segunda-feira, 30 de junho de 2014

Fox Terrier de Pêlo Liso


Fox Terrier de Pêlo Liso
origem:Grã-Bretanha
data de origem:Século XVII
esperança de vida:15 anos
classificação:Terriers
altura:38 para 39 cm
peso:7 para 8 kg

História 

O Fox Terrier de pêlo macio é originário da Grã-Bretanha e descende provavelmente de algumas raças Terrier dos Condados de Cheshire e Shropshire, bem como do Beagle e do Greyhound. A sua linhagem, com quase um século de existência, esteve inicialmente ligada  à vida de estábulo, onde desempenhava o papel de caçador de animais indesejados, nomeadamente raposas.

A criação desta classe de cães esteve desde sempre associada aos Fox Terrier de pêlo de arame, já que estes são o resultado do cruzamento dos primeiros com uma cadela de pêlo de arame, chamada Trap.

No entanto, em 1876, o Fox Terrier de pêlo macio teve registo próprio no Fox Terrier Club, na Grã-Bretanha, que definiu os standards posteriormente adoptados pelo Fox Terrier Club, nos EUA.

Temperamento

O Fox Terrier de pêlo macio é um cão energético, afectuoso, e sempre pronto para brincar com os donos que lealmente protege. É um óptimo companheiro das crianças, mas como é impulsivo e talhado para caçar é aconselhável alguma atenção.

Este cão bravo e irrequieto, adora esgravatar a terra e  tem uma óptima propulsão, o que faz com que precise de exercício físico!

É um animal sociável, mas perante outros cães desconhecidos pode ter reacções impulsivas, por isso que convém ter algum cuidado e, se possível, proceder às “apresentações formais”. Apresenta alguma tendência para morder ou ladrar, daí que seja aconselhável que, enquanto pequeno, seja educado.
 

Descrição 

Este é um cão elegante, com uma altura máxima na cernelha de 39 cm e um peso que varia entre os 7,2 Kg a 8,2 Kg.

A pelagem é lisa, achatada, farta e densa, podendo ser toda branca mas, caso não o seja, esta cor deverá ser a predominante, e as manchas deverão ser pretas ou fogo.

O crânio é ligeiramente achatado e estreito. Os olhos redondos, pequenos e escuros, conferem-lhe uma expressão dócil e inteligente. As orelhas, dobradas sobre as bochechas, tomam a forma de um “v”, sem tocar nas faces. O chanfro é pouco saliente e os maxilares são fortes. A cernelha é finamente delineada e o dorso é curto, nivelado e equilibrado. Os membros inferiores são rectos e, tal como os superiores, são fortes e musculosos. As patas ostentam pequenas almofadas plantares que são duras, e a cauda é habitualmente amputada.

Observações

Não é associada a esta raça uma elevada propensão para contracção de doenças. Ela possui, aliás, uma esperança média de vida considerável, já que pode viver 15 ou mais anos. Os casos pontuais que surgem são em individuos não típicos desta linhagem. A surdez é talvez uma maleficência dos cães predominante brancos. Podem ocorrer alguns tipos de luxações, cataratas ou problemas nasais mas, como se referiu, esta é normalmente uma raça saudável.

Estes cães necessitam de exercício físico regular, principalmente se viverem em apartamentos. Como foi mencionado, são cães particularmente irrequietos, pelo que convém que gastem a energia que o seu aparelho hiper-activo consome!

A escovagem é necessária e bem vinda, por isso deve ser efectuada regularmente.


http://arcadenoe.sapo.pt/raca/fox_terrier_de_p_lo_liso/194

Fox Terrier de pêlo cerdoso


 (outros nomes: Wire Fox Terrier, Fox Terrier Pêlo de Arame )

Fox Terrier de pêlo cerdoso
origem:Grã-Bretanha
data de origem:século XIX
esperança de vida:13 a 15 anos
classificação:Terrier
altura:36 para 39 cm
peso:7 para 8 kg

História 

Considerada uma raça Britânica por excelência, a história do Fox Terrier de Pêlo Cerdoso apresenta mais dúvidas do que certezas. Algumas teorias são em relação à sua origem são:

  • A raça desenvolveu-se a partir de cruzamentos entre Dachshunds e Galgos Ingleses, e mais tarde Foxhounds e Beagles. Outros afirmam que a combinação é ligeiramente diferente: Old English Terrier, Black and Tan terriers de Inglaterra, Bull Terriers, Greyhounds e Beagles.
  • Outra linha de pensamento defende que o Fox Terrier de Pêlo Cerdoso evoluiu a partir do Fox Terrier de Pêlo Liso através de cruzamentos com fêmeas de pêlo cerdoso.
  • Talvez a teoria mais popular seja a de que esta raça tenha origem no terrier de pêlo cerdoso usado nas minas de carvão no País de Gales. Neste caso, o Fox Terrier de Pêlo Cerdoso teria ascendentes distintos do Fox Terrier de Pêlo Liso. Contudo, por serem considerados parentes, as duas raças foram mais tarde cruzadas na tentativa de aperfeiçoar a pelagem cerdosa. Talvez por esta razão, as raças tenham sido reconhecidas sob o mesmo nome, Fox Terrier, e apenas se tenham individualizado aos olhos do AKC em 1984.

Durante o século XIX, foi usado como exterminador de ratos, mas sobretudo como auxiliar do dono na caça à raposa. Devido à sua pequena estatura e energia, conseguia perseguir uma raposa pela sua toca, fazendo-a regressar à superfície onde o caçador podia terminar a caçada.

O Fox Terrier de Pêlo Cerdoso teve uma estreia tardia nas exposições caninas, surgindo na década de 70 do século XIX, 20 anos depois do Fox Terrier de Pêlo Liso. Mesmo assim, tornou-se rapidamente mais popular do que o seu primo. Os anos 30 do século XX foram a época áurea desta raça, mas a popularidade depressa se desvaneceu, apenas para ressurgir mais recentemente como uma raça inglesa tradicional. 

Temperamento 

Como todos os terriers, o Fox tem também um espírito valente e destemido. É um cão inteligente e alerta, sempre pronto para brincar. O Fox terrier de pêlo cerdoso é amigável, mas não é o cão ideal para conviver com crianças, uma vez que tem alguma tendência para morder. Não deve também ser a primeira escolha para idosos, devido à sua energia.

Dá-se bem com outros cães que tenham sido criados com ele. Seleccionado para caçar, o Fox Terrier tende a perseguir gatos e outros animais. Outra das suas especialidades é cavar.

É um bom cão de alerta, uma vez que estranha pessoas desconhecidas e é bastante vocal, por vezes demasiado.

O Fox Terrier de pêlo cerdoso gosta de estar com a família e detesta ser deixado sozinho ao ponto de se tornar destrutivo. Como são animais impulsivos que gostam de explorar, aproveitam todas as oportunidades para dar um passeio sem o dono. Por isso, nunca passeie um Fox Terrier solto e quando o deixar em casa, certifique-se de quem o cão não tem como fugir. A valentia do Fox Terrier leva-o a desafiar todo o tipo de cães, sobretudo os de porte maior, tornando-se perigoso soltá-lo em áreas com outros animais.

O Fox Terrier de pêlo cerdoso é um cão com uma personalidade vincada: é desafiador e um pouco teimoso, por isso é necessário que tenha uma educação rigorosa e uma socialização adequada. O treino não é difícil, sendo o mais complicado prender a tenção do animal.

Bastante activo em casa, o Fox Terrier dá um bom cão de apartamento, desde que a suas necessidades de exercício não sejam descuradas. Brincadeiras são uma boa forma de gastar energia, mas todos os cães necessitam de caminhar e o Fox Terrier de pêlo cerdoso não é excepção. Uma caminhada diária é o mínimo exigido por ele.

Aparência Geral

O Fox Terrier tem uma silhueta distinta, apresentando um crânio liso e um focinho a afunilar. Os olhos são pretos, bem como o nariz, mas cheios de vivacidade. As orelhas são pequenas e triangulares, pendendo para a frente. Já os maxilares são fortes que combinados com um peito é profundo e umas pernas musculosas, tornam o Fox Terrier num óptimo cão de caça. A cauda é de inserção alta e geralmente cortada.

O pêlo é denso, cerdoso e varia entre os 2 e os 4 cm, dependendo das zonas do corpo. A pelagem é predominantemente branca com manchas pretas e castanhas ou apenas castanhas.

Curiosidades 

Miluo, o cão de Tintim, dos livros "As Aventuras de Tintim", de Hergé, é um Fox Terrier de Pêlo Cerdoso.

Saúde e Higiene 

O Fox Terrier de Pêlo Cerdoso necessita de alguma manutenção da pelagem, sobretudo escovagens duas a três vezes por semana para evitar que o pêlo fique enriçado. São cães que largam pouco pêlo e por isso são indicados para pessoas com uma alergia fraca a animais.

Em termos de saúde, uma das maiores preocupações em exemplares brancos é a propensão para a surdez. Existem ainda algumas áreas que merecem uma atenção especial, como os olhos.


http://arcadenoe.sapo.pt/raca/fox_terrier_de_p_lo_cerdoso/315

Pequinês


Épagneul Pequinês
origem:China
data de origem:2000 A.C.
esperança de vida:13 a 15 anos
classificação:Cães de Companhia
altura:15 para 23 cm
peso:3 para 5 kg

História 

O Pequinês é provavelmente tão antigo como a civilização chinesa. Os chineses acreditam que esta raça era a encarnação do “Cão de Fu”, o espirito canino que afugentava os espíritos do mal e que figura inclusivamente no calendário anual chinês. Estas teorias próximas do Budismo, juntamente com a sua juba, valeram ao Pequinês o apelido de Cão Leão.

Considerado um cão sagrado, o Épagneul Pequinês era protegido e acolhido pela família imperial chinesa, a única que podia ter e reproduzir estes cães. Eram as concubinas do imperador que se encarregavam da criação deste cão. As mulheres serviam-se da beleza do Pequinês para se tornaram mais interessantes aos olhos do imperador.

O Épagneul Pequinês viveu assim durante séculos protegido no palácio imperial na presença das concubinas e restante família Imperial, onde cada cão tinha o seu séquito de criados para lhe servir as mais delicadas e seleccionadas refeições.

Desde sempre preciosamente seleccionados, os cruzamentos entre os exemplares reprodutores eram detalhados e registados em livros, fazendo do Épagneul Pequinês uma das mais antigas raças com um livro de registos de estudos e várias linhagens de criação.
Em épocas de gestação, eram apresentadas às mães gestantes várias figuras de exemplares de determinadas cores pretendidas nos novos cachorros tal como os tecidos mais suaves e brilhantes, para que a pelagem dos mesmos cachorros tivesse a qualidade e as cores desejadas.

A veneração por esta raça está bem patente na arte antiga chinesa, na qual se pode encontrar várias representações do Épagneul Pequinês. Estes exemplares eram considerados como representantes do imperialismo da China e quem ousasse roubar ou tocar num exemplar sem autorização era punido com a pena de morte.

O Épagneul Pequinês permaneceu assim desconhecido perante o mundo durante séculos.
Em 1860/61, época da guerra do Ópio na grande China, as tropas franco-inglesas invadiram a Cidade Proibida e o Palácio de Verão.

A Imperatriz, responsável pelo pequeno imperador, tinha ordenado a eutanásia dos cães, para que não caíssem nas mãos dos “espíritos malévolos”. Apesar do mar de sangue e da carnificina entre muitos dos cachorros mortos, uma das princesas que tinha permanecido no palácio suicidou-se durante a invasão, deixando para trás os seus cinco exemplares, entre eles Lotty.

O General Dunne, ao serviço da Rainha Vitória do Império Inglês, conseguiu capturar cinco cães desta raça declarando os mesmos como presas de guerra. Uma das exemplares bicolores branca e vermelha, foi ofericida à Rainha Victoria. Os restantes exemplares ficaram na pertença da primeira criadora de Inglaterra, governanta e acompanhante da mesma Rainha.

A partir deste momento, o Épagneul Pequinês tornou-se extremamente popular nesse país entre a alta sociedade, a corte e mesmo a realeza. Quando Lotty morreu, foi decretado luto nacional, tendo sido hasteada uma bandeira negra a meia haste.

Temperamento 

O Epagneul Pequinês sempre viveu entre a aristocracia até aos dias de hoje, o que o torna desde sempre num cão com algumas mordomias essenciais ao seu bem estar. Gosta de colo e de atenção e é um cão delicado, orgulhoso e determinado.

Teimoso e independente, não deixa de ser muito afectuoso com quem o trata bem. O Épagneul Pequinês tende a formar um laço especial com quem ele elege como o seu dono. Leal, gosta de agradar, mas tem um temperamento firme que o torna por vezes difícil de treinar.

Afável com a sua família humana, mostra-se inicialmente desconfiado com estranhos, mas ao conquistarem a sua atenção acaba por se fazer cair nas suas graças.

Atento e alerta, o Pequinês não é contudo um cão de guarda. É um protector do lar e de toda a familia, tarefa que desempenha instintivamente desde que vivia no antigo Império Chinês. Se identificar uma presença estranha ou mesmo familiar, o Pequinês dá sinal, ladrando.

O Épagneul Pequinês dá-se bem com todas as crianças desde que supervisionadas por um adulto, de modo a controlar uma atitude brusca tanto das crianças como do exemplar em questão. O Pequinês mostra-se contudo pouco paciente com abusos por parte dos mais novos.

Relativamente calmo dentro de casa, o Pequinês dá-se bem em apartamentos. Não é necessário ter um pátio. Uma visita a um jardim próximo onde o cão se possa exercitar e cheirar até as flores que tanto adoram é quanto basta nos passeios diários.

Aparência Geral 

O Épagneul Pequinês é um cão de porte muito pequeno mas de aspecto muito compacto, algumas vezes comparado a uma bola de bowling. O exemplar ideal não deve exceder os 5 kg nos machos e os 5,5kg nas fémeas. Existem exemplares de tamanho muito pequeno, como os Sleeves mas são raros e de extrema delicadeza.

Apesar de ser um cão pequeno, o Épagneul Pequinês surpreende quando é pegado ao colo pelo corpo compacto, o seu peso e robustez.

Com uma aparência leonina, é facilmente reconhecido pelo seu nariz achatado e pela longa pelagem que o cobre até ao chão lembrando uma manta e proporcionando um andar leve e ondulante.

A cabeça do Pequinês é compacta e larga, com um stop pronunciado. Os olhos grandes e escuros são um pouco salientes e um pouco afastados, devem ter um aspecto brilhante e lustroso. Com a boca fechada, não devem ser vistos os dentes nem a língua. Os lábios e o nariz devem ser sempre de cor negra.

A pelagem é comprida e maioritariamente lisa, existem alguns exemplares com uma pelagem muito ligeiramente frisada. A pelagem não deverá interferir com a forma corporal de pêra que caracteriza a raça.

O Épagneul Pequinês apresenta assim uma juba ampla e frondosa como um leão, orelhas com franjas compridas geralmente negras, designadas como brincos, calções ou saiote traseiro longo, franjas abundantes nas patas e cotovelos e uma cauda frondosa e vasta.

Todas as cores são permitidas no Épagneul Pequinês, exceptuando a cor de fígado ou exemplares albinos.

Higiene 

Para preservar o belo pêlo em excelentes condições, o Épagneul Pequinês deve ser escovado e penteado apenas de 3 em 3 dias ou somente ao fim-de-semana, tendo sempre atenção especial à pelagem atrás das orelhas, calções ou saiote e no babete. Escovagem diária nunca se deve realizar pois iria apenas quebrar a estrutura da pelagem, arrancando a mesma.

A escovagem deve ser realizada a seco evitando os banhos de água. Sempre que der banho ao animal, método que deve ser aplicado apenas quando necessário, deve no fim utilizar o secador.

Esta raça larga bastante pêlo duas vezes por ano, no entanto dietas alimentares pouco equilibradas podem provocar mudas de pelagem com maior frequência.

Deve também prestar particular atenção à limpeza do focinho e zona genital dos cães, que deve ser diária.
Para tratar da higiene do focinho, utilize uma toalha turca e água morna ou de rosas ou malvas. Comece por molhar a toalha, passe no nariz, ruga por cima do nariz, junto aos cantos dos olhos, ao fim ao cabo é como lavar a cara do cachorro. Não é aconselhado usar qualquer produto (sabão entre outros) para além de agua morna.

Depois seja macho ou fêmea, é essencial fazer a higiene da zona genital do mesmo, usando uma outra toalha turca já húmida para o efeito, limpe as partes genitais do mesmo. Depois, basta passar uma toalha seca na cara do cachorro e nas partes sexuais. Este procedimento geralmente é realizado pelas manhãs depois do passeio habitual.

Não utilize soro fisiológico na vista dos cães, opte por água de malvas ou mesmo água normal. O soro fisiológico tem sal e acaba por danificar os olhos do cachorro.

Saúde 

Alguns exemplares desta raça têm tendência para engordar se lhes for permitida uma alimentação desregrada, tornando-se rapidamente obesos.

É preciso especial cuidado com a alimentação a horas certas e habituais pois o peso, uma vez que esta raça é propensa a problemas cardíacos a obesidade não é aconselhada. Outro problema da obsidade é a possibilidade da mesma causar danos na coluna, eventualmente herinas muitas vezes fatais nesta raça.

Problemas respiratórios por vezes são frequentes em exemplares com narinas muito fechadas, os problemas podem ser agravados com o excesso de peso.

Problemas oculares e nas articulações também são comuns na raça.

A Lenda 

Uma antiga lenda chinesa faz da origem do Épagneul Pequinês um conto romântico.

Reza a lenda que há alguns milénios, um leão apaixonou-se por uma macaca. O leão encontrou a pequena saguim na beira de um lago onde tinha ido matar a sede. A beleza exótica da macaca da espécie Guenon conquistou o leão.

Apesar de o amor do leão ser correspondido pela macaquinha, a diferença de tamanhos tornava este amor impossível. O leão entristeceu-se por ver que a sua paixão era proibida e decidiu procurar a ajuda de Budha. A divindade budista encontrou-se com o triste leão e ao saber do seu sentimento tão puro e verdadeiro, aconselhou-o a apresentar-se juntamente com a macaca Guenon perante o Deus Hai-ho.

Hai-ho recebeu-os e depois de os enamorados exporem o caso, respondeu ao leão:

"Se estás disposto a sacrificar a tua estatura e a tua força pelo amor puro e verdadeiro para com esta macaca guenon, consinto que se unam no resultado de um só tipo de ser, para que seja possível a vossa união para hoje e para sempre."

O leão e a macaca aceitaram a transformação de boa vontade e o fruto desta união, originou um novo ser: o cão da raça Épagneul Pequinês, que conservou a coragem, o porte orgulhoso e expressão nobre do rei das selvas, unido à graça, delicadeza e ternura no tamanho diminuto de uma macaquinha.

http://arcadenoe.sapo.pt/raca/_pagneul_pequin_s/45

Épagneul do Tibete


Épagneul do Tibete
origem:Tibete
data de origem:Indeterminada
esperança de vida:12 a 15 anos
classificação:Raça Não Desportiva
altura:0 para 25 cm
peso:4 para 7 kg

História 

A história deste simpático animal está intimamente ligada à vida religiosa do Tibete, apesar de alguns autores defenderem que a existência desta raça é anterior ao aparecimento do Budismo no próprio país.

No entanto, o papel que desenvolveu no quotidiano dos mosteiros constitui a referência histórica mais próxima que se possui. Foi não só utilizado como cão de companhia como também se revelou um excelente cão de guarda, graças à excelente visão que possui e à capacidade de se movimentar rapidamente.

A ascendência destes “pequenos leões” é, no entanto, incerta, uma vez que neste país era prática corrente oferecerem-se cães à China e a outros países Budistas.

Como tal, alguns autores defendem que o Antigo Shitzu e os cães semelhantes ao Pequinês, constituem os seus antecessores; enquanto outros, acreditam que é o Havanese Chin (Havanês) o detentor deste estatuto.

Em 1905 deu-se o  primeiro registo desta raça no Reino Unido e, em 1971, é fundado Clube Americano do Spaniel Tibetano.

Estavam assim criadas as condições para que esta exemplar raça fosse distinguida pela AKC, em 1984.

Temperamento 

É considerado um animal de estimação excelente, porque é uma companhia carinhosa, pontuada por uma vivacidade contagiante.

É dotado de uma fina inteligência e caracterizado por uma postura irrequieta e um olhar expressivo. Revela-se uma excelente companhia para as crianças mas é desconfiado perante estranhos.

Esta raça aprecia uma boa caminhada e gosta de brincar, apesar de ser bastante independente.

Descrição 

O Spaniel Tibetano é um cão de estatura pequena (mede cerca de 25,4 cm de altura), de cernelha longa, bem equilibrado. O seu peso varia entre os 4,1kg e os 6,8Kg.

A sua pelagem é sedosa, macia e curta na região facial, e moderadamente comprida no resto do corpo. Nas orelhas e na cauda a pelagem é comprida e emplumada.

Não há um padrão rígido de cores, de forma que o pêlo pode ter várias as misturas ou cores uniformes.

Apesar de possuir uma cabeça de tamanho reduzido, ostenta-a orgulhosamente.

Os olhos são castanho-escuro, ovalados, e de tamanho médio, e as orelhas são arredondadas e estão sempre pendentes sob a região facial.

Os membros superiores e inferiores são bem formados, o que lhes concede uma postura recta. Os pequenos pés de lebre são uma característica chave nesta raça e conferem-lhe velocidade e agilidade nos movimentos.

Observações 

Este cão tem uma esperança média de vida longa (12 a 15 anos) podendo, no entanto, vir a ter problemas respiratórios.

É um animal que vive bem num apartamento, mas necessita de exercício físico moderado. É aconselhável uma escovagem regular.

Curiosidades: Conta-nos a história que este companheiro dos monges prestava um serviço importante no quotidiano religioso tibetanos, fazendo girar a roda de orações.


http://arcadenoe.sapo.pt/raca/_pagneul_do_tibete/163

Épagneul Francês


 (outros nomes: French Spaniel)

Épagneul Francês
origem:França
data de origem:Indeterminada
classificação:Cão de Tiro
altura:53 para 56 cm
peso:19 para 25 kg

História 

O Épagneul Francês é uma das mais antigas raças Spaniel francesas, que se julga descender de cães importados de Inglaterra para França no séc. XIV.

Alguns autores consideram-no incluído na família dos Small Munsterländer e do Drentse Patrijshond, enquanto outros defendem que descende do Chien d’Oysel, um cão da Idade Média utilizado na caça de aves.

Uma última teoria considera que o seu parentesco com os Setters é evidente quando observamos a pelagem com algumas franjas e o corpo de proporções harmoniosas.

No séc. XVI, esta raça foi particularmente cobiçada para auxiliar o homem na caça, onde era usado para perseguição e cobro da caça.

No século seguinte, a sua beleza atlética conquistou o círculo aristocrático de Versailles, que o imortalizou em pinturas da época e o utilizava para a caça de perdizes e faisão.

No entanto, a crescente popularidade que as raças britânicas começaram a adquirir, conduziram a um declínio desta estirpe. A sua total extinção foi, no entanto, evitada pelo Padre Fournier, que se empenhou em desenvolver um programa de criação selectiva, tendo em vista a recuperação das linhagens. O sucesso de tal feito proporcionou-lhe o cargo de presidente do primeiro Club de l’Épagneul Français, fundado em 1921.

Em 1891, é estabelecido o standard desta raça, pela autoria de James de Connick.

Na década de 70 do séc XX, a raça é introduzida na província canadiana do Quebeque e, passados oito anos, é fundado o Club de l'Épagneul Français du Canada.

Em 1985, esta raça é reconhecida pelo Kennel Club canadiano.

Neste país, o Épagneul Francês encontrou um sem número de entusiastas, apesar de ser ainda uma raça pouco conhecida.

Temperamento 

Como cão de tiro este é um parceiro inteligente, que desempenha as suas funções de forma atenta e devota. Possui uma notável resistência física e adapta-se facilmente a qualquer tipo de clima ou ambiente. Dada a sua facilidade de aprendizagem, este é um cão fácil de treinar e revela-se um excelente nadador, mesmo em águas muitos frias.

Em casa, é um animal obediente, fiel ao seu dono  e gentil. Convém, no entanto, que pratique exercício físico com regularidade, por forma a não ficar irrequieto dentro de casa.

Com as crianças, é um animal energético e amigo e, perante presenças desconhecidas, apresenta-se sociável e calmo.

Descrição

Este é considerado o maior dos Spaniels, cuja altura média nas espáduas oscila entre os 56-61 cm e os 53,5-58,5 cm. O seu peso varia entre os 19,8-25 Kg.

A sua pelagem é comprida e branca com marcas castanhas. Na cabeça, a pelagem é curta e fina, mas no tronco, é lisa, sedosa e abundante.

A cabeça é forte e muito comprida e os olhos são igualmente grandes, de cor âmbar escuro. As orelhas são compridas, bem tufadas e contornam a cabeça.

Este é um animal elegante e musculoso, cujo peito e lombo são largos e robustos.

Os membros são de forte constituição óssea, e a cauda é franjada, assim como a zona ventral.

Observações 

Este é um cão extremamente energético e versátil, cuja linhagem foi talhada para desenvolver diferentes actividades em condições por vezes extremas. Como tal, este cão não se adapta bem a viver dentro de casa. O ideal é que viva no campo e tenha acesso a um jardim cercado.

É um animal exigente em termos de exercício físico, pelo que a sua prática deve ser diária e intensa.

A manutenção do seu pêlo também deve ser diária, já que existe alguma tendência para enriçar. É aconselhável uma limpeza regular ao interior das orelhas.


http://arcadenoe.sapo.pt/raca/_pagneul_franc_s/162

Dogue Alemão


Grande, grande, ... (outros nomes: Grand Danois, Alano, Deutscher Dogge)

Dogue Alemão
origem:Alemanha
data de origem:2000 a.C.
esperança de vida:9 anos
classificação:Raça de Trabalho
altura:76 para 81 cm
peso:50 para 60 kg

História 

À nobreza desta estirpe está associada uma notável história. Antigo na sua linhagem, o Grand Danois, ou o Deutscher Dogge, descende de cães Molossos da antiga Roma, o que nos transposta para a era antes de Cristo. Foram também encontrados vestígios arqueológicos que datam de 3000 a.C., no Egipto, e que são representativos desta raça.

Alguns autores consideram-no com sangue de Woofhound Irlandês e Mastim Inglês. Outros há que reconhecem nele a influência do Mastim do Tibete, o que lhe confere uma origem asiática que pode ser confirmada na literatura chinesa de 1121 d.C.

É porém na Alemanha que esta estirpe é seleccionada e adquire popularidade na caça. Ela demonstra possuir a força e resistência física necessárias para enfrentar a caça grossa, nomeadamente javalis selvagens, durante o séc. XVI. Por esta altura estes cães eram conhecidos como “Boar Hounds”.
A raça também desempenhou o seu papel como cão de guarda e nas lutas de touros.

Por volta do séc. XVII, a raça tornou-se popular entre as classes aristocráticas alemãs recebendo destas a protecção e o estímulo para o seu desenvolvimento. Tratados como verdadeiros animais de estimação, receberam o epíteto de “Kammerhunde”. Durante o séc. XVII e XVIII, a sua criação adoptou um considerável ritmo e foi submetida a uma cuidadosa selecção.

No séc. XIX, o chanceler alemão Otto von Bismarck cruzou um Mastim do sul da Alemanha com um Grand Danois do norte, por forma a obter um exemplar semelhante ao que conhecemos hoje. Foram exibidos separadamente em 1863, sob a designação “Ulmer Dogge” e “Dannisch Dogge”. Em 1876, esta duas designações desaparecem, dando origem a um único título: o Deutsche Dogge.

O Deutsche Doggen Klub que publicou o primeiro standard da raça foi fundado em 1888, apesar do seu homólogo na Grã-Bretanha existir já desde 1882. Sete anos mais tarde, surge nos EUA o German Mastiff or Great Dane Club of America.

Em Portugal, existe o Dogue Alemão Clube de Portugal reconhecido pela Federação Cinológica Internacional, pelo Clube Português de Canicultura e membro da European Deutch Dogen Club.

O Dogue Alemão é também conhecido em todo o mundo como Alano. Na Grã-Bretanha, esta raça é conhecida como sendo Dinamarquesa (Grand Danois), não existindo, no entanto, nenhuma relação conhecida com a Dinamarca.

Temperamento 

O Grand Danois é um óptimo cão de família porque possui um temperamento estável, calmo e gentil. Desenvolve uma excelente relação com as crianças de todas as idades.
São cães inteligentes que aprendem rapidamente e que funcionam muito bem como cães de guarda, até porque a sua aparência imponente impõe o devido respeito.

Convém que seja bem inserido no seio familiar por forma a que se sinta bem e que seja devidamente treinado durante o seu crescimento. É um animal muito brincalhão e alegre que por vezes se “esquece” da sua força.  Acima de tudo, é leal e muito afectivo para com todos os membros e amigos mais chegados da família.

Descrição 

O “Apolo dos Cães” possui de altura mínima, com mais de 18 meses, 76 cm nos machos, e 71 cm nas fêmeas. O peso nesta idade ronda os 54 Kg nos machos e os 46 Kg nas fêmeas.

A sua pelagem é curta, densa e lustrosa. As cores permitidas são o preto, castanho, azul, tigrado, branco com manchas pretas (Dogue Alemão Arlequim) e preto com manchas brancas no pescoço, pernas e ponta da cauda.

A cabeça é grande, com um crânio achatado e comprido, focinho largo e chanfro bem marcado. Os olhos são redondos e profundos, de cor quase sempre escura. As orelhas tem raiz alta e dobram pendentes para a frente. Quando são cortadas, ficam erectas e pontiagudas.

O seu corpo possui um porte altivo e atlético e é dotado de linhas harmoniosas. O pescoço é comprido e forte e termina num peito largo e robusto.

As pernas são altas, sendo as anteriores verticais e o quarto traseiro muito musculoso. A cauda é de raiz baixa e comprimento médio, atingindo os jarretes.

Saúde e Higiene 

Esta raça tem uma esperança média de vida que ronda os 9 anos de idade e é propensa ao desenvolvimento de algumas doenças e malformações, às quais é necessário estar atento. Entre elas encontram-se com alguma frequência a displasia da anca e a torção gástrica. Os problemas de tiróide e de visão também surgem em algumas linhagens.

A manutenção do seu pêlo deve ser efectuada ocasionalmente, altura em que se deve cortar as unhas e tratar da dentição.

Apesar da sua robustez física, estes cães não necessitam assim tanto de exercício físico como seria de esperar. Sessenta minutos por dia é uma média agradável para que se sintam em forma.
Estes cães preferem viver dentro de casa com os seus donos e toleram bem espaços menos amplos desde que lhes seja proporcionada suficiente actividade física.

Curiosidade: O Scoby-doo é certamente o Grand Danois mais simpático e inesquecível que existe na memória colectiva. A esta séria foi atribuída o Prémio Mundial do Guiness por ter batido o recorde, em 2004, na produção de episódios de animação.


http://arcadenoe.sapo.pt/raca/dogue_alem_o/29

Dogue Argentino


Dogue Argentino
origem:Argentina
data de origem:1920s
esperança de vida:11 anos
classificação:Cão de caça
altura:61 para 68 cm
peso:37 para 45 kg

História 

O Dogue Argentino é uma raça relativamente recente, desenvolvida tal como o nome indica na Argentina, nos anos 20 do século passado, por Antonio Nores Martinez. O médico tinha como objectivo dar estabilidade física e psicológica ao antigo cão de luta de Corboda, uma raça local, possante e enérgica que tinha sangue de Mastiffs, Buldogues e Bull Terriers.

Após cruzamentos com várias raças - Irish Wolfhound, Pointer, Bull terrier, Dogue de Bordéus, Dogue Alemão, Mastim Espanhol, Boxer, Bulldog, entre outras - o criador obteve a primeira ninhada que lhe agradou.

Apesar de no ínicio ter sido considerado um cão de luta, o Dogue Argentino revelou-se uma preciosa ajuda na caça grossa. A versatilidade do Dogue Argentino foi explorada por Antonio Nores Martinez, um amante de caça.

O cão que conhecemos hoje em dia é companheiro, leal e protector, mas também bom caçador, capaz de aguentar longas caminhadas e ainda fazer frente a Pumas e outros animais de porte considerável que se podem encontrar na Argentina. É utilizado como cão polícia e tem um instinto natural para seguir rastos.

Em 1964 a raça foi reconhecida pela Federación Cinológica Argentina. Nove anos mais tarde é aceite pela Fédération Cynologique Internationale como a primeira e única raça Argentina.

O Dogue Argentino foi desde a sua criação usado em lutas, um desporto popular na altura, entre todas as classes sociais. A proibição deste "desporto" décadas mais tarde, já não veio a tempo de livrar o Dogue Argentino da má reputação com que viria a ficar. Em Portugal, esta raça faz parte da lista de Cães Potencialmente Perigosos, que impõe um controlo mais apertado sobre estas raças e os seus donos. Noutros países, como o Reino Unido, a raça foi banida com a aprovação do "Dog Act" em 1991.

Temperamento 

O Dogue Argentino é um cão leal e companheiro e extremamente protector da família. Bastante apegado aos donos, gosta da presença de humanos e, apesar do seu tamanho, insiste em sentar-se em cima dos pés ou encostado às pernas da pessoa mais próxima.

Como um bom cão de guarda, suspeita de estranhos até que lhe sejam apresentados pela família, mas, regra geral, não é agressivo com pessoas.

Devido à sua dominância, necessita de um dono experiente, capaz de lhe proporcionar uma boa educação e socialização. É um cão possante, territorial que não gosta de ser desafiado por outros animais, sobretudo machos, aos quais pode responder com agressividade. Pode conviver com outros animais, desde que tenha sido habituado a eles desde cedo.

O treino é relativamente fácil, mas, como cão dominante que é, por vezes revela-se teimoso e gosta de impor a sua vontade.

O Dogue Argentino adapta-se à vida num apartamento se for suficientemente exercitado, mas vive melhor com um jardim à disposição. Necessita de caminhadas diárias longas ou brincadeiras mais intensas, como corridas, frisbee, etc. 

Aparência Geral 

O Dogue Argentino é um cão robusto e musculado, com um maxilar largo e um peito relativamente estreito.

O stop é ligeiramente pronunciado e o nariz termina numas em largas e escuras, contrastantes com o branco predominante, mas que combinam com a cor escura ou amendoada dos olhos. As orelhas de comprimento médio têm uma inserção alta e são arredondadas na ponta. Ao natural, pendem para a frente, sobre a parte superior das bochechas, mas quando o cão está alerta podem estar meias erguidas .

A cauda do Dogue Argentino é longa e em forma de sabre.

O pêlo nesta raça é curto, entre 1,5 e 2 cm, mas com brilho e suave ao toque. Pode ou não apresentar um subpêlo, dependendo da região onde é criado. Nas zonas mais frias, o pêlo é mais denso e grosso, enquanto que nas zonas mais quentes não apresenta subpêlo. Quanto mais branco o cão for, melhor é o exemplar, embora se admita uma mancha, e apenas uma, na zona da cabeça, desde que não ocupe mais de 10% dessa área. 

Saúde e Higiene 

A manutenção da pelagem do Dogue Argentino não exige cuidados especiais. Uma escovagem frequente serve para a manter limpa e remover os pêlos soltos. O banho deve ser evitado e quando dado, os produtos utilizados devem ser específicos para pele sensível e para pêlos claros. A raça larga uma quantidade mediana de pêlo.

Devido à coloração branca, o cão deve ser protegido do sol, uma vez que tem uma fraca protecção aos raios UV.

Devido ao formato da mandíbula, o Dogue Argentino tem tendência a babar-se, embora não tanto como os cães com peles mais descaídas no maxilar, como é o caso do São Bernardo. É frequente ressonarem.


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Dobermann



Dobermann
origem:Alemanha
data de origem:Século XIX
esperança de vida:10 a 12 anos
classificação:Cães de Trabalho
altura:63 para 72 cm
peso:32 para 45 kg

História 

Proveniente da Alemanha, este cão foi desenvolvido por Louis Doberman, no estado de Thüringen, nos finais do séc. XIX. O seu criador era um cobrador de impostos e, talvez por esse motivo, quisesse um cão feroz, ágil e bravo que o ajudasse na sua ingrata tarefa e o protegesse dos ladrões. Também se diz que estava legalmente instituído para apanhar cães vadios, tarefa que desenvolvia em regime de part-time.

Sabe-se que o Louis Dobermann utilizou diferentes raças para edificar a estirpe que havia idealizado. Todavia, não existem registos dos cruzamentos que efectuou, pelo que hoje, a ascendência dos Dobermans é incerta, restando-nos apenas várias sugestões de autores. Alguns consideram que nele está presente a agressividade do Pinscher Alemão, a resistência do Rottweiler e alguns aspectos da sua aparência do Manchester Terrier. Outros, porém, enunciam o Pastor de Beauceron, que é um cão fisicamente robusto e muito observador. Por fim, existe a teoria que Louis cruzou os chamados “cães carniceiros” (cães do tipo primitivo) com um cão pastor preto com manchas castanhas que existia em Thüringen.

Em 1876, o Doberman participa pela primeira vez numa exposição do género e a sua presença determinada facilmente conquistarou o público presente. Em 1894, o mentor desta estirpe faleceu e o desenvolvimento da linhagem ficou sob a responsabilidade de dois criadores: Goswin Tischler e Otto Göller

Pensa-se que este último conseguiu apurar melhor a silhueta do Doberman, introduzindo na sua linhagem sangue de Greyhound e Greyhound Inglês. Para além disso, foi ainda o fundador do Clube Nacional Alemão do Pincsher Doberman, em 1899. No ano seguinte, é publicado o standard da raça que obtém, simultaneamente, o reconhecimento oficial do Kennel Club alemão.

Em 1908 os Doberman chegam aos EUA, onde a sua criação e desenvolvimento começaram a angariar cada vez mais entusiastas. Em 1921, é fundado o Dobermann Pinscher Club of America que irá, no ano seguinte, adoptar o standard  alemão.

Com o evento da I Guerra Mundial, esta estirpe viu ser drasticamente diminuído o número de exemplares em solo americano, em parte, por motivo de abandono e morte. Porém, muitos destes cães foram utilizados na guerra e pela polícia, o que continuou a estimular a sua criação, ao contrário de outras raças que foram ameaçadas com o perigo de extinção. A sua utilização pela polícia, conferiu-lhe a alcunha de Gendarme Dog. O seu olfacto apurado, articulado com a sua perspicácia, revelaram-no muito útil na perseguição de rastos. Foram igualmente utilizados na caça onde ajudavam a controlar pragas de animais.

Curiosamente, até meados de 1937 vários juizes alemães eram frequentemente convidados a participar nas exposições caninas, já que a sua experiência nesta raça constituía uma mais valia para os novos criadores que constantemente surgiam interessados nesta estirpe.

Na Grã-Bretanha, o seu desenvolvimento foi mais tardio, tendo-se verificado a introdução da raça apenas em 1947. No ano seguinte, foi formado o Clube do Pinscher Alemão da Grã-Bretanha. Este foi um passo fundamental para que viesse a ser reconhecida pelo Kennel Club da Grã-Bretanha, em 1948, que lhe atribuiu os Challenge Certificates, em 1952. Em 1957, foi reconhecido oficial pela Federação Cinológica Internacional.

Em Portugal esta raça está representada, entre outras, pelo Clube Português do Dobermann e pela Associação Dobermann de Portugal (constituída em 1984 e filiada no Clube Português de Canicultura, Federação Cinológica Internacional e no Dobermann Clube Internacional).

A partir dos anos 60 e 70, a expansão desta estirpe efectua-se de forma notável, tendo atingido praticamente todos os continentes. Tal evolução teve, porém, uma faceta menos positiva, já que o excesso de procura levou a que muitos criadores não preservassem o aspecto qualitativo da raça, que foi pontuada por alguns acidentes que se tornaram públicos, por manifestarem graves desvios de comportamento.

O clube alemão actuou nesta altura, alterando o texto do padrão internacional aconselhando que o cão possua um nível aceitável de excitação médio e enfatizando as inúmeras características deste canídeo. Essas características que fazem do Doberman um cão de guarda de primeira classe e um companheiro devoto, brindado com um gentil coração.

Descrição 

O Doberman é um cão de tamanho médio, cujo altura na cernelha varia nos machos entre os 65 e os 70 cm e nas fêmeas entre os 60 e os 65 cm. O peso oscila entre os 40 e os 45 Kg, nos machos e, nas fêmeas, entre os 32 a 25 Kg.

A pelagem é curta, áspera e densa e desprovida de sub-pêlo. As cores permitidas são negro ou castanho, com marcas cor de fogo limpas e bem delimitadas. Estas últimas encontram-se no focinho, em cada bochecha e no topo das sobrancelhas, na garganta, no ante-peito, nos metacarpos, metatarsos e pés, na parte interna das coxas, nos membros e por baixo da cauda.

A cabeça é forte, dotada com músculos visíveis e proporcional ao corpo. O topo do crânio é achatado e a linha do chanfro estende-se quase direita para a linha superior do crânio que desce, ligeiramente arredondado, até à linha do pescoço. O stop é discreto mas desenvolvido. O focinho apresenta-se bem desenvolvido e é profundo, dotado com narinas largas. A mordida em tesoura é forte. Os olhos amendoados são mais claros que a pelagem e são de tamanho médio. As orelhas pequenas são de inserção alta, uma vezes naturalmente espetadas, outras vezes cortadas.

O corpo quadrado revela uma constituição física robusta. A sua silhueta delineada e o seu porte altivo fazem dele um óptimo cão de exposição. O pescoço é delgado, seco, alto e bem arqueado e o peito é moderadamente largo e profundo. O lombo é curto, firme e musculoso e a garupa é larga e desce ligeiramente. As costelas são grandes e atingem o nível do joelho. Os membros dianteiros são quase rectos e perpendiculares e possuem uma forte estrutura óssea. Os membros traseiros possuem coxas vigorosas. Os pés são redondos e compactos e a cauda pode ser amputada (até duas vértebras) ou não.

Temperamento 

O Doberman é um cão com uma personalidade muito forte, que tem a vantagem de ser bastante inteligente, o que permite que seja educado. É claro que a má educação (“categoria” na qual está incluída a estimulação da agressividade) faz com que este animal possa vir a desenvolver aspectos menos positivos na sua personalidade.

O Doberman é um companheiro bastante leal, devoto e fiel ao seu dono. Possui um apurado instinto de protecção do seu território e não necessita de ser treinado como cão de guarda, porque já o é naturalmente. Todavia, convém que seja habituado desde pequeno a estar perante presenças estranhas, por forma a que cresça de uma forma saudável sem se tornar excessivamente defensivo.

Muitos autores aconselham que lhe seja administrado um treino de obediência, outros porém, salientam que basta que ele seja educado de forma firme e contínua, para que todas as suas boas qualidades superem eventuais aspectos negativos. É importante sublinhar, que estes cães são muito inteligentes, pelo que, basta que o dono não tenha experiência, ou não seja “dominante”, para facilmente manipularem as situações.

Um dos pontos-chave da sua formação passa pelo seu total acolhimento no seio familiar, já que aprecia o carinho da família e não lida nada bem com a solidão. Se assim for, ele revelar-se-á um companheiro sempre atento e presente, muito dócil e gentil. São animais sensíveis que exigem a atenção do dono, nem que para isso tenham de manipular uma forma para se fazerem notar. Diz-se que o comportamento entre machos e fêmeas varia e que estas são mais afectuosas e ligadas à família, no entanto as variáveis genéticas e a educação é que determinam a sua personalidade.

Como cães de guarda são corajosos, determinados e cheios de força. São igualmente versáteis e energéticos, podendo desempenhar variadas tarefas desde cães terapia, cães de guarda, cães de salvamento e trabalho militar.

Saúde e Higiene 

O Doberman tem uma esperança média de vida de 12 anos de idade, aproximadamente. Existem registos de problemas de origem genética de que são exemplo a cardiomiopatia, o hipotireoidismo, a atrofia progressiva da retina, torção gástrica e a doença de “Von Willebrand”. É muito importante que se escolha correctamente o criador, por forma a assegurar que a sua linhagem não apresenta registos destas doenças.

A sua pelagem deve ser escovada duas a três vezes por semana, mas o exercício físico deve ser diário. Correr, caminhar, jogar são actividades que adorará desempenhar com o seu dono.

Os Doberman não devem viver fora de casa. Estes animais sofrem com o frio e detestam a solidão.


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Spaniel Alemão


Deutscher Wachtelhund
origem:Alemanha
esperança de vida:12 a 14 anos
classificação:Cães de Tiro
altura:45 para 54 cm
peso:18 para 25 kg

História 

 O Spaniel Alemão, ou (Deutscher Wachtelhund) surge em 1890, na Alemanha. Alguns autores consideram descende do antigo Stöber, um cão de caça que remonta ao século XVIII e que contribuiu para muitas raças Pointer alemãs. Na altura em que o Spaniel Alemão foi criado, não existiam muitos exemplares de Stöber, o que, em parte, permitiu também uma recuperação dos atributos daquela linhagem.

Em 1903, foi criado o Verein for Deutsche Wacthelhund, ou seja o clube oficial da raça que, nos anos seguintes, começou a estabelecer parâmetros e a testar as características dos cães. Em 1910, é definido o primeiro standard desta estirpe, tendo por base a avaliação de onze Spaniels Alemães (um por cada região e dois de Hannover). Este cão desempenhou várias tarefas nos mais distintos terreno de caça: nas florestas densas ajudou na caça a cordonizes e a perseguir raposas e lebres; na água revelou-se um excelente nadador e recuperou as aves abatidas. A sua pelagem permite-lhe ter uma boa performance nos cenários e condições climatéricas mais adversos.

Nos anos 70, este standard foi sofrendo alterações, altura em que se iniciaram as exportações para os EUA. No entanto, a sua criação no território americano nunca foi muito expressiva, daí que actualmente o número de exemplares desta espécie seja reduzido. Na Europa, esta é também uma raça algo rara, até porque a sua criação está condicionada à aprovação do clube alemão que controla de forma cuidadosa muitos aspectos daquele processo. Na Alemanha, esta raça só pode ser adquirida por caçadores profissionais, pelo que até no seu país natal a raça é pouco conhecida. Em 1996, esta raça foi reconhecida pelo United Kennel Club e beneficia ainda com o reconhecimento da Federation Cynologique Internationale.

Temperamento 

 Este cão atlético é muito versátil, cheio de energia e bastante resistente. Com o seu dono é gentil e obediente e revela-se um bom companheiro em qualquer actividade.

São animais muito corajosos e algo agressivos na caça, mas em casa, são afectuosos e gentis.
Estes cães necessitam de ser socializados durante o seu crescimento. É também aconselhável um treino consistente, o que não será tarefa difícil uma vez que são inteligentes e aprendem depressa.

Descrição 

Este é um cão de tamanho médio, cuja altura varia, nos machos, entre os 40 e os 50 cm, e nas fêmeas, entre os 40 e os 45 cm. O seu peso oscila entre os 20 e os 30 Kg.

A sua forte pelagem é lustrosa e ondulada e o subpêlo é muito denso. Na cauda e na zona posterior dos membros anteriores, é ligeiramente franjada. As cores permitidas são o ruão ou castanho.

A cabeça é bem delineada e o chanfro está suavemente definido. Os olhos são de tamanho médio, castanhos, inseridos obliquamente, e as orelhas de inserção alta, são largas na base, pendem atrás dos olhos e estão cobertas de pelagem comprida.

O seu corpo é mais comprido do que alto e é genericamente robusto. O pescoço é forte e o dorso é curto e firme. As costelas são bem arqueadas e o lombo é musculado. Os membros revelam também uma boa ossatura, com boas articulações e músculos definidos.
A cauda é de inserção alta e fica ligeiramente elevada quando em alerta.
 

Observações 

Esta raça tem uma esperança média de vida que oscila entre os 12 e 14 anos, e a sua criação é efectuada com um considerável controle por parte do Clube alemão que, a nível nacional, tutela a actividade no país, e, a nível internacional, supervisiona e certifica os Spaniels Alemães criados. Como tal, não existe uma taxa expressiva de displasia da anca, ao contrário de outras raças.
Este cão necessita de uma escovagem diária e, ocasionalmente, que lhe seja aparado o pêlo entre os dedos dos pés, por questões de higiene. Deve-se igualmente verificar o interior das orelhas com alguma frequência, por forma a precaver infecções futuras.
O Spaniel Alemão vive melhor dentro de casa, se bem que é tão versátil que se adapta a várias situações. A prática de exercício físico é, no entanto, muito importante para que não se torne irrequieto.
 


http://arcadenoe.sapo.pt/raca/deutscher_wachtelhund/252

Chien d’Artois


Chien d’Artois
origem:França
data de origem:1500
classificação:Galgos e Sabujos
altura:53 para 59 cm
peso:18 para 24 kg

História 

O Chien D’Artois é também conhecido na sua terra por “Briquet” (que significa “pequeno braco”) e também por cão de Picardie.

É endémico da região de Artois (Norte de França), caracterizada pelo seu terreno acidentado e densa vegetação. Pensa-se que descende do Grand Chien d’Artois que, por sua vez, descende do Cão de St. Humberto. Herdou destes o talento para farejar pistas de presas feridas ou mortas e a sua especialidade revelou ser a caça pequena (como a da lebre), apesar de ter também caçado javalis.

É certamente um cão de linhagem antiga que gozou como poucos da admiração e protecção da realeza (Rei Henrique IV e Luís XIII), uma vez que era considerado um distinto caçador de lebres. Desempenhava as suas funções com devoção nos mais variados cenários (planície, floresta ou nas matas mais densas) e era facilmente identificável pelo seu dono pelo seu latido original.

Alguns autores relatam que, em 1609, o Príncipe Alexandre Gray enviou alguns destes cães ao Rei de Inglaterra, que posteriormente foram utilizados na criação do Beagle.

O desenvolvimento do Chien d’Artois não foi, no entanto, nem linear nem estável. Segundo um manual de caça francesa datado de 1890, sabe-se que no final do séc. XIX, era difícil encontrar exemplares puros desta estirpe. A aparente arbitrariedade com que a raça se desenvolveu e os sucessivos cruzamentos com outras espécies (nomeadamente de origem inglesa), fizeram com que a pureza original desta linhagem ficasse cada vez mais dispersa.

É por esta altura que um criador chamado Ernest Levoir tenta restabelecer esta linhagem na região de Picardie. Existem outros nomes que durante o séc. XX ficaram associados a estas tentativas de recuperação, tais como Mallard (na altura da I Guerra Mundial), Audréchy, entre outros.
Todavia, alguns autores consideram que a Mme Pilat foi a que obteve resultados mais positivos, conseguindo restabelecer a criação desta estirpe.

Actualmente, este cão ainda é uma raça rara e não existem muitos clubes que protejam o seu desenvolvimento.

Temperamento 

O Chien d’Artois é um cão corajoso e inteligente, muito pouco agressivo e deveras energético. Bastante ágil, adapta-se a vários tipos de terreno e demonstra ser extremamente persistente no desempenho das suas funções. Para além destes atributos, possui ainda um excelente sentido de orientação, desenvolvido olfacto e rapidez de movimentos.

Na relação com os seus donos revela-se afectuoso, leal e vivo. Talhado para pensar e agir autonomamente, este cão necessita de ser educado desde pequeno, para que aprenda a obedecer ao seu dono. Com as crianças revela-se uma companhia de confiança. 

Descrição 

O Chien D’Artois é um cão musculado, comprido, mas não demasiado, dando a sensação de força e energia. Tanto machos como fêmeas devem medir entre 53 e 58 cm, com tolerância de 1 cm, e pesar em média 28 a 30 kgs.

O Chien D’Artois tem uma cabeça larga, bastante curta e arredondada. Espalmada no topo, mas com osso occipital ligeiramente pronunciado. O stop é bem acentuado. O nariz é preto com narinas bem abertas. Os olhos são redondos e não se encontram muito juntos. São castanhos escuros e transmitem um olhar suave e melancólico. As costas são largas e bem apoiadas, o peito é largo e longo. A cauda é forte e bastante longa.

O pêlo é curto, grosso e sem volume. A pelagem só pode ser fulva escura tricolor, com um manto ou manchar largas. A cabeça geralmente é fulva, por vezes com a presença de preto.

Observações 

Actualmente este cão continua a ser mais utilizado como cão de caça que propriamente como cão de companhia. São cães que apreciam espaços amplos, logo não se adaptam bem à vida na cidade.

Convém que sejam educados pelo membro dominante da família, de uma forma consistente e positiva.

Necessitam de ser escovados regularmente por forma a eliminar o pêlo morto.


http://arcadenoe.sapo.pt/raca/chien_d_artois/201

Chesapeake Bay Retriever


Chesapeake Bay Retriever
origem:EUA
data de origem:1870
esperança de vida:10 a 12 anos
classificação:Cães de Tiro
altura:53 para 66 cm
peso:25 para 36 kg

História

Não existe uma história oficial sobre a origem desta raça que, ao invés, está povoada de hipóteses e lendas, cuja veracidade não está confirmada.

Segundo a lenda mais famosa, a história deste Retriever inicia-se no Inverno de 1807, quando um navio inglês naufragou perto da costa de Maryland, nos EUA. A tripulação, bem como dois cães da raça Newfoundland, foram salvos das águas geladas pelo Canton, um navio americano. Estes cães (o Salior e a Canton, em homenagem ao salvamento) foram oferecidos a famílias que cuidaram dos náufragos, na localidade de Chesapeak Bay. Conta-se que a sua predisposição para ir para a água era de tal forma evidente, que estes cães acabaram por ser treinados como retrievers de patos. A partir daqui, a lenda pouco mais nos revela.

Provavelmente, estes cães acasalaram com várias espécies na área daquela localidade (Retrievers de pêlo encaracolado e liso, Otterhound ou Water Spaniel Irlandês) e deram origem ao Chessie, ou Chesapeak Bay Retriever.

Independentemente da sua origem, a verdade é que o Chesapeak Bay Retriever despertou o interesse de clubes de caça e outros entendidos que o cobiçavam para cão de desporto. Talvez por isso, esta foi a primeira raça Retriever a ser reconhecida pelo Kennel Club americano, em 1878. Em 1918, foi fundado o American Chesapeake Club que tem vindo a coordenar diversas actividades e a regular a criação da raça, que hoje está presente em todas as competições do Kennel Club americano. Em 1964, este foi declarado o cão oficial do Estado de Maryland e é a mascote oficial da Universidade Maryland Baltimore County <http://www.mdarchives.state.md.us/msa/mdmanual/25univ/umbc/html/umbc.html>.

Actualmente, este é um cão deveras versátil, sendo utilizado não só na caça, schutzhund, guarda, como também em operações de salvamento. 

Temperamento 

No seio familiar, este cão é um animal leal e obediente, muito afável, até com as crianças. É igualmente corajoso, independente e deveras inteligente, pelo que convém que o seu dono tenha alguma experiência com este tipo de carácter.

Não lida muito bem com presenças estranhas, já que os seus instintos de guarda estão ainda bastante apurados. Não só é importante ter cuidado nesta situação, como também é necessário que, durante o seu crescimento, estes cães sejam habituados a estar com pessoas diferentes e outros animais de estimação, por forma a ser mais sociável.

Descrição 

Este é um cão de tamanho médio, cuja altura nos machos varia entre os 58,4 e os 66cm e nas fêmeas entre os 53,3 e os 60,9 cm. O seu peso oscila nos machos entre os 29,5 e os 36,3Kg e nas fêmeas entre os 25 e 31,75 Kg.

A sua pelagem é espessa, dotada com uma camada exterior oleosa e áspera. O subpêlo é fino e lanoso. As cores variam entre o vermelho-ouro e vários tons de castanho, e são aceites manchas brancas no peito, pés e barriga.

A cabeça é larga e redonda e possui um focinho proporcional. Os olhos são de tamanho médio e cor amarelo âmbar e as orelhas de inserção alta são pequenas e encontram-se normalmente pendentes.
A robusta construção do seu corpo é outra das características desta raça. O lombo é curto e poderoso, o peito é forte e profundo e os membros são musculosos. A cauda de comprimento médio é transportada estendida, junto dos jarretes. 

Observações 

Esta raça tem uma esperança média de vida que oscila entre os 10 e os 12 anos e é considerada saudável. Há no entanto que estar atento a eventuais problemas de visão, de pele e à displasia da anca, à qual são relativamente vulneráveis.

O seu pêlo deve ser escovado regularmente, mas evite dar-lhe banho, já que este retira a oleosidade da sua pelagem.

Devem praticar exercício físico regularmente. Estes cães vivem melhor fora de casa e apreciam climas frios.


http://arcadenoe.sapo.pt/raca/chesapeake_bay_retriever/200

Cavalier King Charles Spaniel


Ao serviço de Sua Majestade!

Cavalier King Charles Spaniel
origem:Grã-Bretanha
data de origem:1926
esperança de vida:12 a 14 anos
classificação:Cães de Companhia
altura:31 para 33 cm
peso:5 para 8 kg

História 

O Cavalier King Charles Spaniel partilha raízes comuns com o King Charles Spaniel. Até ao século XX, as duas raças viviam sob o nome King Charles Spaniel.

Eram os cães de colo da nobreza e inacessíveis às outras ordens, visto que só a aristocracia se podia dar ao luxo de ter cães que não trabalhavam. Tidos como cães confortadores, eram mesmo prescritos pelos médicos para curar algumas maleitas. Eram preferidos pelo Rei Charles de Inglaterra que autorizou que estes cães foram permitidos em todos os estabelecimentos. São vários os retratos destes cães no século XVI, XVII e XVIII.

Contudo a raça foi-se modificando ao longo do tempo. Com a crescente popularidade de cães com focinho achatado, como o Pug, o cães de focinho mais comprido passaram a ser raros. No início do século XX, eram já notórias as diferenças entre os cães que se observavam nos quadros e a conformação dos cães da época. Numa tentativa de encontrar exemplares com a conformação dos séculos anteriores, o norte-americano Roswell Eldridge instituiu em 1920 um prémio de 25 libras, que era na altura muito dinheiro, na mais importante exposição canina de Londres, a Cruft’s Dog Show. O seu objectivo era adquirir um casal de cães que se assemelha-se aos quadros de Van Dyck.

Na tentativa de ganhar o prémio, os criadores começaram a seleccionar os cães para obterem a aparência dos exemplares originais: tornaram-nos mais pesados e de nariz mais longo. Depressa houve uma cisão entre o tipo moderno e o original. Na década de 40 do século XX, a nova variedade, inspirada na conformação original, foi reconhecida como raça independente e foi-lhe acrescentada a designação Cavalier. O Cavalier King Charles Spaniel rapidamente recuperou a popularidade que tinha nos séculos anteriores, tornando-se uma raça muito procurada no Reino Unido, suplantando a variedade de focinho achatado, o King Charles Spaniel.

Temperamento 

O Cavalier King Charles Spaniel é um cão alegre, amistoso e muito pouco dado à timidez. Estas são apenas algumas das qualidades que tornam o convívio com o Cavalier muito fácil e agradável. Com alguma tendência para ladrar, dão bons cães de alerta, mas péssimos cães de guarda, pois recebem bem os estranhos.

Dão-se bem com outros animais, gatos e cães de diferentes portes, mas a socialização da raça não deve ser negligenciada. Descendente de cães de caça, gosta de seguir trilhos e pode perseguir animais mais pequenos, por isso é importante vigiar as primeiras apresentações com gatos.

Activos em casa, mas dóceis, são boa companhia para crianças e idosos. Têm uma grande necessidade de atenção e não gostam de serem deixados sozinhos.

São cães que se adaptam bem à vida em apartamento. Em casas com um pequeno jardim ao qual possam ter acesso durante o dia, sentem-se como reis. O Cavalier King Charles Spaniel necessita de passeios diários. A brincadeira dentro de casa desgasta bastante as suas energias, mas não é suficiente.

Sempre disposto a agradar ao dono, o treino não se revela particularmente difícil com esta raça, pois tabém são bastante espertos

Descrição

O Cavalier King Charles Spaniel é um cão de porte pequeno, que pesa entre 5 e 8 kg.

É um cão bem proporcionado com uma expressão gentil. Tem um crânio relativamente achatado, com um stop pouco profundo  que termina num nariz preto com as narinas bem abertas. Os olhos são escuros e grandes, mas não proeminentes. As orelhas do Cavalier são compridas e franjadas. A cauda é de comprimento médio caindo até abaixo do jarrete, embora se vejam algumas caudas amputadas.

O peito é moderado. As patas são medianamente musculosas e rectas. Os pés são compactos, almofadados e bastante peludos.

O pêlo é comprido e sedoso. Não deve ser encaracolado, embora ondas largas sejam admitidas.

Variações de Cor 

Existem quatro variedades de cores aceites, todas as outras cores ou padrões não são permitidos.

  • Preto e Bronze – Os cães com estas cores são de um preto corvo com marcas bronze por cima dos olhos, nas bochechas, dentro das orelhas, no peito, nas patas e na parte interior da cauda. O brinze deve ser vivo. Marcas brancas não são desejáveis.
  • Rubi – Cor sólida que cobre todo o corpo num vermelho rico. Marcas brancas não são desejáveis.
  • Blenheim – Marcas castanhas bem separadas contrastam com o fundo cor de pérola.
  • Tricolor – Preto e branco bem separados com marcas bronze por cima dos olhos, nas bochechas, dentro das orelhas, no peito, nas patas e na parte interior da cauda.

Saúde 

O Cavalier King Charles Spaniel é propenso a alguns problemas de saúde, entre eles: problemas cardíacos, displasia canina, problemas auditivos, infecções nos ouvidos, entre outros.

Quem pretende adquirir um cão desta raça deve verificar a história clínica dos progenitores. Os problemas cardíacos são responsáveis por muitas mortes prematuras nestes cães. Os pais devem ter no mínimo entre 3 a 5 anos e devem ter atestados que comprovem não terem doenças cardíacas. Testes realizados antes são demasiado precoces.

Problemas menos comuns é o síndroma de correr atrás de moscas imaginárias ou não conseguir recolher a língua, permanecendo caída.

Higiene 

O longo pêlo, ao contrário do que sugere, implica pouco trabalho, bastando um banho e uma escovadela semanal. Não é necessário aparar a pelagem, exceptuando na zona entre os dedos. As orelhas exigem mais atenção por serem longas e pendentes. Devem ser escovadas mais frequentemente, pois sujam-se facilmente quando o cão baixa o focinho, arrastando as orelhas.

Devido à propensão para o desenvolvimento de otites, as orelhas do Cavalier King Charles Spaniel devem ser examinadas semanalmente.

Esta raça não lida bem com temperaturas altas ou com temperaturas baixas. Preferem climas temperados entre os 10 e os 25 graus.


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Catahoula Leopard


 (outros nomes: Catahoula Leopardo)

Catahoula Leopard
origem:Estados Unidos da América (Louisiana)
esperança de vida:12 a 13 anos
altura:51 para 68 cm
peso:16 para 37 kg

História 

Poucas certezas há sobre a origem desta raça. Crê-se que o Catahoula Leopardo descende do Nordic Wolfhound e que foi introduzido cerca de três a cinco séculos antes da chegada dos espanhóis à América. Porém não existem certezas.

O Estado de Louisiana é citado como a origem desta raça, em especial a região de Catahoula, que lhe terá dado o nome. Em 1979, a raça foi designada o cão oficial do Estado de Louisiana.

Contudo, a raça não é ainda reconhecida pelos grandes clubes cinófilos internacionais, com a excepção do UKC (a segunda maior associação nos Estados Unidos da América).

Inicialmente a raça era usada para pastoreio de suínos e bovinos. Hoje em dia, embora ainda seja utilizada para o mesmo propósito, é também mantida como cão de companhia.

Descrição 

O pêlo curto normalmente apresenta padrões em tons merle ou preto mas pode haver várias variâncias. A cor é uma característica particularmente notável nesta raça: a cor dos olhos assim como a da pelagem, é muito expressiva e singular. O crânio é largo e achatado. As pernas são sólidas e fortes. O peito profundo providencia uma boa caixa toráxica.

Temperamento 

O Catahoula Leopard é independente, protector e territorial. Amoroso com sua família e todas as pessoas que conhecem bem, mostra-se contudo reservado com estranhos. Por isso, é recomendada uma boa socialização, preferencialmente numa idade jovem.

A fase de crescimento e definição da personalidade conclui-se aproximadamente aos 2 anos de idade. Afectuoso com seu dono, o Catahoula não é recomendado para alguém que não leva a sério a questão de liderança e estrutura. Esta raça precisa de um dono dominante, que tenha uma forte liderança.


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