Padrão da raça:
Tamanho: 55 a 68 centímetros
Cabeça: Comprimento médio
Pescoço: Forte e musculoso
Caráter: Obediente e corajoso
A genética da seleção perversa
Monstros criados pelo homem? Exatamente. Graças à seleção artificial o pit bull é um animal feito para brigar. “Sabemos que a agressividade tem um forte componente genético porque ela já se manifesta em filhotes”, explica Randall Lockwood. Os cientistas têm três hipóteses sobre a origem da ferocidade dos pit bulls
A primeira decorre da constatação de que a maioria dos ataques fatais observados nos Estados Unidos, onde há estatísticas precisas, foram dirigidos a crianças em primeiro lugar e a idosos em segundo. “Nesse caso, eles estariam agindo como predadores, atacando os indefesos para comer”, afirma Sharon Crowell.
Outra pesquisa descobriu nos pit bulls deficiência de serotonina, o neurotransmissor responsável pela estabilidade emocional dos animais. “Os cães que atacam sem avisar são mesmo desequilibrados, em parte porque têm baixos níveis de serotonina.É preciso agora descobrir se isso é válido para todos os pit bulls ou somente para os agressivos, nada garante que, ao cruzar animais ferozes, os criadores tenham determinado que a agressividade se volte apenas contra cães. Ou seja, o ímpeto pode se descontrolar e atingir qualquer alvo, inclusive seu proprietário.
A terceira hipótese estuda a seleção do temperamento. Buscando produzir cães de rinha, os cruzadores teriam eliminado dos pit bulls dois comportamentos normais entre cães e lobos: advertir antes de atacar e cessar o ataque quando o adversário se rende. “Isso produz cachorros com uma ferocidade que não tem cabimento nem na natureza, pois é desprovida de sentido social e hierárquico. cães impetuosos e programados para atacar, que têm a agressividade como padrão de comportamento inato, não podem, é lógico, ser usados como mascotes.
Feras indomáveis desde o nascimento têm de ser sacrificadas ou, pelo menos, impedidas de passar seus maus genes para a frente.
Segundo alguns estudiosos, os pit bulls têm salvação. No Brasil, a supressão dos maus instintos está na mão dos quarenta criadores sérios, registrados, entre os 200 que existem no país.
O rigor dessa minoria de criadores sérios e a constatação de que há pit bulls e rottweilers bem-educados mudaram o projeto de lei federal que tramita no Congresso Nacional. O deputado Antonio Henrique Cunha Bueno (PPB-SP), autor da proposta, evitou legislar sobre raças e propôs normas de posse responsável para todos os cães.
“Qualquer raça está sujeita à seleção para agressividade, por isso não é justo exterminar duas delas”, diz Hannelore Fuchs. Lockwood concorda: “Temos de controlar todas as raças e lutar para exterminar rinhas e não pit bulls”. A justa reação da sociedade à violência de cães de briga pode estar com o endereço errado. Além da criatura, é preciso controlar o criador.
Orelha cortada
Alguns animais têm orelhas amputadas para diminuir a vulnerabilidade às mordidas dos adversários.
Porte atlético
Estes atletas guerreiros medem de 48 a 55 centímetros de altura e pesam de 23 a 35 quilos. Ágeis como felinos, podem até subir em árvores. Resistentes, conseguem correr até 10 quilômetros sem se cansar.
Nariz curto
O focinho pequeno ajuda o ataque. O animal continua respirando enquanto morde. O pescoço, também curto, oferece menos superfície de ataque aos inimigos.
Massa bruta
Eles são fortes o bastante para arrastar objetos de até 950 quilos em competições. O equivalente a um carro pequeno como o fusca.
Olhar incisivo
Os olhos têm um ângulo de visão restrito. Fixam o olhar no alvo no momento do ataque. Ele não vê mais nada. Toureiro
Raça nascida do cruzamento de cães pug com mastiff. Tem tamanho médio, cabeça grande e focinho curto. Ficou famoso enfrentando touros.
+ O pulo do pit
Cão de mandíbulas musculosas e pernas traseiras fortes, com grande capacidade de salto. Criado originalmente na Inglaterra. É ágil, ativo e alegre. Deu ao bull terrier a agilidade que faltava aos bull dogs.
= Bom de briga
Criado para brigar em rinha, combina a vivacidade dos terriers com a força e a persistência dos bull dogs. Renegando seu passado de luta, virou um cão mais dócil.
+ Pura velocidade
Animais velozes, associados à civilização desde a quarta dinastia egípcia (2900 a.C. a 2751 a.C.). Precisam de muita atenção e exercício. Usados na receita do pit bull, deram-lhe velocidade.
+ Baixinho abusado
Cão pequeno, agressivo com todos os outros animais, exceto os cavalos. Foi selecionado para caçar tanto no chão quanto em árvores, que sobe com facilidade.
+ Americam Sttafordshire Tirrier
Irmão desnaturado
Raça pequena, de 41 a 48 centímetros de altura, mas musculosa e ágil. Foi usada para reforçar a agressividade, a agilidade e a tolerância à dor dos pit bulls.
= Campeão do ringue
Além de forte, ágil, agressivo e veloz, o pit bull têm uma resistência à dor muito maior do que a dos seus ancestrais. 1. O gene selvagem
Cachorros descendem de lobos, que caçam para comer. As duas espécies afastaram-se há mais de 100 000 anos. Mas cães ferozes compartilham com os ancestrais características físicas e comportamentais difíceis de apagar.
Estudo realizado pelo Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos entre 1979 e 1988 mostrou que, de 157 pessoas mortas por cães (principalmente por pit bulls), 70% eram crianças. O ataque a indefesos sugere que os animais confundem suas vítimas com comida.
2. Pavio curto
Cães são bichos sociais como os lobos, cujas posições hierárquicas na matilha são definidas por lutas. A ordem determina quem come primeiro e quem tem acesso às fêmeas.
Rituais de hierarquização não são mortais entre animais que têm, no cérebro, níveis normais de serotonina, o neurotransmissor responsável pelo equilíbrio emocional.
3. Fúria implacável
Numa competição, cachorros encenam um ritual de quatro etapas: 1) identificam o oponente; 2) ameaçam; 3) atacam; 4) cessam a luta quando o adversário dá sinais de rendição.
Pesquisa da veterinária Ilana Reisner, da Universidade de Cornell, com pit bulls que agrediram seres humanos, revelou que eles tinham 25% menos serotonina que outros cães violentos.
Pela seleção artificial o homem cruzou sempre os filhotes mais descontrolados das ninhadas. Assim, suprimiu do pit bull dois comportamentos: a ameaça do ataque e o respeito à rendição. A impetuosidade da raça não tem igual.
Ele surgiu na Turíngia, no centro da Alemanha, mais exatamente na aldeia de Apold, onde um porteiro de palácio chamado Luís Dobermann cruzou um pastor alemão antigo com um cão da raça pinscher.
Outras raças como o black and tan terrier (hoje extinto) e o rottweiler entraram no seu aprimoramento. Registrado em 1890, somente em 1900 adquiriu o atual jeitão ágil e elegante. Defende com gana o território e o dono.
A raça mostra tendência inata para atacar desconhecidos. Por isso é selecionada para proteger propriedades contra intrusos.
Tamanho: 55 a 68 centímetros
Cabeça: Comprimento médio
Pescoço: Forte e musculoso
Caráter: Obediente e corajoso
A genética da seleção perversa
Monstros criados pelo homem? Exatamente. Graças à seleção artificial o pit bull é um animal feito para brigar. “Sabemos que a agressividade tem um forte componente genético porque ela já se manifesta em filhotes”, explica Randall Lockwood. Os cientistas têm três hipóteses sobre a origem da ferocidade dos pit bulls
A primeira decorre da constatação de que a maioria dos ataques fatais observados nos Estados Unidos, onde há estatísticas precisas, foram dirigidos a crianças em primeiro lugar e a idosos em segundo. “Nesse caso, eles estariam agindo como predadores, atacando os indefesos para comer”, afirma Sharon Crowell.
Outra pesquisa descobriu nos pit bulls deficiência de serotonina, o neurotransmissor responsável pela estabilidade emocional dos animais. “Os cães que atacam sem avisar são mesmo desequilibrados, em parte porque têm baixos níveis de serotonina.É preciso agora descobrir se isso é válido para todos os pit bulls ou somente para os agressivos, nada garante que, ao cruzar animais ferozes, os criadores tenham determinado que a agressividade se volte apenas contra cães. Ou seja, o ímpeto pode se descontrolar e atingir qualquer alvo, inclusive seu proprietário.
A terceira hipótese estuda a seleção do temperamento. Buscando produzir cães de rinha, os cruzadores teriam eliminado dos pit bulls dois comportamentos normais entre cães e lobos: advertir antes de atacar e cessar o ataque quando o adversário se rende. “Isso produz cachorros com uma ferocidade que não tem cabimento nem na natureza, pois é desprovida de sentido social e hierárquico. cães impetuosos e programados para atacar, que têm a agressividade como padrão de comportamento inato, não podem, é lógico, ser usados como mascotes.
Feras indomáveis desde o nascimento têm de ser sacrificadas ou, pelo menos, impedidas de passar seus maus genes para a frente.
Segundo alguns estudiosos, os pit bulls têm salvação. No Brasil, a supressão dos maus instintos está na mão dos quarenta criadores sérios, registrados, entre os 200 que existem no país.
O rigor dessa minoria de criadores sérios e a constatação de que há pit bulls e rottweilers bem-educados mudaram o projeto de lei federal que tramita no Congresso Nacional. O deputado Antonio Henrique Cunha Bueno (PPB-SP), autor da proposta, evitou legislar sobre raças e propôs normas de posse responsável para todos os cães.
“Qualquer raça está sujeita à seleção para agressividade, por isso não é justo exterminar duas delas”, diz Hannelore Fuchs. Lockwood concorda: “Temos de controlar todas as raças e lutar para exterminar rinhas e não pit bulls”. A justa reação da sociedade à violência de cães de briga pode estar com o endereço errado. Além da criatura, é preciso controlar o criador.
Orelha cortada
Alguns animais têm orelhas amputadas para diminuir a vulnerabilidade às mordidas dos adversários.
Porte atlético
Estes atletas guerreiros medem de 48 a 55 centímetros de altura e pesam de 23 a 35 quilos. Ágeis como felinos, podem até subir em árvores. Resistentes, conseguem correr até 10 quilômetros sem se cansar.
Nariz curto
O focinho pequeno ajuda o ataque. O animal continua respirando enquanto morde. O pescoço, também curto, oferece menos superfície de ataque aos inimigos.
Massa bruta
Eles são fortes o bastante para arrastar objetos de até 950 quilos em competições. O equivalente a um carro pequeno como o fusca.
Olhar incisivo
Os olhos têm um ângulo de visão restrito. Fixam o olhar no alvo no momento do ataque. Ele não vê mais nada. Toureiro
Raça nascida do cruzamento de cães pug com mastiff. Tem tamanho médio, cabeça grande e focinho curto. Ficou famoso enfrentando touros.
+ O pulo do pit
Cão de mandíbulas musculosas e pernas traseiras fortes, com grande capacidade de salto. Criado originalmente na Inglaterra. É ágil, ativo e alegre. Deu ao bull terrier a agilidade que faltava aos bull dogs.
= Bom de briga
Criado para brigar em rinha, combina a vivacidade dos terriers com a força e a persistência dos bull dogs. Renegando seu passado de luta, virou um cão mais dócil.
+ Pura velocidade
Animais velozes, associados à civilização desde a quarta dinastia egípcia (2900 a.C. a 2751 a.C.). Precisam de muita atenção e exercício. Usados na receita do pit bull, deram-lhe velocidade.
+ Baixinho abusado
Cão pequeno, agressivo com todos os outros animais, exceto os cavalos. Foi selecionado para caçar tanto no chão quanto em árvores, que sobe com facilidade.
+ Americam Sttafordshire Tirrier
Irmão desnaturado
Raça pequena, de 41 a 48 centímetros de altura, mas musculosa e ágil. Foi usada para reforçar a agressividade, a agilidade e a tolerância à dor dos pit bulls.
= Campeão do ringue
Além de forte, ágil, agressivo e veloz, o pit bull têm uma resistência à dor muito maior do que a dos seus ancestrais. 1. O gene selvagem
Cachorros descendem de lobos, que caçam para comer. As duas espécies afastaram-se há mais de 100 000 anos. Mas cães ferozes compartilham com os ancestrais características físicas e comportamentais difíceis de apagar.
Estudo realizado pelo Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos entre 1979 e 1988 mostrou que, de 157 pessoas mortas por cães (principalmente por pit bulls), 70% eram crianças. O ataque a indefesos sugere que os animais confundem suas vítimas com comida.
2. Pavio curto
Cães são bichos sociais como os lobos, cujas posições hierárquicas na matilha são definidas por lutas. A ordem determina quem come primeiro e quem tem acesso às fêmeas.
Rituais de hierarquização não são mortais entre animais que têm, no cérebro, níveis normais de serotonina, o neurotransmissor responsável pelo equilíbrio emocional.
3. Fúria implacável
Numa competição, cachorros encenam um ritual de quatro etapas: 1) identificam o oponente; 2) ameaçam; 3) atacam; 4) cessam a luta quando o adversário dá sinais de rendição.
Pesquisa da veterinária Ilana Reisner, da Universidade de Cornell, com pit bulls que agrediram seres humanos, revelou que eles tinham 25% menos serotonina que outros cães violentos.
Pela seleção artificial o homem cruzou sempre os filhotes mais descontrolados das ninhadas. Assim, suprimiu do pit bull dois comportamentos: a ameaça do ataque e o respeito à rendição. A impetuosidade da raça não tem igual.
Ele surgiu na Turíngia, no centro da Alemanha, mais exatamente na aldeia de Apold, onde um porteiro de palácio chamado Luís Dobermann cruzou um pastor alemão antigo com um cão da raça pinscher.
Outras raças como o black and tan terrier (hoje extinto) e o rottweiler entraram no seu aprimoramento. Registrado em 1890, somente em 1900 adquiriu o atual jeitão ágil e elegante. Defende com gana o território e o dono.
A raça mostra tendência inata para atacar desconhecidos. Por isso é selecionada para proteger propriedades contra intrusos.
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