quarta-feira, 30 de julho de 2014

Braco Italiano


 (outros nomes: Bracco Italiano)

Braco Italiano
origem:Itália
data de origem:Indeterminada (séc XVII)
classificação:Cães de Parar Continentais
altura:54 para 62 cm
peso:25 para 40 kg

História

O Bracco Italiano, considerado um dos setters mais antigos, é um dos dois cães de tiro naturais da Itália (o outro é o Spinone). A sua origem é incerta, mas há sinais que podem sugerir um passado remoto. Alguns autores salientam os documentos encontrados que datam os séc. IV e V aC. Outros há que sugerem que os comerciantes Fenícios introduziram em Itália o Hound Egípcio que constitui hoje um dos ascendentes do Bracco.

Durante a Idade Média, crê-se que participavam na caça com rede e, mais tarde, igualmente na de falcões. No período Renascentista, o Bracco constituiu uma oferenda das classe dirigentes italianas para as de França e Espanha, que o admiravam pela sua elegância e nobreza.

Pensa-se que a raça desenvolveu-se na Lombardia e em Piemont, sendo resultado do Segugio Italiano e de antigos mastins asiáticos. No séc. XVII a raça havia-se estabelecido como cão de tiro, sendo utilizada para apontar, cobrar e caçar.

Durante muito tempo, o Bracco Italiano foi um cão admirado e reconhecido na sua terra natal. Não só pela sua aparência atraente, mas também pela forma como conciliava o papel de cão de tiro com o de cão de família. Com a chegada dos tempos modernos, a raça foi testemunhando o declínio da sua popularidade e, com o despontar das duas Guerra Mundiais, enfrentou o perigo de extinção.

Após a II Guerra Mundial, Paolo Ciceri implementou um programa de criação para recuperar esta linhagem, no seu canil chamado dei Ronchi. Em 1989, chega ao Reino Unido a primeira cria (o Zerbo) e, durante a década de 90, muitas outras se seguiram, mas hoje a criação da raça neste país não é muito expressiva.

Actualmente o Bracco italiano é utilizado não só como cão de tiro, mas também participa em exposições, competições e concursos e como cães de terapia. Hoje em dia, são reconhecidos pelo United Kennel Club, pela North American Versatile Hunting Dog Assotiation, pela Federation Cynologique Internationale e, obviamente, pela Ente Nazionale della Cinofilia Italiana.
 

Temperamento 

Enquanto cão de família, o Bracco é um animal calmo e dócil, que dizem ser muito sensível à forma como os donos o tratam. Por regra, dão-se muito bem com as crianças e com outros animais.

São criaturas inteligentes e aprendem depressa, o que simplifica o treino. Porém, às vezes revelam-se teimosos, o que implica que o dono tenha de ter alguma paciência. São obedientes e, se forem educados durante o seu crescimento,  tornam-se cães muito sociáveis. Normalmente este cão não é aconselhado a pessoas inexperientes, talvez porque têm um carácter forte e uma natureza energética e activa. Necessitam de um dono que lhes dê uma educação persistente mas que também perceba as necessidades de um cão de tiro.
 

Descrição

Este vigoroso cão possui um esqueleto quadrado e mede entre 54,5-62 cm. O seu peso oscila entre os 25-40 Kg.

A sua pelagem é curta, fina e lustrosa, de cor branca e laranja, ou castanha ruão.

A cabeça é comprida e angular com chanfro pouco pronunciado. As sobrancelhas são arqueadas e acentuadas. O focinho é fora do comum, de perfil quadrado, e os olhos são amarelos ou ocre, inseridos um pouco lateralmente. As orelhas são trazidas pendentes e são bem desenvolvidas. 

O seu porte é robusto e bem definido. O pescoço é ligeiramente largo, tal como o peito que também é profundo. As costelas são bem arqueadas e o lombo é largo mas curto. A garupa é firme e longa e a cernelha é proeminente. O dorso é quase recto a partir da 11ª vértebra. As patas são fortes e ovaladas e a cauda é recta e grossa na raiz.

Observações 

Este é um cão com uma esperança média de vida entre os 12 e 15 anos. É bastante vulnerável a um conjunto de doenças e malformações que requerem particular atenção: displasia da anca, problemas de dentição, de visão e do foro estomacal, são passíveis de acontecer.

O Bracco necessita de praticar uma actividade intensa durante o dia, já que este é por natureza um animal activo que aprecia os desafios da caça. Este cão ficará satisfeito se puder correr livremente, nadar ou caminhar, por longos períodos de tempo (é aconselhável um total de 2horas). Este ponto é importante, não só porque lhe proporcionará bem estar psicológico, mas também porque este cão aprecia comer, o que exige uma vigilância constante do peso do animal.

O Bracco pode viver em apartamentos, mas será certamente mais feliz no campo ou com acesso a uma área cercada.

A manutenção do seu pêlo não é muito exigente: basta que seja escovado uma vez por semana por forma a eliminar o pêlo morto. É importante verificar o interior das orelhas para evitar infecções futuras.
 

http://www.arcadenoe.pt/raca/braco_italiano/175

Australian Terrier

 (outros nomes: Aussie)

Australian Terrier
origem:Austrália
data de origem:1887
esperança de vida:15 anos
classificação:Terrier
altura:0 para 25 cm
peso:4 para 7 kg

História 

O Australian Terrier é uma das poucas raças no grupo dos Terriers a ser desenvolvido fora do Reino Unido. Embora tenha ascendência britânica, foi a primeira raça a ser desenvolvida na Austrália.

Parece certo que o  Australian Terrier e o Australian Silky Terrier provenham de uma matilha na Tasmânia, New South Wales, apelidada de Broken Coated Terriers.

Pensa-se que este tipo de cães tenha sido fruto do cruzamento de várias raças britânicas, tais como: o Skye Terrier, o Scottish Terrier e o Dandie Dinmont Terrier. O Yorkshire Terrier também foi introduzido pontualmente.

Esta raça era utilizada como predador de roedores e cobras e ainda como cão de alerta. Também era utilizado como cão pastor e de companhia.

A raça que foi inicialmente conhecida como Australian Rough-Coated Terrier foi apresentada pela primeira vez em 1868 em Melbourne, Austrália.

Temperamento 

O Australian Terrier é na sua essência um cão de trabalho, mas a sua lealdade e boa disposição fazem dele um igualmente bom como cão de companhia.

Como cão de trabalho apresentam uma agressividade natural de um caçador de ratos. Tal como outros terriers são provocadores em relação a outros cães. Podem-se dar bem com outros cães e gatos, mas tendem a perseguir animais de porte mais pequeno.

Extremamente perspicaz e bastante obediente esta raça conseguiu o 34º lugar no ranking de inteligência canina de Stanley Coren, o que a coloca acima da média. É sim dúvida um dos Terriers mais fáceis de treinar. Mas a excessiva confiança em si mesmo torna-o um pouco teimoso, com ideias próprias e deve ter um dono que saiba aplicar consistência no treino.

É bastante leal e protector e é um excelente cão de companhia. Não é um cão muito reactivo, mas não é a companhia ideal para crianças. Estas devem ser ensinadas como lidar com o cão.

Como bom cão de alerta, gosta de ladrar. Deve ser desencorajado, caso contrário pode-se tornar demasiado vocal.
http://www.arcadenoe.pt/raca/australian_terrier/393

Australian Kelpie


 (outros nomes: Kelpie, Barb, Each Uisge)

Australian Kelpie
origem:Austrália
data de origem:2000 a.C.
esperança de vida:14 anos
classificação:Cães de Pastor
altura:43 para 51 cm
peso:14 para 21 kg

História

O Kelpie Austaliano é uma raça de cães pastor cuja origem remonta ao séc.XIX. Descende de três Border Collie que foram importados da Escócia para a Austrália e, provavelmente, do Old English Sheepdog e Dingo.

Numa primeira fase do cruzamento, foi obtida uma cria que chamaram de Gleeson’s Kelpie, que se dizia ter algum sangue de raposa. Posteriormente, um cão chamado Ceaser, também ele resultado de um cruzamento de cães escoceses, acasalou com Gleeson’s Kelpie. Assim nasceu King’s Kelpie que inaugurou uma longa linhagem de cães que se viriam a tornar indispensáveis na produção de algodão, sector fundamental para economia australiana. As crias de coloração negra, que partilhavam desta herança genética, foram outrora chamadas de Barb e, durante algum tempo, foram consideradas uma raça distinta dos Kelpie.

O rápido desenvolvido desta indústria tornou necessária a criação de cães capazes de correr longos quilómetros e enfrentar condições climatéricas adversas. 1872 é provavelmente o ano em que esta raça começa a tornar-se mais conhecida, devido à vitória que uma Kelpie alcançou numa competição de canídeos. Robert Kaleski é o autor do standard que descreve esta raça, criado em 1903 e, passados cinco anos, dá-se a primeira aparição desta raça num evento official, o Melbourne Royal Show.

Actualmente, alguns especialistas fazem a distinção entre os Kelpie cães de trabalho, e os Kelpie de exposição. Estes últimos foram criados sobretudo a partir dos anos 20, sob parâmetros estéticos por alguns considerados suficientemente divergentes para estabelecer uma separação dentro desta espécie. Segundo estes, os Kelpie de exposição foram criados com o objectivo de serem cães de estimação e não possuem a mesma habilidade natural para arrebanhar ovelhas. Normalmente, a coloração destes animais é homogénea e são animais mais visíveis nas grandes cidades (como Sidnye ou Mlebourne), do que propriamente em áreas rurais.   

Descrição 

O Kelpie é um cão pequeno, cuja altura nas espáduas pode atingir os 51 cm e peso os 13,6 Kg. A sua pelagem é dupla curta e densa, e protege-o das condições climatéricas mais adversas. A sua coloração varia entre o preto, vermelho, ou preto e fogo, vermelho e fogo, chocolate e azul fumo.

 A cabeça é ligeiramente arredondada e a chanfradura nasal pronunciada. Os olhos são em forma de amêndoa, normalmente castanhos e as orelhas são arrebitadas.

A sua silhueta lembra a de uma raposa. Tem um corpo ágil, dotado com grande elasticidade de membros, que são musculosos. As costelas são bem elásticas e os quartos traseiros largos e fortes. 

Temperamento 

O Kelpie Australiano é um obediente incorruptível e um trabalhador nato. É totalmente independente, devoto ao dono e incansável no que faz. Talvez por isso alguém o tenha chamado de “workaholic” e reconhecido a ajuda que prestou na produção de algodão.

Estes cães são muito energéticos, espertos e, no seio familiar, desenvolvem uma boa relação com todos os membros, incluindo as crianças.

São animais que possuem algum sentido de protecção e podem reagir em situações de perigo evidente mas, caso contrário, não são agressivos.
 

Observações 

Os Kelpie são cães saudáveis, com uma esperança média de vida próxima dos 14 anos. Não há registos de serem vulneráveis às doenças mais comuns, mas a atrofia progressiva da retina, é uma excepção.

O exercício é fundamental para que se sintam bem, por isso convém que vivam no exterior, de forma a poderem correr o dia todo, sem estar limitado a um espaço. Adoram ser desafiados para jogos e realizar pequenas tarefas.

Relativamente à manutenção do seu pêlo, é aconselhável uma escovagem diária vigorosa para eliminar os pêlos mortos.

Curiosidade:
Kelpie, ou Each Uisge, em Gaelic, significa “espírito de água sob a forma de um cavalo” que segundo contam as lendas, era o guardião dos rios e lagos da Escócia. Na mitologia escandinava esta imagem também existe, com o nome de Bäckahästen <http://en.wikipedia.org/wiki/Nix>, um cavalo branco majestoso que atraia os homens a saltar para o seu dorso, acabando por levá-los para o fundo dos rios, sem que nunca mais fossem vistos. 

http://www.arcadenoe.pt/raca/australian_kelpie/212

Australian Stumpy Tail Cattle Dog

Australian Stumpy Tail Cattle Dog
origem:Austrália
classificação:Boieiros
altura:43 para 51 cm
peso:16 para 23 kg

História 

O Boeiro Australiano de cauda curta é originário, tal como o nome indica, da Austrália, onde foi desenvolvido no século XIX para guiar gado.

Há duas teorias sobre o aparecimento desta raça. Uma defende que tanto o Australian Stumpy Tail Cattle Dog como o Boieiro Australiano têm a mesma ascendência: os cães conhecidos como Hall's Heelers. Thomas Simpson Hall tinha uma matilha de cães por volta de 1830. Eram o resultado do cruzamento entre Smithfields, cães pastores ingleses semelhantes aos Collies, e o Dingo Australiano. Mais tarde, no século XIX, os cães deste tipo acabariam por divergir em duas raças, sendo uma delas o Australian Stumpy Tail Cattle Dog. A selecção de cães com a cauda naturalmente curta acabou por fixar esta característica na raça.

Outra teoria diz que o pastor Timmins de Bathurst, New South Wales, cruzou cães Smithfield com o Dingo, produzindo um tipo de cão de trabalho chamado Timmins Biters. Os cães eram bons trabalhadores, mas mostraram ser demasiado duros com o gado. Foi então introduzido sangue do Collie de pêlo liso que fixou as características de um excelente cão de trabalho. Os  Smithfields deram ao Australian Stumpy Tail Cattle Dog a cauda naturalmente curta, o Dingo trouxe a cor vermelha e adaptação ao clima rigoroso do interior australiano. A cor azul veio o Collie merle, que tambéme era conhecido como Coolie Alemão.

Os “Stumpy Tails” eram geralmente criados em zonas rurais da Austrália e apenas um pequeno número era registado. Em 2001, a raça adquiriu o nome pelo qual é reconhecida hoje em dia. Em 2005 foi aceite provisóriamente pela FCI.

Temperamento 

O Stumpy possui uma aptidão natural para trabalhar e controlar o gado. É um cão leal e corajoso.

Sempre alerta, vigilante e obediente, é um cão de trabalho por excelência.

É desconfiado em relação a estranhos e necessita de uma boa socialização desde o início. Apesar da sua vertente de trabalho deve ser capaz de ser manuseado em shows pelos juízes, à partida desconhecidos para o cão.

É uma rara pouco conhecida e relativamente rara. Mas há animais que praticam agility, obediência, flyball e pastoreio.

Não é um cão de cidade nem de apartamento.

Aparência 

O Stumpy Tail é um cão de trabalho bem proporcionado, quadrado com uma mordida forte, uma aparência rústica e susbtância suficiente para que pareça ser capaz de aguentar o trabalho exigente e clima rigoroso ao qual é sujeito.

Os machos devem medir entre 46 e 51cm e as fêmeas entre 43 e 48 cm.

A cabeça é larga entre as orelhas e achatada. O stop é pouco pronunciado, mas visível. O nariz é preto independentemente da cor do cão. Os olhos são ovais e castanhos escuros. As orelhas são moderadamente pequenas, espetadas e quase pontiagudas.

A cauda não é cortada, de tamanho natural não excedendo os 10 cm.

A pelagem exterior é moderadamente curta, lisa, densa e de moderadamente àspera. A pelagem interior é curta, densa e suave. O pêlo à volta do pescoço é mais comprido. O Australian Stumpy Tail Cattle Dog pode ter duas cores: azul ou vermelho pintalgado. O azul pode ser liso ou com manchas. A cabeça pode ter manchas pretas. É permitido manchas pretas no corpo. No caso do vermelho pintalgado, este padrão deve estar uniformemente distribuído pelo corpo. Pode ter marcas mais escuras ou vermelhas na cabeça. Manchas vermelhas no corpo são permitidas.

http://www.arcadenoe.pt/raca/australian_stumpy_tail_cattle_dog/510

Ariégeois


Ariégeois
origem:França
data de origem:Indeterminada
esperança de vida:13 anos
classificação:Cães de Levante e Corso
altura:53 para 58 cm
peso:29 para 29 kg

História 

O Ariégeois é natural da província francesa Airége, da qual herdou o seu nome, situada a sudeste de França, na fronteira com Espanha.

Relativamente à sua ascendência, esta tem sido alvo de várias opiniões entre os especialistas da matéria. Alguns consideram que podem ser seus antecessores os cães brancos e laranja representados nos quadros em Oudry do Louvre; enquanto que outros admitem a possibilidade de este resultar de vários cruzamentos entre sabujos locais e cães de raça pura, como o Gascon de Saintongeios, Chien d´Artois, o Bleu de Gascogne e o Briquet.

Talvez pelo facto de não ser considerado uma raça perfeitamente pura, este cão também foi conhecido por “Braque du Midi” (ou meios bracos), situação que provavelmente explica a tímida popularidade que teve no seu país.

A sua especialidade era a caça miúda (nomeadamente as lebres) que perseguia, quer nas planícies secas, quer nas regiões pedregosas da província. É um caçador ansioso, dotado com um facto apurado, sendo mais leve e pequeno que a maioria dos sabujos.

O Club Gaston Phoebus criou o padrão da raça, em 1908, e, quatro anos depois, a raça foi oficialmente reconhecida.

Após a II Guerra Mundial, esta raça encontrou-se numa situação gravosa pois o abrandamento da sua criação, colocou-a em risco sério de extinção. Em 1964, cessou o registo das crias Ariegéois no Livre des Origines Françaises, numa pausa que podia custar longas décadas de selecção e apuramento.

Porém, nos anos 70, alguns criadores decidiram recuperar os traços únicos desta linhagem e encorajar a sua criação selectiva. Os seus esforços revelaram-se bastante positivos, apesar de este cão estar, ainda hoje, na sombra do estrelato de algumas raças.

Em 1989, os admiradores do Ariégeois reuniram-se em Toulouse e, no ano seguinte, foi criado o Club du Braque de l’Ariège.

A partir de então, praticamente todos os anos da década de noventa eram contemplados com a realização testes oficiais e participação em concursos.

Em 1993, esta espécie foi reconhecida pelo United Kennel Club  e três anos depois a Federation Cynologique Interntionale ratifica o seu standard. Actualmente, esta estirpe já não enfrenta o perigo ao qual outrora esteve exposta, mas continua a ser pouco conhecida, quer na sua terra natal, quer no mundo.

Temperamento 

O Ariégeois é um cão  com um temperamento calmo, alegre e amigável. É afectuoso com as crianças e normalmente sociável perante presenças estranhas, se bem que existam alguns que aparentam ser mais reservados.

Este é um sabujo obediente e inteligente, pelo que o seu treino é uma tarefa fácil e deve ser iniciado desde pequeno, por forma a aprender as regras mais básicas.

No terreno, é um caçador nervoso, determinado e concentrado no que faz. É muito fiel ao seu dono, que é capaz de o reconhecer a longas distâncias dado o seu latir profundo.

Descrição 

Este cão possui um porte considerável, cuja altura nas espáduas varia entre os 56-61 cm (nos machos) e os 53,5-58,5 cm (nas fêmeas), e o seu peso ronda os 29,7 Kg.

A sua pelagem fina e rente é geralmente branca com marcas pretas e fogo. A cabeça é comprida e leve e o chanfro é pouco acentuado. O focinho é recto e os olhos escuros bem abertos são bastantes expressivos. As orelhas são maleáveis e finas e são de inserção ligeiramente baixa.

O pescoço é elegante e longo, tal como o peito que é também profundo. As costelas são longas e ligeiramente arredondadas e a garupa apresenta-se bem horizontal.

Os membros são robustos e as patas em formato de lebre. A cauda de inserção alta é mantida à maneira de “sabre”.

Observações 

 Este cão tem uma esperança média de vida de aproximadamente 13 anos de idade e necessita de ser vigiado já que existem alguns registos de doenças genéticas nesta raça.

Como é um animal bastante vigoroso necessita de praticar exercício diariamente. Este cão adapta-se melhor a espaços amplos do que a pequenas casas ou apartamentos. O ideal é que tenha acesso a uma área bem vedada onde se possa movimentar livremente.

A sua pelagem deve ser escovada semanalmente, altura em que se deve verificar as suas orelhas por forma a evitar infecções futuras.

http://www.arcadenoe.pt/raca/ari_geois/164

Antigo Cão de Pastor Inglês


Companheirão (outros nomes: Old English Sheepdog, Bobtail)

Antigo Cão de Pastor Inglês
origem:Reino Unido
data de origem:século XIX
esperança de vida:8 a 12 anos
classificação:Cães Pastores
altura:56 para 61 cm

História

Apesar de não ser assim tão antigo, ou assim tão inglês, o nome Antigo Cão de Pastor Inglês acabou por ficar associado a esta raça.

A raça surgiu em finais do século XVIII, na região Oeste de Inglaterra, que se caracteriza por ser sobretudo rural, mas não existem indícios de que foi desenvolvida nesse local. Não se sabe ao certo as origens do Antigo Cão de Pastor Inglês, sendo vários os ascendentes apontados. Há quem defenda que resulta do cruzamento do Bergamasco com o Deerhound, outros defendem que o cruzamento é com o Briard. Apesar disso, a teoria mais aceite é a de que o o Antigo Cão de Pastor Inglês descende de cães de pastoreio europeus, tais como o Beared Collie e o Cão de Pastor da Rússia Meridional.

Como pastores, estes cães estão perfeitamente adaptados à vida no campo. Ao longo dos séculos foi utilizado como condutor de gado, guiando ovelhas, vacas, etc. para os mercados. Paralelamente, era também usado como pastor de ovelhas. Na altura de tosquiar as ovelhas, os pastores ingleses tinham o costume de tosquiar também o Antigo Cão de Pastor Inglês. Com o pêlo teciam cobertores e roupa quente.

A alcunha Bobtail, que traduzido à letra significa “Cauda Cortada”, foi atribuída a esta raça, precisamente porque todos os exemplares tinham a cauda cortada. Isto era feito pelos donos sobretudo por questões económicas. Na Inglaterra, os cães de trabalho não eram taxados e a forma de o provar era cortando-lhes a cauda.

Hoje em dia, o Antigo Cão de Pastor Inglês é bastante popular em exposições caninas e é sobretudo mantido como cão de companhia.

Temperamento 

O Antigo Cão de Pastor Inglês é um animal confiável e equilibrado. Por vezes, o seu antigo instinto agressivo pode vir à superfície, se provocado. Por isso, é aconselhável uma socialização moderada e uma educação baseada no reforço positivo.

O Bobtail é um cão inteligente, embora possa parecer desastrado à primeira vista. Por vezes a sua teimosia pode interferir com o treino. Como cão pastor, é comum tentar reunir as pessoas da casa com empurrões, como se de ovelhas se tratassem.

Brincalhão, divertido e dócil, gosta da companhia da família, mas não é extremamente dependente. A sua delicadeza com crianças valeu-lhe o título de “nanny dog” no seu país de origem.

O Bobtail aceita outros cães, mas poderá também tentar pastoreá-los. O mesmo se passa com outros animais, tais como gatos.

Quando requerida, a energia deste cão é inesgotável, mas o Bobtail gosta também de se recostar num local confortável, frequentemente “roubando” o melhor lugar no sofá de casa.

O Antigo Cão de Pastor Inglês adapta-se à vida num apartamento, pois é pouco activo dentro de casa, mas o exercício físico é fundamental para manter um cão nestas condições. Os passeios diários não podem ser negligenciados e uma longa caminhada diária com brincadeira e corrida à mistura é o ideal.

Aparência Geral 

O Antigo Cão de Pastor Inglês é um animal de porte grande, mais de 61 cm no caso dos machos e mais de 56 no caso das fêmeas.

Corpulento e musculoso, o Bobtail não deixa de ter uma expressão simpática e ternurenta. A cabeça tem uma forma quadrada e é ampla, terminando num largo e preto nariz. Os olhos devem ser escuros, embora seja aceitável cães com os dois olhos azuis.

Com um corpo em forma de pêra, quando visto de cima, o Bobtail tende a ser curto e compacto. As patas são robustas, com bastante osso e músculos desenvolvidos.

Como o nome indica, o Bobtail não apresenta cauda, uma vez que era costume amputá-la à nascença. O estalão actual da raça passou, entretanto a prever, os exemplares com cauda. Esta não enrolada ou trazida sobre o dorso.

O movimento do cão, assemelha-se ao de um urso, com um ligeiro bamboleio da parte traseira do corpo.

Com o corpo totalmente coberto de pêlo, a pelagem é comprida e abundante. O pêlo chega mesmo a esconder os olhos do animal. Todos os tons de cinza e azul são permitidos. A parte traseira e o corpo deve-se apresentar em cor sólida, com ou sem patas brancas.

Saúde e Higiene

Como raça de grande porte, o Antigo Cão de Pastor Inglês é propenso à displasia canina. Aconselha-se também especial atenção aos olhos. Outras doenças com alguma incidência na raça são: a surdez, torção do estômago e otites.

A pelagem do Bobtail necessita de escovagens regulares, pelo menos uma vez por semana, para evitar que o pêlo fique emaranhado ou que a pele ganhe infecções. Os cães de exposição devem manter o pêlo comprido, os outros poderão cortá-lo de três em três meses. O Old English Sheepdog não tem uma época específica de muda de pêlo, perdendo mais ou menos a mesma quantidade de pêlo ao longo do ano. 

Curiosidades 

O Antigo Cão de Pastor Inglês é um cão bastante popular na sétima arte. A raça já figurou em diversos filmes e séries de televisão, entre outros, foi ama nas histórias de Peter Pan, participou na Rua Sésamo e ainda no filme A Pequena Sereia.

Entre os cães famosos desta raça, encontramos Martha, a Bobtail de Paul McCartney e Tiny, o cão do antigo presidente dos Estados Unidos da América, Franklin D. Roosevelt.

http://www.arcadenoe.pt/raca/antigo_c_o_de_pastor_ingl_s/42

domingo, 27 de julho de 2014