Originária da Austrália onde podem ser vistas na natureza, a Calopsita é a menor da família das Cacatuas. Seu nome científico é Nynphicus hollandicus que significa ‘Deusa da Nova Holanda” nome da Austrália até 1804. Em 1838, John Gould, ornitólogo inglês, autor bem sucedido de livros sobre história natural, visitou a Austrália objetivando conhecer sua fauna, até então pouco conhecida e realizar ilustrações de aves. Foi a partir de seu retorno em 1840, através dos livros e ilustrações divulgadas, que o público teve sua atenção chamada para a beleza das aves daquele continente, especialmente a Calopsita. Ainda é creditado a este pesquisador o fato de ter sido a primeira pessoa a levar Calopsitas para fora da Austrália, contribuindo decisivamente para a divulgação da espécie.
Por volta de 1884, a Calopsita já se encontrava bem estabelecida nos aviários europeus, entretanto, como na natureza só existia um padrão de cor, a disseminação maciça dessa ave somente ocorreu a partir da primeira mutação, era o Arlequim, pouco antes de 1950. A partir daí, outros padrões de cores foram surgindo, ganhando então a Calopsita, enorme popularidade, sendo hoje um dos pássaros mais criados do mundo.
É o pássaro perfeito e o mais indicado para quem quer uma relação mais íntima com uma ave. São divertidos e leais ao bando, do qual o dono passa a fazer parte.
Comportamento
As calopsitas são aves muito sociáveis brincalhonas que requerem atenção e afeto.
O seu comportamento é sua forma de comunicação, juntamente com sua voz, da mesma maneira que nós automaticamente usamos a linguagem corporal para nos comunicarmos.
Uma das mais evidentes formas de linguagem corporal que as calopsitas utilizam é o movimento de sua crista no topo de sua cabeça. Quando eles estão alarmados ou assustados eles tendem a esticar a sua crista (topete) bem alto, como um ser humano poderia elevar as suas sobrancelhas e arregalar os olhos quando está com medo.
Fique atento e tente perceber o que sua Calopsita esta tentando dizer:
Vale enaltecer que as calopsitas possuem personalidades únicas, diferentes hábitos e peculiaridades, por exemplo um caso que aconteceu conosco: em uma mesma ninhada existem duas fêmeas, uma delas aprendeu a receber alimento na colher e a outra se recusa a ser alimentada por nós, somente pelos pais…entre muitas outras coisas que só o dia a dia mostra. São gestos sutis que devemos aprender a conhecer e somente pela observação entenderemos que elas só faltam mesmo falar…
O que a calopsita come
A alimentação da Calopsita não é problema nos dias de hoje, encontramos nos aviários e nos supermercados misturas de sementes prontas, com a quantidade exata de cada tipo de semente e muitas vezes até com suplementos vitamínicos incorporados e também rações balanceadas que explicaremos na página seguinte. Vamos mostrar aqui os diversos tipos de semente que normalmente compõe estas misturas. Esta é a mistura normalmente encontrada:
Composição: alpiste, arroz cateto, painço amarelo, painço branco, painço verde, painço vermelho, aveia descascada, girassol comum e girassol rajado.
Alpiste ( Phalaris canariensis )
Grão rico em carboidratos. Ao contrário do que seu nome em inglês “canaryseed” sugere, este grão não é usado somente para canários, sendo, entretanto o principal componente da maioria das misturas de grãos para pássaros.
Arroz Cateto ( Oryza sativa )
Grão rico em carboidratos e de elevada digestibilidade.
Painço Amarelo ( Panicum milleaceum )
Grão também conhecido por milho alvo amarelo. São grãos ricos em carboidratos e possuem fácil digestibilidade.
Painço Branco ( Panicum milleaceum )
Grão também conhecido por milho alvo branco. São grãos ricos em carboidratos e possuem fácil digestibilidade.
Painço Verde ( Panicum milleaceum )
Grão também conhecido por milho alvo verde. São grãos ricos em carboidratos e possuem fácil digestibilidade.
Painço Vermelho ( Panicum milleaceum )
Grão também conhecido por milho alvo vermelho. São grãos ricos em carboidratos e possuem fácil digestibilidade.
Aveia sem casca ( Avena sativa )
Grão rico em carboidratos, de ótima palatabilidade e digestibilidade, portanto ingerido com muito gosto e facilidade por pássaros no ninho. Em quantidades demasiadas pode levar ao acúmulo de gordura.
Girassol Graúdo ( Helianthus annuus )
Este grão é rico em proteína, extrato etéreo, minerais e vitamina E.
Girassol Rajado ( Helianthus annuus )
Este grão é rico em proteína, extrato etéreo, minerais e vitamina E.
Ainda temos outras sementes que também podemos oferecer as Calopsitas:
Cânhamo ( Cannabis sativa )
Grão inativado da planta Cannabis sativa. É rico em extrato etéreo (óleos) e proteína. Contém THC, que estimula o interesse sexual nos pássaros. Deve-se cuidar para que não haja exageros na quantidade de cânhamo oferecida aos pássaros, para evitar-se constipação e excessiva excitação dos animais. Seu uso principal é nas misturas de grãos para canários, pássaros exóticos, pássaros silvestres, periquitos, periquitos grandes e papagaios. Um dos melhores grãos para qualquer pássaro, porém seu uso (principalmente no verão) nunca pode ser excessivo.
Cártamo ( Carthamus tinctorius )
Planta da família das asteráceas. Grão rico em extrato etéreo (óleos). Seu uso nas misturas para Calopsitas enriquece a alimentação destes animais, contribuindo para uma plumagem de melhor qualidade.
Dari Branco ou Sorgo ( Sorghum sp. )
Grão da família do painço. Contém elevado teor de proteína, com aminoácidos de boa qualidade.
Linhaça ( Linum usitatissimum )
Grão da planta do linho. É rico em proteínas e extrato etéreo (óleos), principalmente do grupo Omega 3, essencial para uma excelente plumagem. Possui propriedades terapêuticas, melhorando o trânsito do bolo alimentar no tubo digestivo e contribuindo para uma melhor digestão.
Níger ( Guizotia abyssinica )
Grão rico em extrato etéreo (óleos) e proteínas. Devido a sua excelente palatabilidade, este grão é muito apreciado por diferentes tipos de pássaros.
Perila ( Perilla frutescens )
É conhecida também como “a semente da saúde”. Grão rico em extrato etéreo (óleos), principalmente do grupo dos Omega 6 e Omega 3. Importante na promoção de um canto melodioso e uma plumagem exuberante. Seu uso principal é nas misturas para curiós e outros pássaros silvestres, canários e pássaros exóticos. É o melhor grão e o mais importante para os pássaros, seu uso não pode ser excessivo.
LEMBRE-SE DE QUE GRÃOS GORDUROSOS (como a Linhaça, Níger, Perila, Cânhamo ) NÃO DEVEM SER ADMINISTRADOS EM QUANTIDADE EXCESSIVA. (principalmente no Verão).
Alimentação no solo
Quando possível é recomendado que a alimentação da Calopsita seja feita no solo. Na natureza ela vive no alto das árvores e desce para se alimentar e ao colocarmos a comida no chão do viveiro ou gaiola estamos nos aproximando da realidade da ave em seu habitat natural.
A água
A água pode ser considerada o nutriente mais importante para as Calopsitas (depois do oxigênio), economicamente representa o nutriente de mais baixo custo e o maior constituinte do corpo de todos os animais. A Calopsita pode perder quase toda a sua gordura corporal armazenada, bem como mais de metade das suas proteínas e ainda sobreviver. No entanto, a perda de 10% da água corporal, pode causar doenças graves. Sem a reposição da água que é perdida, o resultado será a morte.
Receitas Gourmet
Saladas
Mistura fresca:
Nabo, beterraba repolho roxo (todos finamente picados)
brotos de feijão ou rabanete, milho (frescos)
sementes de girassol ou amêndoas, tofu ou queijo
Misturar e servir
Cenoura e Inhame:
Cenoura e inhame (fresco ralado)
iogurte com baixo teor de gordura ou kefir (vendido em lojas de alimentos saudáveis)
salsa picada
pequena quantidade mel
algumas passas, figos
Misture bem, gelar antes de servir.
Milho e Pimenta:
Milho (fresco)
Pimenta dedo de moça (frescas e finamente picadas)
Salsinha (fresca e finamente picada)
Arroz cozido (integral)
01 Maçã (pequena)
Misture bem e sirva em seguida.
Pão Birdie (receita 1)
1 xícara farinha de trigo
1 / 3 xícara de farelo de trigo
1 / 3 xícara de fubá de milho
2 colheres de chá fermento em pó
1 ovo batido (incluindo casca – lavados e bem triturados)
1 / 3 xícara mel
1 / 8 xícara de óleo
2 xícaras de verduras misturadas (frescas e finamente picadas) :brócolis, cenoura, feijão, beterraba, abobrinha ou abóbora, pimentão vermelho, repolho, batata doce, salsa, brotos.
Opcionais : sementes de girassol, mamão, manga,
1-2 colheres leite desnatado em pó.
Combine os ingredientes secos. Misturar com legumes e ovos. Assar a 250 graus por cerca de 30 minutos. O tempo para assar vai depender do tipo e da quantidade de legumes utilizados. Espete com um palito quando estiver dourado.
Pão Birdie (receita 2)
1 caixa de Musli (granola)
2 ovos
1 xícara de arroz integral
1 / 4 xícara suco de laranja.
1 / 4 xícara amendoim finamente picado.
1 xícara aveia.
1 xícara brócolis finamente picada (usar o liquidificador ou processador de alimentos)
1 xícara cenoura finamente picada.
Misturar todos os ingredientes.
Assar em 200 graus por 24 minutos. Cortar em cubos antes de servir.
Farinhada básica:
Um ovo cozido amassado para duas colheres de farinha de milho (fina = fubá ou média).
Variações da farinhada:
Para cada ovo cozido amassado + 1 colher de sopa de proteína de soja texturizada + 1 colher de sopa bem cheia de farinha de milho média + 1 colher de sopa bem cheia de milheto (ou painço). Dar 1 vez por semana. Pode-se eventualmente acrescentar uma pitada de levedura de cerveja (rica em complexo B). Experimentar colocar Mucilon junto com o ovo cozido. Espremer uma cenoura cozida junto com o ovo.
Farinhada incrementada:
Um ovo cozido descascado e amassado, para
uma colher cheia de fubá, mais uma colher de sopa de soja texturizada média ou fina, e mais uma pitada de Penavit Plus em pó.
Farinhada protéica:
Farinha de rosca 20%, Neston (Floco de cereais – trigo, cevada e aveia)- 60%, Farinha Láctea – 20%. Para cada quilo de farinhada pronta acrescentar 45 gramas de pré-mix (aminoácidos essenciais) encontrado em lojas de animais e 45 gramas de
fosfato bi-cálcico. Para cada quatro colheres (sopa) das farinhas acrescentar um ovo cozido triturado.
Farinhada sopão:
1 Kg de farinha de rosca, 1 Kg de farinha de mandioca, 1Kg de farinha de milho, 3 colheres de sopa de casca de ovo moída no liquidificador (bem miúda),5 ovos espremidos em peneira (gema e clara), água. Misture tudo até tomar um formato uniforme. Vá adicionando água para que a farinhada fique úmida. Alimentação das calopsitas na época reprodutiva
Alimentação das calopsitas na época reprodutiva
Na época da postura devem ser oferecidos alimentos (grande variedade) em abundância, pois a quantidade de alimento disponível faz com que o casal se sinta seguro para a postura e não precise procurar alimento fora da gaiola. Se sentem alguma necessidade (ou escassez) o casal altera o seu comportamento reprodutivo (andam desesperados de um lado para outro da gaiola, gritam quando os potes estão meio vazios), reduzindo assim o número de ovos, pois a preocupação é como conseguirão alimentar tantos filhotes? Para não correr esse risco, ofereça ovos, milho verde (cozido), pão seco, além das sementes descritas no item Alimentação. Uma boa dica é oferecer osso de siba e pedra de cálcio, pois permite que as aves satisfaçam suas necessidades digestivas e carência de cálcio das fêmeas durante a postura.
Alimentos proibidos
Alguns alimentos não devem ser oferecidos a Calopsita pois podem inclusive levá-la à morte!
É importante que quem costuma tratar as Calopsitas e também todos os membros da família, saibam quais são eles:
Alface – Causa diarréia;
Abacate – Leva a morte rapidamente;
Cafeina – consumo totalmente proibido mesmo em pequenas quantidades, pode causar hiperatividade, vômitos, diarréia, batidas cardíacas irregulares e morte;
Chocolate – Causa os mesmos sintomas da cafeína;
Bebidas alcoólicas – O fígado das Calopsitas não consegue metabolizar o álcool, podendo causar lesões cerebrais e morte;
Sal – Os psitacídeos não conseguem excretar sal como nós. Por isso, o consumo de sal causa excesso de urina e consumo de água, depressão, hiperatividade, tremores e até morte.
Gordura – o excesso de gordura pode causar doenças hepáticas, obesidade, diarréia, problemas nas penas, além de afetar a absorção de nutrientes;
Outros alimentos que devem ser evitados: folhas de batata, tomate e feijão, sementes e caroços em geral (principalmente os de maçã, damasco, cereja, pêra, ameixa, pêssego).
Como saber o sexo da calopsita?
As Calopsitas, quando jovens ou mesmo adultas, não apresentam dimorfismo sexual (diferença entre machos e fêmeas) pronunciado.
Algumas vezes até conseguimos diferenciar o macho da fêmea comparando alguns sinais exteriores mas como criador eu tenho a convicção de que para sabermos com segurança o sexo destes animais temos que recorrer ao exame de “Sexagem pelo DNA” que gera resultados de alta confiabilidade em aves de qualquer idade.
O exame de DNA pode desvendar um segredo que, durante séculos, só as próprias aves sabiam com certeza: seu sexo!
Sem o desenvolvimento da Biologia Molecular, ciência que estuda o DNA, estaríamos ainda tentando formar casais pelo método da tentativa e erro ou pelo palpite de alguém.
Ao descobrir o sexo de sua ave, você poderá dar-lhe um nome coerente, formar um casal verdadeiro, gerar filhotes, melhorar o convívio e a harmonia na gaiola.
Descubra o sexo de sua ave e surpreenda-se!
Existem vários laboratórios que fazem sexagem de aves e não custa caro.
Postura
Sua postura varia de 4 a 10 ovos, com intervalos entre eles de cerca de dois dias. A incubação vai de 17 a 22 dias e os ovos medem de 2 a 3 cm. O macho ajuda a fêmea no processo todo, desde o choco até cuidar dos filhotes.
Nem sempre todos os ovos estão galados, após alguns é possível descobrir quais estão fertilizados e quais não estão com uma ovoscopia, que basicamente é colocar o ovo contra a luz para ver se a luz transpassa o ovo.
Problemas reprodutivos
Um dos problemas reprodutivos mais graves é o ovo preso, que é a inabilidade de uma fêmea em expelir o ovo pela cloaca. As causas mais comuns para este problema são:
fêmea muito jovem tentando botar seu primeiro ovo
falta de cálcio na dieta
falta de vitaminas e minerais
obesidade
disfunção no trato reprodutivo
excesso de reprodução
As deficiências nutricionais podem fazer com que a ave produza ovos com a camada externa menos dura e maior do que o normal, ou ovos de formatos anormais. A camada externa macia faz com que os músculos do ovário e da cloaca não consigam empurrar o ovo adiante, além disso, os músculos dessa região também podem ficar fracos por falta de uma dieta adequada, não conseguindo contrair de modo eficaz e expelir o ovo.
Os sintomas de um quadro de ovo preso são:
pássaro sentado no chão da gaiola
sentado sobre a cauda
pernas estendidas e rabo batendo
distensão abdominal
esforço continuado e respiração difícil
falta de fezes e penas eriçadas
O ovo preso também pode afetar os nervos que controlam a musculatura da perna, impossibilitando que a Calopsita fique empoleirada. Em razão do esforço prolongado, a ave também fica fraca, exausta e pode até entrar em choque.
O tratamento nestes casos requer ajuda médica, que em primeiro lugar irá recorrer a técnicas não cirúrgicas (como injeção de cálcio e hormônio diretamente no fêmur, promovendo contração muscular) ou retirada do ovo através de cirurgia.
É importante que você nunca tente retirar ou quebrar o ovo, pois isso pode ser fatal! Leve sua ave ao Veterinário o mais rápido possível, pois somente ele pode socorrer sua ave com segurança.
Como aparar as asas da calopsita
Aparar as penas das asas deve ser feito principalmente para a própria segurança da ave. É aconselhável que as penas de vôo sejam aparadas para evitar sua fuga e posterior sofrimento da ave e do criador. O corte das penas não causa dor, embora as aves não gostem muito. Aparando as penas das asas, a aves poderão voar de um lugar ao outro em vôos curtos sem o perigo de se machucarem ou escaparem.
O fato de não poder voar torna a Calopsita mais dependente de nossa ajuda e isso facilita muito o processo de amansar a ave. Para impedir que o pássaro voe é preciso cortar somente algumas penas de vôo. Essa medida vai permitir que a Calopsita tenha mais liberdade fora da gaiola, sem que você se preocupe com uma possível fuga. Outra vantagem é que impede que a ave se machuque chocando-se contra paredes e janelas.
Lembre-se sempre que para ela , o ato de voar será sua lição principal! Sendo assim, aparar as asas logo no início dos ensinamentos abranda este instinto. Quero salientar que esta é apenas uma necessidade inicial, após ter conseguido seus objetivos com ela, nada impede que você deixe as asas crescerem para que ela voe normalmente.
Caso você não se sinta a vontade para aparar as asas , leve sua ave a um veterinário.
Aparando as penas das asas de sua calopsita mansa:
Deve-se cortar apenas as penas de vôo como na ilustração acima. Você deve cortar as penas de numero 3 até 10 como na foto, a de número 1 e 2 não corte. Ao podar as asas, deve-se prestar atenção em novas penas que estão nascendo, elas ainda tem uma cobertura primária (camada de queratina) e por isso são diferentes. Tome cuidado para não cortá-las, pois elas irão sangrar. Se ocorrer sangramento em uma pena nova, deve-se arrancá-la totalmente com uma pinça, apertando a pena perto da pele e puxando-a, ou mesmo com a mão. Apare 8 penas de vôo, começando pela ponta da asa lembrando de pular a primeira e a segunda. Elas só crescerão novamente na próxima muda, ou seja, após cerca de um ano. Deve-se cortar as penas das duas asas para uma maior segurança.
Após o corte deverá ficar assim:
Aparar as asas de uma calopsita não é muito difícil, mas exige uma mão firme e conhecimento das penas que devem ser cortadas. Se o pássaro estiver muito estressado , respirando de boca aberta, se debatendo, pare imediatamente. Deixe o pássaro relaxar e leve a sua ave a um veterinário ou profissional para cuidar do trabalho com menos estresse.
A gaiola
Costumo dizer que a gaiola ideal para sua Calopsita é a maior que seu dinheiro puder comprar. Quanto mais espaço tiver, mais feliz será sua Calopsita!
As Calopsitas vivem em média 15 a 20 anos, imagine se colocarmos nossas aves em uma gaiola inadequada, o sofrimento que causaremos a elas.
Eu recomendo o modelo de 0,70m x 0,60 x 0,40m como a da foto ao lado, porém quanto maior melhor.
Hoje encontramos gaiolas para Calopsitas na maioria dos aviários, mas é importante que a gaiola seja realmente para Calopsita e não para Papagaio, pois esta tem a malha muito larga, dificultando a locomoção da ave dentro da gaiola podendo inclusive causar lesões em sua ave.
Gaiolas redondas também não são aconselhadas, pois a Calopsita perde a orientação espacial e isso acaba causando distúrbios de comportamento. O ideal é que seja quadrada ou retangular
Pode parecer exagero uma gaiola grande, mas quando pensamos que além de todos os potes e tigelas ainda precisamos colocar brinquedos para que a Calopsita ocupe o seu tempo, pois ela é muito brincalhona, percebemos que não é exagero e temos vontade de construir logo um viveiro, mas isso é um assunto do próximo tópico.
Qualquer dúvida que você tenha, fique a vontade para entrar no nosso Fórum e teremos o maior prazer em ajudar!
Higiene e limpeza
O item limpeza/higienização/desinfecção é fundamental na manutenção de qualquer animal cativo.
Tudo o que se relacionar à manutenção dos pássaros e aos utensílios e equipamentos usados precisam ser escrupulosamente limpos, assim como o local, as gaiolas, os bebedouros, a água servida, os alimentos (sementes, farinhada, frutas, legumes, verduras, os comedouros, vasilhas, poleiros, os ninhos, as caixas-ninho.
Sem uma higienização bem feita, nenhuma ave poderá manter-se em condições de plena saúde e obviamente o sucesso na criação ficará na dependência da eventualidade.
A limpeza das gaiolas deve começar pela bandeja do fundo.
Retiram-se os papéis que revestem o piso (se eles forem utilizados) ou limpam-se as fezes e outros resíduos com uma espátula e uma esponja, tudo para evitar que os dejetos ou mesmo a poeira acumulados venham a contaminar os alimentos e a água de beber.
Depois da limpeza do piso, pode-se trocar as sementes, a ração e as farinhadas e, por último, a água.
Os comedouros, bebedouros, grades, pisos e poleiros devem ser limpos e desinfetados pelo menos de três em três dias. Isto é fundamental.
Os pássaros devem tomar banhos freqüentes, de preferência uns três por semana, no mínimo.
Durante a época de muda de penas, o banho deve ser diário.
Se a ave não quiser tomar banho, você poderá borrifar água nas penas, por meio de um borrifador/espergidor, mas normalmente se você deixar um recepiente com água no fundo da gaiola eles mesmos vão tomar a iniciativa pois adoram tomar banho.
E aproveitando que o assunto é banho, não esquecer dos banhos de sol, nas primeiras horas da manhã. Isto é extremamente benéfico para a saúde do animal.
Como saber se a calopsita está doente
Deve-se prestar atenção aos comportamentos anormais de sua ave, tais como: ave encorujada (no poleiro ou no fundo da gaiola), apatia, perda ou aumento de apetite, etc.
DOENÇAS INEXPLICÁVEIS
Frequentemente as pessoas levam seus animais ao veterinário com a afirmativa “Meu bichinho estava bem até ontem.”. Na verdade provavelmente o animal demonstrou alguns sinais sutis de doença que acabaram passando desapercebidos pelo dono. A capacidade de reconhecer estes sinais e como lidar com problemas de saúde emergenciais são abordados neste site.
SINAIS CLÍNICOS MAIS DIFÍCEIS DE SEREM PERCEBIDOS
Muitas aves continuam a se alimentar e a ingerir água mesmo estando doentes. Alguns sinais importantes como penas do corpo eriçadas ou mudanças bruscas de comportamento, como por exemplo, a ave que nunca foi mansa repentinamente tornar-se mais quieta e amigável. As aves escondem o máximo possível os sinais de doença, pois na vida selvagem, uma ave que se comporta como se estivesse doente acaba tornando-se um alvo fácil para os predadores naturais, sendo morta facilmente. Por este motivo, aves tentam não revelar sua doença, comportando-se de forma normal o maior tempo possível. É necessária muita perspicácia e atenção por parte do proprietário para reconhecer um problema de saúde através de modificações sutis do comportamento. Converse com seu veterinário especialista em medicina de aves sobre estes sinais.
AUMENTO DO CONSUMO DE ÁGUA:
Em média, as calopsitas ingerem em torno de 01 colher de chá de água / dia. Mantenha sempre água limpa e fresca todos os dias.
Estresse, tempo quente, aumento de atividade, alimentação dos filhotes, diarréia ou certos medicamentos (antibióticos) podem fazer com que sua ave beba mais água. Um consumo excessivo de água pode indicar doenças graves, tais como diabetes, doenças do fígado e rim, infecções urinarias.
AUMENTO DO APETITE:
Aumento no gasto de calorias tais como – exercícios, postura de ovos, filhotes, aumentam a necessidade de ingestão de comida, especialmente proteínas.
Aumento de apetite sem razões aparentes podem indicar diabetes, vermes, problemas no pâncreas ou intestino. Em qualquer caso, havendo sinais de doença, procure um veterinário.
FASES:
As fezes deverão ser sólidas e tubulares, enroladas ou não, particionadas ou não.
Elas não devem cheirar mal; quando isso ocorre, pode ser sinal de infecções bacterianas.
LEVE IMEDIATAMENTE SUA AVE DE ESTIMAÇÃO AO VETERINÁRIO SE:
A ave estiver inconsciente
Houver sangramento
Em caso de suspeita de fratura de ossos
A ave parecer fraca e não responsiva a estímulos
As penas estiverem arrepiadas
A ave não estiver comendo ou bebendo água
Se qualquer um dos sinais clínicos acima estiver presente NÃO ESPERE.
Leve seu animal ao veterinário IMEDIATAMENTE!
Quando ir ao veterinário?
1 – IMEDIATAMENTE
Sangue no vômito ou nas fezes
Envenenamento (levar amostra do produto/planta ou embalagem)
Lesões abertas e fraturas
Femêa com ovo preso (leia mais sobre ovo preso na seção filhotes)
Ave com convulsões
2 – NO MESMO DIA
Ingestão de corpos estranhos
Hipotermia
Lesões mais profundas na pele
Diarréia (fezes liquidas e em grande quantidade)
Problemas respiratórios (respiração cansada, tosse)
3 – O MAIS TARDAR NO DIA SEGUINTE
Perda de apetite
Diarréia leve ( sem sinais de sangue, sem evidência de dor abdominal)
Consumo de aguá em excesso
Sempre que sua Calopsita apresentar comportamentos ou sintomas estranhos consulte um veterinário, somente ele pode cuidar da sua ave com segurança.
Antes de levar sua ave ao veterinário:
Não limpe a gaiola, nem retire o jornal ou papel, 24 horas antes da consulta, (se o fundo da gaiola não estiver coberto, forre com plástico) para que a consistência e coloração das fezes e urina possam ser observadas,
Deixe bebedouro e comedouro, ou leve amostra da comida oferecida,
Observe atentamente a atividade da ave. Está dormindo muito? Está cantando e brincando?
Está apresentando coceira? Queda de penas? Diarréia? Espirros/ tosse/ alterações na respiração? Alteração do apetite ou apreensão do alimento?
Teve contato com aves / animais novos? Com produtos químicos ou de limpeza?
Já apresentou esses sintomas antes? Há quanto tempo? Já tratou com medicamentos?
Conte ao veterinário tudo o que você se lembra de diferente mesmo que seja uma coisa passageira e aparentemente sem significado, pois poderá ser importante para diagnosticar sua Calopsita.
Perigos domésticos
As Calopsitas adoram ficar passeando dentro de casa, mas isso pode ser perigoso e fatal para elas. Aqui vamos falar dos principais perigos que elas correm dentro de casa e os cuidados que devemos tomar para que nossas amadas aves não se machuquem.
Janelas, espelhos e vidros
Janelas e vidros podem ser muito perigosos , principalmente quando sua Calopsita não estiver acostumada com o ambiente e não tiver as asas cortadas. Em um vôo ela pode bater no vidro e se machucar gravemente(fratura do bico, sangramentos, traumatismo craniano) e inclusive levar a morte (quebra do pescoço), por isso é importante que sempre deixemos as cortinas fechadas para que a Calopsita perceba a barreira. Outra solução é o corte das asas, impossibilitando assim o vôo.
Fogão, potes, panelas, xícaras e copos, pias e baldes
A cozinha é um dos lugares da casa mais perigosos para as Calopsitas. Nunca devemos deixar que elas fiquem na cozinha pois uma xícara de café , uma panela no fogo e um descuido podem causar graves queimaduras e até mesmo a morte do animal. Baldes ou a pia com liquidos podem causar afogamentos pois a Calopsita não sabe nadar. Todo cuidado é pouco na cozinha!
Portas
Normalmente muito curiosa, a Calopsita anda por toda parte e devemos tomar muito cuidado ao abrir ou fechar uma porta, pois ela pode estar no chão e se machucar gravemente, então antes de abrir ou fechar as portas certifique-se de onde esta a ave e abra a porta cuidadosamente.
Cigarros, charutos
A fumaça do cigarro é altamente tóxica para a Calopsita, evite fumar próximo a gaiola ou no mesmo ambiente que ela esteja.
Lareiras e velas
Nunca deixe seu pássaro em ambientes que tenham velas acesas ou lareiras, um descuido e as queimaduras podem ser fatais.
Outros animais
Cães com forte instinto de caça e principalmente gatos, sempre são um perigo em potencial para as Calopsitas. Nunca deixe sua ave sozinha com outros animais.
Janelas abertas
Por mais acostumadas ao nosso convívio e mansas que possam parecer, as aves tem o instinto básico do vôo. Muitas vezes já estamos nos sentindo seguros com a calma e a tranquilidade da nossa Calopsita e começamos a deixar frestas nas janelas, depois de algum tempo já permanecemos com as janelas abertas pois achamos que elas não vão mais fugir e pronto, quando menos esperamos elas fogem. Antes de abrir qualquer janela se pergunte “aonde estão as aves?”. Uma boa solução pára isso é aparar as asas.
Envenenamentos
Muito cuidado com plantas e produtos de limpeza, como é muito curiosa a Calopsita pode comer uma planta venenosa ou entrar em contato com algum produto tóxico.
Fonte: www.clubedascalopsitas.com.br
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