terça-feira, 8 de julho de 2014

Mastim Espanhol


 (outros nomes: Mastín Español)

Mastim Espanhol
origem:Espanha
classificação:Raça de Trabalho
altura:66 para 71 cm
peso:50 para 60 kg

História 

O Mastim Espanhol, tal como grande parte dos demais Mastins, descende do Molosso, cão de guerra e de luta, utilizado pelos romanos há centenas de anos. Originário das regiões de La Mancha e Extremadura, este cão existe, segundo alguns especialistas, há mais de 4000 anos em Espanha.

Inicialmente, foi utilizado como cão de guarda, cabendo-lhe a tarefa de proteger o rebanho durante as migrações sazonais que se encetavam nas regiões montanhosas do sul de Espanha.
Adoptando uma postura calma e atenta, este cão tornou-se imprescindível a muitos pastores nómadas, que confiavam na sua coragem e devoção para o sucesso das longas jornadas de trabalho. Foi igualmente utilizado como cão de caça grossa, se bem que, ao contrário do Mastim Napolitano e do Dogue de Bordéus, este não seja considerado um cão de guerra, mas sim um ancestral cão de guarda. O maior desafio que se lhes impunha era a migração das ovelhas Merino que percorriam as cañadas (caminhos próprios para estas digressões) de Extremadura, Andalusia até Castilha. O percurso estendia-se por várias centenas de quilómetros e estava minado com ataques surpresas de pedradores, que escolhiam o período da noite para tentar a sua sorte. As ovelhas Merino eram protegidas pelo 'Honrado Concejo de la Mesta', uma poderosa associação que detinha o monopólio da sua criação e que, durante algum tempo foi proibida de as exportar.

Com a passagem dos séculos, a frequência destas migrações começou a diminuir até que a Guerra Civil de Espanha ditou o seu definitivo cancelamento. Esta raça destituída do propósito para a qual foi criada, e inserida num contexto histórico particularmente difícil para aquele país, enfrentou a quase total extinção. No entanto, os anos 70 revelaram-se auspiciosos para esta estirpe que foi recuperada e protegida pela então recém-criada Associación Española del Perro Mastín Español. Abre-se um novo capítulo na história desta raça que começa a participar em exposições, a ser objecto de selecção e análise por parte de especialistas, e a desempenhar novas funções como cão de guarda e de companhia, agora inscritas nos tempos modernos. A raça é reconhecida pela FCI (Federation Cynologique Internationale), mas é pouco vista fora da sua terra natal, onde a sua produção está largamente difundida.

Detentor de um património histórico assombroso, ele é hoje considerado o cão nacional de Espanha, onde a sua criação é muito significativa.
 

Descrição 

Este cão de guarda de magnífico porte, mede nas espáduas entre 66 e 71 cm (as fêmeas medem ligeiramente menos) e pesa entre os 50 e os 60 Kgs.

A pelagem é curta, áspera e espessa e pode ter diferentes colorações: cinzento lobeiro, gamo, malhado ou branco - ou ter marcas castanhas, gamo, grisalho ou cinzento.
A cabeça é mais refinada do que a do Mastim Napolitano, apesar de ainda assim ser de grande, larga e com o crânio arredondado. Os olhos são pequenos e escuros e as orelhas pontiagudas encontram-se normalmente pendentes. O pescoço largo e musculado faz adivinhar uma silhueta robusta. É dotado com um dorso firme, bem desenvolvido, e um peito largo e profundo. Os membros são musculosos e conferem-lhe uma movimentação poderosa. A cauda curta e grossa, enrola-se ligeiramente quando em acção.
 

Temperamento 

O Mastim Espanhol é um leal amigo e um protector atento. Segue o seu dono com preocupação, apesar de não ser afectivamente um cão muito exigente. Na verdade, é um animal deveras independente e firme de carácter, que pode não acatar determinadas ordens, simplesmente porque não lhe apetece.

Com a família e com as crianças, é gentil, devoto e pacífico, mas perante estranhos adopta uma postura reservada e atenta. Muitos criadores não aconselham este animal a pessoas menos experientes, na medida em que é necessário saber educá-lo e socializá-lo enquanto pequeno, já que se irá tornar num animal de grande porte que é preciso saber controlar.
 

Observações 

O Mastim Espanhol possui uma esperança média de vida que pode atingir os 14 anos. No decorrer desse tempo, há que ter particular atenção com a displasia da anca, problemas cardíacos e de visão.

É necessário escovar o seu pêlo diariamente com uma escova de cerdas e submetê-lo, em adulto, à prática regular de exercício, sem cometer grandes excessos (uma hora de caminhada é o suficiente).

Convém ainda referir que estes cães devem viver no exterior, já que necessitam de espaços amplos para se sentirem bem e aguentam perfeitamente as condições climatéricas mais adversas.

http://www.arcadenoe.pt/raca/mastim_espanhol/242

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