough, excepto na pelagem que é curta e áspera). Ambas as variedades coexistiram durante mais de dois séculos, durante os quais foram utilizados para o pastoreio, pela sua força, inteligência e devoção. O Rough Collie era habitualmente utilizado pastoreio das ovelhas, já que a sua pelagem permitia-lhe aguentar as temperaturas mais baixas do norte da Escócia. 

Descrição 

A cabeça deve ser plana entre as orelhas, prolongando-se o focinho em linha recta até ao nariz, que é sempre preto. As orelhas implantam-se na parte mais posterior do crânio, sendo pequenas e apenas pendentes no último terço. O corpo é rectangular; a cauda deve ter a raiz baixa e atingir o jarrete, sendo levemente erguida na ponta. No geral, deve ter uma aparência graciosa aliada a uma robustez evidente.

Temperamento

De expressão inteligente, nobre e doce, o Smooth Collie é considerado por muitos especialistas um cão de família exemplar. Dotado com um forte sentido de protecção, este animal é devoto à família, em especial às crianças. Revelam-se excelentes companheiros dos mais novos, já que adoram brincar e são gentis, pacientes e calmos por natureza.

São animais amistosos, fáceis de treinar e sem instintos agressivos. Perante estranhos, são reservados e desconfiados.
 

Observações 

Os Collies têm uma esperança média de vida de 14 a 16 anos de idade, mas são propensos a determinadas doenças, tais como: dermatites, dermatomiosite e atrofia progressiva da retina.
Existem ainda duas sensibilidades específicos desta raça: collie nose (resultado da excessiva exposição ao sol, a pele do nariz descasca e pode provocar lesões) e o collie eye anomaly (doença que pode cegar o animal).

Os Collies são animais aptos a viver dentro de casa, já que são uma companhia calma. No entanto, é importante submetê-los à prática regular de exercício físico, por forma a evitar que fiquem obesos.

Apreciam os climas moderados e não se dão bem com o calor. Relativamente à escovagem, esta deve ser realizada com regularidade (no caso de Smooth Collie, é aconselhável que seja, no mínimo, três vezes por semana).
http://www.arcadenoe.pt/raca/collie_de_p_lo_curto/243

Collie de Pêlo Comprido

Como nos filmes... (outros nomes: Collie, Collie Rough (EN))

Collie de Pêlo Comprido
origem:Reino Unido
data de origem:1860s
classificação:Cães Pastores
altura:51 para 61 cm
peso:18 para 30 kg

História 

Conhecido normalmente apenas por Collie esta é uma das mais atraentes raças de todo o mundo. Possuidor de um colar magnífico e de uma juba exuberante, esta raça rapidamente atraiu muita gente. A sua popularidade aumentou consideravelmente este século devido à série de televisão Lassie. Mas não só o seu aspecto físico é apelativo. Também o seu temperamento dócil e protector captaram muitas atenções. Na verdade, o Collie está muito atento a sinais de perigo reagindo muito rapidamente para os solucionar, sendo utilizado como cão de salvamento na água e fogo e como guia de crianças cegas.

A sua ascendência é desconhecida e povoada de hipóteses. Alguns autores, atribuem-na ao Trefoil, cão tricolor nascido a 1873, e outros, aos cães pastores trazidos pelos Romanos, quando estes invadiram a Grã-Bretanha, no século V. A origem etimológica do termo Collie, está igualmente povoada de hipóteses, sendo a sua origem atribuída por alguns a “coll” (que significa “preto” em anglo-saxão) ou a “colley” (termo escocês para uma ovelha com o focinho e patas pretas). De qualquer forma é sabido que, no final do século XIX, ficou estabelecido o nome desta raça. Este século marca aliás o início do reconhecimento desta raça, sua afirmação e criação.

Em 1859, numa exposição canina, em Newcastle, os Collie surgem pela primeira vez numa classe separada dos cães pastor. O primeiro marco importante da sua história dá-se em 1860, quando a Rainha Vitória, durante uma visita a Balmoral, Escócia, mostra-se interessada na aquisição deste cão, que passou assim a pertencer aos canis reais de Windsor. Tal acontecimento, projectou a beleza distinta desta estirpe, que participa, no mesmo ano, numa exposição em Birmingham. Em 1886, é criado o standard desta elegante raça e, em 1979, esta começa a ser importada para os EUA, onde é fundado o Collie Club of America Inc.

No século XX, a nobreza desta raça estende-se um pouco por todos os continentes, em parte, graças, à sua divulgação nas obras de Albert Pauyson Terhune (Las: A dog é talvez o livro mais conhecido) e à sua estreia como estrela de cinema na série, Lassie, nos anos 40 e 50.

Em 1982 foi fundado no nosso país o Collie Clube de Portugal, impulsionado pela Senhora Evy Pini, considerada a maior criadora de Collies em Portugal. Ainda hoje este clube protege, preserva e desenvolve as raças Collie (Rough Collie, o Smooth Collie, o Shetland Sheepdog, o Bearded Collie e o Border Collie)

Temperamento 

Tem um temperamento contrastante, pois consegue ser dócil e sensível e ao mesmo tempo bastante teimoso. Desconfiado com estranhos não sendo, no entanto, agressivo. Deve der ensinado com persuasão e delicadeza, caso contrário recusa-se a aprender. Fiel ao dono, possui um apurado sentido de protecção de crianças e pessoas sozinhas. Óptimo cão de guarda.

Descrição 

Esta distinta raça é aclamada pela proporcionalidade do seu corpo e pela sua expressão doce.
A altura nas espáduas varia, nos machos, entre os 56 e os 65 cm e, nas fêmeas, entre os 51 e os 60 cm. Os machos pesam entre os 20 Kg e os 34 Kg e as fêmeas, entre os 18 Kg e os 30 Kg.

O pelo externo dos Rough Collie é liso e áspero, em contraste com o subpêlo macio e muito denso. Na juba e franjas ele é abundante, tal como nos membros anteriores, posteriores e cauda. A coloração da sua pelagem varia entre o marta e o branco, tricolor e azul melro.

A cabeça é proporcional ao corpo, leve e em forma de cunha, sem evidenciar um excessivo afilamento do focinho. Este deve ser suave e arredondado e o nariz preto. São os olhos que conferem esta expressão única dos Collie: inseridos um pouco obliquamente, os olhos são amendoados, castanho-escuro ou azuis. As orelhas são largas na base e, em repouso, apresentam-se viradas para trás, enquanto que em alerta, ficam semi-erectas. O pescoço é musculoso e arqueado e o corpo é ligeiramente comprido em relação à altura, dotado com um peito profundo. Os membros são musculosos e a cauda é comprida, normalmente mantida baixa.

Tipo de Pêlo 

Comprido e abundante. É curto sobre o crânio, no focinho e na extremidade das orelhas. Possui um exuberante colar de pêlo. Existem quatro variedades de cores: branco, castanho e branco, tricolor e azul-merlo.

Higiene

Para manter a bela pelagem brilhante, são necessárias escovagens frequentes, quase diárias. No Verão, com o calor, necessita de lugares com sombra.

Curiosidades 

Graças ao incomparável sucesso da série Lassie, o Rough Collie foi a primeira raça de cães a figurar no Animal Hall of Fame, em 1969
http://www.arcadenoe.pt/raca/collie_de_p_lo_comprido/25

Cocker Spaniel Inglês

Excelente companheiro e muito brincalhão (outros nomes: English Cocker Spaniel (EN))

Cocker Spaniel Inglês
origem:Reino Unido
data de origem:Século XIX
esperança de vida:15 anos
classificação:Cães Levantadores de Caça
altura:36 para 38 cm
peso:11 para 13 kg

História

O Cocker Spaniel pertence a uma família ancestral, utilizada na falcoaria, desporto muito apreciado pela dinâmica que estabelecia entre o caçador, o cão (que “levantava” a ave) e o falcão (que a caçava). Pensa-se que os Spaniel foram levados de Espanha para Inglaterra pelos romanos, já que a palavra Spaniel é de origem espanhola e significa, precisamente, “espanhóis”.

Durante o séc. XVI, esta família era constituída por cães de água e de terra. Os exemplares mais pequenos ficariam mais tarde conhecido por Cockers, nome que deriva provavelmente do termo “woodcock”, sinónimo de galinhola. O Cocker Spaniel adquiriu particular notoriedade precisamente pela rapidez com que descobria e obrigava estas galinholas a levantar voo, o que facilitava a sua caça. Dotado com um óptimo olfacto e mordedura delicada, este cão revelou-se óptimo também no seu cobro.

Ao longo dos séculos, os Spaniels foram crescendo em número e variedade e a sua distinção orientou-se sobretudo pelo tamanho e pela sua habilidade para a caça. Os problemas adjacentes a esta falta de classificação levaram a que, em 1885, fosse criado o Spaniel Club, que começou a empenhar-se na criação de standards para as diferentes variantes. O Clumber, o Sussex, o Welsh Springer, o English Springer, o Field, o Water Spaniel Irlandês e o Cocker começaram a ser registados por volta do séc. XIX como raças distintas.

Em 1892, o Cocker Spaniel é reconhecido pelo Kennel Club da Inglaterra, altura em que começa a ser visto e desenvolvido nos EUA. Neste país, contou com um desenvolvimento diferente, já que alguns criadores começaram a cruzá-lo com outras espécies, para obter uma raça esteticamente mais agradável para o ringue de exposições.  Desta forma surgiu o Cocker Spaniel Americano.

Face a esta situação, é formado, em 1935, o English Cocker Spaniel Club of America, com o intuito de preservar a pureza original da linhagem inglesa. Constata-se hoje que esta nunca correu qualquer risco de extinção. As duas raças foram reconhecidas pelo Kennel Club americano em 1946 e, presentemente, coexistem no continente americano.

O prestígio desta estirpe afirmou-se definitivamente quando o prémio “Melhor em Exposição”, da Cruft de Londres, foi recebido por seis vezes consecutivas pelos exemplares dos famosos Canis “Of Ware” do criador Mr. H.S.Loyd. Actualmente, esta raça é utilizada principalmente como cão de companhia, exposição e caça.

Temperamento 

Dócil por natureza e muito afectuoso, assim é este cão. É um verdadeiro amigo do seu dono, leal, gentil e obediente. É igualmente inteligente, daí que obtenha particular sucesso nos treinos de obediência.

Com as crianças, revela-se uma companhia alegre, pronto para a brincadeira. Não aprecia ser deixado sozinho, já que necessita de bastante atenção. Este cão precisa de estar bem inserido na família, caso contrário será infeliz e poderá mesmo desenvolver comportamentos que não são típicos da raça.

Não são bons cães de guarda, já que não apresentam grande tendência para ladrar e não costumam ser agressivos.

Descrição 

O Cocker Spaniel possui um porte médio, cuja altura varia nos machos entre os 39 e os 42,5 cm e nas fêmeas entre os 38 e os 41 cm. O seu peso oscila entre os 12,7 e os 14,5 Kg.

A sua pelagem é de comprimento médio, lisa e sedosa. São permitidas várias cores uniformes
Possui um crânio abobadado e um focinho largo, quadrado e profundo. O lábio superior recobre o maxilar inferior. As narinas são bem desenvolvidas e os olhos são doces, sendo a sua cor variável consoante a da pelagem. Uma das suas principais características são as orelhas compridas pendentes, com pêlo ondulado, e enraizadas ao nível dos olhos. O pescoço é musculoso e termina num peito largo e profundo. As espáduas apresentam-se descaídas e os membros são fortes e vigorosos, de boa ossatura, com pés bem almofadados. A cauda tem raiz baixa e pode ou não ser amputada.

Saúde e Higiene 

O Cocker tem uma esperança média de vida que pode atingir os 15 anos de idade ou mais. As doenças mais comuns a esta estirpe são a atrofia progressiva da retina, displasia da anca, cataratas e infecções auditivas. Em relação a estas últimas, há que sublinhar que, devido  ao seu comprimento, as orelhas estão bastantes vezes em contacto com o chão sujando-se mais que o normal. Recomenda-se a utilização diária de uma escova para manter as orelhas limpas. O pavilhão auricular deve também ser mantido limpo para evitar o aparecimento de otites.

É aconselhável escovar a pelagem diariamente, e aparar o excesso de pêlo á volta dos pés e no interior das orelhas.

Estes cães devem praticar exercício físico diariamente (no mínimo uma hora), não só porque são muito activos, mas também porque possuem um notável apetite.http://www.arcadenoe.pt/raca/cocker_spaniel_ingl_s/23

Cocker Spaniel Americano

Muito amigo das crianças. (outros nomes: American Cocker Spaniel)

Cocker Spaniel Americano
origem:Estados Unidos da América
data de origem:Século XVIII
classificação:Cães Levantadores de Caça
altura:36 para 38 cm
peso:11 para 13 kg

História

O Cocker Spaniel Americano desenvolveu-se a partir do seu primo inglês. O Cocker Spaniel Inglês foi levado para os Estados Unidos da América pelos colonos nos séculos XVII e XVIII. Os colonos necessitavam contudo de um cão mais baixo e mais eficaz na caça à codorniz. Até aí, o Cocker Spaniel Inglês era comummente utilizado na caça a galinholas (woodcock, em inglês) que lhe veio a dar o nome.

As duas raças eram julgadas em conjunto até mados do século XX, quando as diferenças morfológicas entre as duas eram evidentes. O Cocker Spaniel Americano foi constituído oficialmente como raça em 1946.

Hoje em dia, o Cocker Spaniel Americano é muito popular no seu país de origem. Tornaram-se apreciados pela habilidade de "levantar" aves para o caçador, pela capacidade em penetrar vegetação densa e pela agilidade ao nadar. O facto de ser muito alegre e sociável, popularizou-o como um óptimo animal de estimação. O seu aspecto forte e robusto, típico para actividades de caça, não lhe diminuem a sua função de companhia. São cães que se encontram facilmente nas exposições caninas.

Temperamento

O Cocker Spaniel Americano é um animal vivo, inteligente e brincalhão. Desenvolvido para a caça, há muito que o Cocker Spaniel Americano conquistou o seu lugar como cão de companhia.

Bastante dedicado à família, gosta de receber os donos não só com o abanar da cauda, mas também de toda a zona traseira. É um cão que exige bastante atenção e pode tornar-se destrutivo se deixado muito tempo em casa.

É uma raça sensível que precisa de uma boa socialização e treino baseado no reforço positivo. Se estes requisitos forem cumpridos, esta raça dá-se bem com outros animais, cão e crianças.

Estes cães adaptam-se à vida tanto na cidade como no campo. Vivem felizes num apartamento se tiverem companhia e forem suficientemente exercitados. O ideal era terem acesso a um pequeno pátio. Necessitam de um longo passeio diário. Parte do tempo de exercício pode ser utilizado em brincadeiras dentro de casa.

Gostam de ladrar, o que faz deles bons cães de alerta. São protectores, mas não são adequados para serem cães de guarda.

O treino deve ser consistente, porque apesar de serem inteligentes, são distraídos, tornando-se um pouco difícieis de treinar.

Descrição 

O Cocker Spaniel Americano é um cão de porte médio, sendo o Spaniel mais baixo.

De corpo sólido e forte, o Cocker Spaniel Americano é um animal rápido e resistente. Possui um crânio abobadado, focinho largo e profundo com um stop pronunciado. O lábio superior recobre o maxilar inferior. As narinas são bem desenvolvidas, os olhos são doces e castanhos escuros. Uma das suas principais características são as orelhas compridas pendentes, com pêlo ondulado e enraizadas ao nível dos olhos. O pescoço é musculoso e termina num peito largo e espáduas descaídas.

Os membros são fortes e vigorosos, de boa ossatura, e os pés são bem almofadados. A cauda tem raiz baixa e pode ou não ser amputada.

O pêlo é de tamanho médio, exceptuando na cabeça, onde é curto. As orelhas, peito e abdómen são mais peludas. A pelagem é lisa ou ligeiramente ondulada e de textura macia.

Existem três variedades de cor no Cocker Spaniel Americano:

  • Preto – Cor preta uniforme que pode incluir pontos bronze. Tonalidades castanhas ou cor de fígado não são desejáveis. É permitida uma pequena mancha branca no peito.
  • Cor sólida – ASCOB – Qualquer outra cor sólida para além do preto. São aceites várias cores, desde o creme ao vermelho escuro, incluindo castanho e castanho com pontos bronze.
  • Parti-color – Duas ou mais cores sólidas, claramente separadas, uma das quais deve ser branca: preta e branca, vermelha e branca, castanha e branca e roãos. Qualquer combinação com pontos bronze é aceite.

Higiene 

Em virtude do seu comprimento, as orelhas estão bastantes vezes em contacto com o chão sujando-se mais que o normal. Recomenda-se a utilização diária de uma escova para manter as orelhas limpas. O pavilhão auricular deve ser mantido limpo para evitar o aparecimento de otites, tão comuns nesta raça devido à existência de mais pêlos no canal auditivo que noutras raças.

Esta raça larga muito pêlo e necessita de ser escovada todos os dias. A pelagem deve ser aparada frequentemente.

Saúde 

 O Cocker Spaniel Americano é uma raça saudável, mas devido à reprodução indiscriminada, existem hoje em dia mais problemas de saúde na raça do que antes 1940, quando foi catapultada para a ribalta.

Cataratas, glaucoma e problemas articulares são os principais problemas conhecidos no Cocker Spaniel Americano. Outros problemas com menor incidência são: alergia, seborreia, otites e problemas cardíacos.
http://www.arcadenoe.pt/raca/cocker_spaniel_americano/24

Clumber Spaniel

Clumber Spaniel
origem:Inglaterra
esperança de vida:10 a 12 anos
classificação:Cães de Tiro
altura:42 para 50 cm
peso:25 para 28 kg

História 

O mais pesado e mais antigo dos spaniels é também o mais peculiar: possui o olhar único de um Basset e é portador de parte da herança genética do já extinto Spaniel Alpino. Existem várias versões do seu passado, que está, no entanto, repleto de pequenas narrativas.

Originário da França, diz-se que surgiu no início do séc XVIII, nos tempos que antecederam o conturbado período da Revolução Francesa. Nesta altura, este cão foi promovido pelo Duc de Noilles, ganhando prestígio como batedor e retriever. Com o aproximar do conflito, este aristocrata, por forma a proteger os seus spaniels dos perigos da revolução, levou-os para o canil do Duque de Newcastle em Clumber Park, na Inglaterra. O destino revelou-se fatal ao aristocrata francês que acabou por falecer naquela revolução. Segundo conta a lenda, a raça foi então protegida pelas elites inglesas, tornando-se num dos seus cães preferidos. Outra teoria defende que os Clumber Spaniel descendem dos Basset e St. Hubert Hounds. E, ainda existe uma terceira versão, que acredita que esta é uma raça pura da Inglaterra, resultado do cruzamento entre o Basset com o Spaniel Alpino e, talvez, com o São Bernardo.

De qualquer forma, a raça desenvolveu-se no meio aristocrático e da realeza, acabando por chegar, em 1844 às terras canadianas. Em 1859, estes cães participam pela primeira vez numa exposição em Inglaterra. Em 1878, foi registado o primeiro Clumber Spaniel no Kennel Club americano, apesar destes registos existirem muito antes da sua fundação. No século XIX, esta raça começa a ser mais vista entre a população comum, já que a sua popularidade saiu do círculo aristocrático. Com a I e a II Guerra Mundial, o número de exemplares diminuiu consideravelmente, pelo que a sua recuperação foi empreendida por alguns admiradores da raça, entre os quais estaria, segundo alguns historiadores, o Rei George VI.

No século XX estes cães começam a ser treinados para a competição e para a caça, mas por serem mais lentos que os cockers e outros spaniels, acabaram por ser mais utilizados como cães de companhia. Apesar de não serem considerados cães raros, a verdade é que são muito pouco vistos.
 

Descrição

A altura na cernelha varia, nos machos, entre os 48 e os 50 cm e, nas fêmeas, entre os 43 e os 48 cm. O seu peso oscila, nos machos, entre os 32 e os 38 Kg e, nas fêmeas, entre os 25e os 32 Kg.

A sua pelagem branca com marcas limão é abundante (principalmente no peito e membros), sedosa e rente.

A cabeça é maciça, com um formato quadrado e comprimento médio. O chanfro é saliente e o focinho é quadrado e sólido. Os olhos estão inseridos ligeiramente fundos e são de cor âmbar escuros e as orelhas são grandes, em forma de folhas de videira, caídas ligeiramente para a frente.
O seu corpo é de um porte majestoso, dotado com uma ossatura pesada. O peito é profundo e os membros e as patas são bem desenvolvidos e robustos. A cauda é bem tufada.
 

Temperamento 

Este é um cão com um temperamento estável, dócil e bastante inteligente. Com as crianças é um animal seguro, brincalhão, mas perante estranhos é reservado, mas nunca agressivo. A inteligência e facilidade na aprendizagem, são outras das características que lhe estão associadas, pelo que o treino não é difícil.

Como cão de tiro, este não é de facto um dos animais mais rápidos, mas possui um olfacto notável e a sua constituição robusta confere-lhe uma resistência física considerável. Por outro lado, é um animal silencioso, de forma que não afasta as presas.
 

Observações 

 Esta raça tem uma esperança média de vida que varia entre os 10 e os 12 anos. É aconselhável observar as suas orelhas semanalmente, por causa dos fungos ou bactérias que se podem desenvolver. A displasia da anca, a atrofia progressiva da retina e as cataratas são outros dos problemas associados a esta raça.

A manutenção do seu pêlo deve ser feita regularmente e deve ser aparado no interior das orelhas e entre os dedos, por questões de higiene.

Estes cães não são muito exigentes em termos de exercício físico. Porém, convém o pratiquem diariamente. Natação, caminhadas, corridas, jogos, serão bem aceites, desde que não sob intenso calor. A facilidade com que ganham peso (e têm fome!) torna importante a realização de uma actividade diária.http://www.arcadenoe.pt/raca/clumber_spaniel/253