Não tem mágica: os gatos precisam de um tempinho para entenderem que estão caindo e adotar uma postura que amorteça a queda. Isso gera um fato curioso: a probabilidade de eles se machucarem é maior quando a queda ocorre de alturas mais baixas! Uma pesquisa feita pelos veterinários americanos Cheryl Mehlhaff e Wayne Whitney, em 1987, confirmou essa tendência.
Durante 5 meses, eles catalogaram todas as quedas de gatos de edifícios de Nova York (foram 105, no total) e viram que o maior número de ferimentos e mortes aconteceu com os felinos que despencaram até do 7º andar. A explicação dos veterinários é que, quando percebem que estão chegando perto do solo, os gatos que caem de muito alto instintivamente relaxam a postura, aumentando a área do corpo que absorverá o impacto da queda do pobre felino.
Quando o gato começa a cair, bigodes e pêlos nas bochechas captam a posição de bicho no espaço.O cérebro recebe e processa esses dado
Em fração de segundo, o cérebro envia ordens aos músculos para que eles corrijam a postura do bicho, com as patas voltadas para o solo
Instintivamente, o gato adota uma postura defensiva, encolhendo o corpo. Isso faz com que ele atinja mais rápido a velocidade final de queda, de cerca de 100 km/h.
Ao atingir a velocidade final, o bichano relaxa e se estica, oferecendo maior resistência ao ar e freando o corpo. É como se ele virasse um pára-quedas e tivesse mais área para seus músculos, ligamentos e articulações absorverem o choque.
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