quinta-feira, 5 de março de 2015

Luxação Cirúrgica de caninos seguida de tracionamento ortodôntico – Consequências e cuidados

Autor: Alberto Consolaro
Publicação: Revista Clínica de Ortodontia Dental Press – Vol. 9 nº 6 dezembro 2010/ janeiro 2011
 A Luxação cirurgicamente induzida de dentes irrompidos oferece riscos que devem ser assumidos apenas quando clinica e/ou imaginologicamente se diagnosticar com segurança a anquilose alveolodentaria.
Se durante os procedimentos cirúrgicos para a colagem de bráquetes e dispositivos, diagnosticarem-se a anquilose alveolodentária e a luxação for induzida cirurgicamente, a sua realização deve ser necessariamente comunicada ao ortodontista.
A sua indicação, equivocada, para “facilitar” o tracionamento oferece riscos desnecessários se a anquilose alveolodentária não estiver presente.

A luxação cirurgicamente induzida pode:

A – Lesar a camada cementoblástica e expor a parte mineralizada da raiz:
            Os cementoblastos protegem a superfície radicular por não apresentarem receptores de membrana para os mediadores locais e sistêmicos do turnover ósseo. Sem os cementoblastos em áreas extensas, a superfície radicular pode apresentar-se com reabsorção inflamatória.

B – Eliminar restos epiteliais de Malassez, além dos cementoblastos e outras células periodontais:
            Os restos epiteliais de Malassez são as estruturas essenciais para a manutenção do espaço periodontal. Para que não ocorra a anquilose alveolodentária, há a liberação de EGF – FATOR DE CRESCIMENTO EPITELIAL – por parte de suas células.
Sem os restos epiteliais de Malassez e o EGF, algumas trabéculas ósseas se conectam com a superfície do cemento.
A partir do momento em que ocorre a conexão osso/dente, as células efetoras do turnover ósseo não distinguem o tecido mineralizado a ser reabsorvido e a remodelação se fará localmente com reabsorção e formação se alternando quase aleatoriamente. Por esse mecanismo se instala a reabsorção dentária por substituição.

C – Lesar parcialmente o feixe vascular e nervoso que adentra na polpa dentária:
            As células da polpa dentária são jovens e apresentam pluripotencialidade para se diferenciar em vários tipos celulares, mas especialmente odontoblatos. Quando sofrem restrição transitória de suprimento sanguíneo e de nutrientes, podem sofrer metaplasia e produzir ao seu redor matriz dentinária displásica, ou seja, mal formada e desorganizada de tal forma que, quando mineralizada, simula uma morfologia óssea. Essa reação e seu resultado morfológico reduzem o metabolismo local e as células sobrevivem mesmo que em condições adversas. Essa reação é reconhecida como metamorfose cálcica da polpa e conhecida clinicamente como obliteração pulpar.
            O preenchimento dos espaços pulpares com dentina displásica vai escurecendo gradativamente a coroa do dente afetado. Em alguns casos, pode apresentar lesão periapical crônica, pois a capacidade reacional e defensiva dessa polpa apresenta-se muito reduzida e qualquer variação pode induzi-la à necrose.

D – Dilacerar e romper o feixe vascular e nervoso que adentra na polpa dentária:
Uma súbita, intensa e extensa movimentação do dente no alvéolo pode impedir definitivamente a irrigação e a nutrição sanguínea da polpa, com decorrente necrose em um ambiente asséptico. A polpa necrosada asséptica vai lentamente se decompondo e os pigmentos resultantes incorporam-se na parede dentinária interna, escurecendo o dente graças à capacidade transluzente do esmalte dentário.
Existe uma série de cuidados que devem ser tomados antes, durante e após enfrentar uma gestação canina bem planejada. O primeiro deles é, sem dúvidas, a escolha do macho ideal, que deve ser do mesmo porte da fêmea ou menos, para evitar, por exemplo, que a fêmea tenha problemas na hora de dar a luz a filhotes muito grandes. Fêmea e macho também devem estar com as vacinações em dia e devidamente saudáveis.
A gestação canina poderá ser confirmada, através do ultrassom a partir dos 25 dias e através de palpação feita pelo veterinário, somente a partir de trinta e cinco dias após a cruza. A gestação terá uma duração de 58 a 64 dias, devendo ser acompanhada pelo veterinário, para garantir que não aconteça nada errado nem com a cadela, nem com os filhotes. Em uma gestação indesejada nunca utilize de anticoncepcionais na cadela gestante, pois isto pode levar a uma infecção de útero chamada piometra, trazendo risco de vida à sua pet. Leia mais sobre a piometra.
Gestação canina
Cuidados com a cadela gestante

Procurando por Pet Shops?

Após os trinta dias de gestação, a cadela prenhe deve receber uma ração especial, mais calórica e com alto teor de proteína e de cálcio, além de também precisar comer em maior quantidade. As rações especiais para filhotes são ideais para suprir as necessidades da futura mamãe e evitar a eclampsia, que é uma alteração semelhante a uma convulsão que a cadela apresenta no caso de falta de cálcio, pré e/ou pós-parto.
Recomenda-se que a cadela faça atividades físicas leves durante a gestação, como pequenas caminhadas, para fortalecer os músculos e o parto ser mais fácil para ela. Depois do nascimento dos filhotes, é importante que ela volte a se exercitar para não correr o risco de obesidade. Se a cadela gestante for do tipo que se estressa muito durante os banhos, eles devem ser diminuídos durante o período, para que não se corra o risco de um parto prematuro dos filhotes.
O parto
Após o inicio do trabalho de parto, que é quando se iniciam as contrações abdominais e/ou quando a cadela solta um líquido esverdeado pela vagina, a cadela tem até duas horas para dar a luz ao primeiro filhote. Caso ela fique exausta neste tempo ou passe deste período, é indicado ir a um veterinário para um exame de ultrassom, para visualização e mensuração da condição dos filhotes e, se necessário, haver a intervenção veterinária no parte.
Em caso do primeiro filhote sair sem problemas, a cadela tem também duas horas de intervalo entre os nascimentos. Caso este período aumente, também é necessário que se encaminhe ao veterinário para os devidos procedimentos.
O ninho do nascimento e o pós-parto
Perto do nascimento dos filhotes, o dono da cadela deve preparar o ambiente onde ela dará a luz. É importante que seja um espaço onde a cachorra esteja acostumada a ficar e que ela tenha privacidade, sem atrapalhar os moradores da casa nem ser atrapalhada por eles. O ninho pode ser feito com papelão, jornal, ou qualquer outro material fácil de limpar e que seja confortável para a cadela.
Após o parto, é comum que a cadela, ao perceber um filhote muito fraco, o deixe de lado para cuidar dos outros que tem mais chance de sobreviver. Também é comum que ela coma o filhote morto, para limpar o ninho. Não se assuste, esse comportamento é instintivo da cadela.
É comum que a cachorra não deixe ninguém se aproximar das suas crias recém-nascidas, por isso é preciso ter cuidado e respeitar o espaço dela, evitando estresses e maiores problemas. Com o tempo, ela percebe que o dono só quer ajudá-la e permite a aproximação.
Caso a cadela não esteja amamentando, é necessário um auxílio colocando os filhotes nas mamas, e caso a cadela não tenha leite, é necessário que imediatamente vá a uma loja de produtos para animal para comprar leite artificial e este ser oferecido aquecido aos filhotes. Lembre-se que em poucas horas o filhote pode apresentar hipoglicemia, desidratação e morrer, não fique esperando e, em caso de dúvida, encaminhe o animal a um médico veterinário.


Link deste artigo: http://www.cachorrogato.com.br/cachorros/gestacao-canina/
Sugira novo tema para um artigo
Fonte: CachorroGato @ http://www.cachorrogato.com.br/cachorros/gestacao-canina/

Nenhum comentário:

Postar um comentário