segunda-feira, 30 de junho de 2014

Chien d’Artois


Chien d’Artois
origem:França
data de origem:1500
classificação:Galgos e Sabujos
altura:53 para 59 cm
peso:18 para 24 kg

História 

O Chien D’Artois é também conhecido na sua terra por “Briquet” (que significa “pequeno braco”) e também por cão de Picardie.

É endémico da região de Artois (Norte de França), caracterizada pelo seu terreno acidentado e densa vegetação. Pensa-se que descende do Grand Chien d’Artois que, por sua vez, descende do Cão de St. Humberto. Herdou destes o talento para farejar pistas de presas feridas ou mortas e a sua especialidade revelou ser a caça pequena (como a da lebre), apesar de ter também caçado javalis.

É certamente um cão de linhagem antiga que gozou como poucos da admiração e protecção da realeza (Rei Henrique IV e Luís XIII), uma vez que era considerado um distinto caçador de lebres. Desempenhava as suas funções com devoção nos mais variados cenários (planície, floresta ou nas matas mais densas) e era facilmente identificável pelo seu dono pelo seu latido original.

Alguns autores relatam que, em 1609, o Príncipe Alexandre Gray enviou alguns destes cães ao Rei de Inglaterra, que posteriormente foram utilizados na criação do Beagle.

O desenvolvimento do Chien d’Artois não foi, no entanto, nem linear nem estável. Segundo um manual de caça francesa datado de 1890, sabe-se que no final do séc. XIX, era difícil encontrar exemplares puros desta estirpe. A aparente arbitrariedade com que a raça se desenvolveu e os sucessivos cruzamentos com outras espécies (nomeadamente de origem inglesa), fizeram com que a pureza original desta linhagem ficasse cada vez mais dispersa.

É por esta altura que um criador chamado Ernest Levoir tenta restabelecer esta linhagem na região de Picardie. Existem outros nomes que durante o séc. XX ficaram associados a estas tentativas de recuperação, tais como Mallard (na altura da I Guerra Mundial), Audréchy, entre outros.
Todavia, alguns autores consideram que a Mme Pilat foi a que obteve resultados mais positivos, conseguindo restabelecer a criação desta estirpe.

Actualmente, este cão ainda é uma raça rara e não existem muitos clubes que protejam o seu desenvolvimento.

Temperamento 

O Chien d’Artois é um cão corajoso e inteligente, muito pouco agressivo e deveras energético. Bastante ágil, adapta-se a vários tipos de terreno e demonstra ser extremamente persistente no desempenho das suas funções. Para além destes atributos, possui ainda um excelente sentido de orientação, desenvolvido olfacto e rapidez de movimentos.

Na relação com os seus donos revela-se afectuoso, leal e vivo. Talhado para pensar e agir autonomamente, este cão necessita de ser educado desde pequeno, para que aprenda a obedecer ao seu dono. Com as crianças revela-se uma companhia de confiança. 

Descrição 

O Chien D’Artois é um cão musculado, comprido, mas não demasiado, dando a sensação de força e energia. Tanto machos como fêmeas devem medir entre 53 e 58 cm, com tolerância de 1 cm, e pesar em média 28 a 30 kgs.

O Chien D’Artois tem uma cabeça larga, bastante curta e arredondada. Espalmada no topo, mas com osso occipital ligeiramente pronunciado. O stop é bem acentuado. O nariz é preto com narinas bem abertas. Os olhos são redondos e não se encontram muito juntos. São castanhos escuros e transmitem um olhar suave e melancólico. As costas são largas e bem apoiadas, o peito é largo e longo. A cauda é forte e bastante longa.

O pêlo é curto, grosso e sem volume. A pelagem só pode ser fulva escura tricolor, com um manto ou manchar largas. A cabeça geralmente é fulva, por vezes com a presença de preto.

Observações 

Actualmente este cão continua a ser mais utilizado como cão de caça que propriamente como cão de companhia. São cães que apreciam espaços amplos, logo não se adaptam bem à vida na cidade.

Convém que sejam educados pelo membro dominante da família, de uma forma consistente e positiva.

Necessitam de ser escovados regularmente por forma a eliminar o pêlo morto.


http://arcadenoe.sapo.pt/raca/chien_d_artois/201

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