sexta-feira, 25 de julho de 2014

Shiba Inu


O mais Popular no Japão

Shiba Inu
origem:Japão
classificação:Caça Pequena; Companhia
altura:35 para 41 cm
peso:9 para 14 kg

História 

O Shiba Inu é provavelmente uma das raças mais apelativas de todas. Tem o olhar que os fabricantes de peluches tentam dar aos seus bonecos. Mas um cão não é um brinquedo. Este é particularmente um cão muito animado com um leque de características único. Cada cão é um indivíduo com a sua personalidade, contudo existem alguns traços que se pensa puderem ser generalizados a todos os animais desta raça.

Inicialmente esta raça era usada para caçar aves e para pequenos jogos; eram ainda usados, ocasionalmente, para caçar javalis. Actualmente são mais procurados como animais de estimação, tanto no Japão como nos EUA. Existem mais Shiba Inus no Japão do que qualquer outra raça. Por volta de 7000 a.C. os antecedentes da raça actual poderão ter acompanhado os primeiros imigrantes para o Japão. Escavações arqueológicas de restos de cozinhas deixados pelos Jomonjin, evidenciaram que eles possuíam cães pequenos. no terceiro século a.C. um novo grupo de imigrantes trouxeram os seus cães para o Japão. Estes cães foram cruzados com os descendentes dos cães dos Jomonjin , e surgiram cães conhecidos pelas orelhas pontiagudas, e cauda encaracolada ou em forma de foice. No século 7 d.C. o Tribunal Yamato criou um cargo de tratador de cães que ajudaria a manter as raças nativas Japonesas como parte d seu legado cultural.

Embora o país tivesse fechado para estrangeiros desde o século XVII até ao século XVIII, alguns cães Europeus e uma raça conhecida como o Chin Chinês foram trazidos para o Japão, e cruzaram-se com os cães nativos das áreas mais populosas. Os cães das áreas rurais mantiveram portanto as suas características relativamente puras. Originalmente existiam três variedades de Shiba Inu, cada um designado de acordo com a região a que pertencia: o Shinshu Shiba, da prefeitura de Nagano, onde Shiba significa “pequeno cão”; o Mino Shiba, da prefeitura de Gifu; e o Sanin Shiba, da parte nordeste do Continente.

Embora parecidos, os Shibas de cada área contribuíram para a existência de diferenças na raça que encontramos hoje. Dos cães nativos japoneses, desenvolveram-se seis “tipos” desta raça em três tamanhos diferentes. São o Akita (porte grande); Kishu, Hokkaido, Shikoku, Kai (tamanho médio); e o Shiba (tamanho pequeno). O cão de menor porte, o Shiba tem esta designação desde a Antiguidade, e existem várias teorias em torno do surgimento de tal nome. Uma explicação bastante conhecida é a de que a palavra “Shiba” significa “matagal”, e os cães eram designados pelo tipo de arbusto em que caçavam.

Outra teoria é a de que a cor vermelho fogo do Shiba é idêntica à cor das folhas dos matagais no Outono. Uma terceira teoria dá conta do significado obsoleto da palavra Shiba, referindo-se ao seu pequeno porte. Estas explicações são frequentemente combinadas entre si de tal modo que o Shiba seja referenciado como o “pequeno cão do matagal”. A 2ª GGM foi quase fatal para o Shiba e a maior parte dos cães que não sucumbiram ás mãos de bombas, pereceram na enfermidade que caracterizou o pós guerra. Enquanto o Mino Shiba e o Sanin Shiba se extinguiram quase totalmente, foram mais os Shinshu Shibas sobreviventes. Depois da guerra, os Shibas foram trazidos das áreas rurais e foram criados programas para reprodução da raça.

Os sobreviventes dos três tipos foram então combinados para criar a raça tal como é conhecida actualmente.
Crê-se que na sua linhagem haja sangue de Chow-Chow mas tal não está provado cientificamente. A dada altura surge uma tendência para que esta raça apresente uma dentição deficiente mas tal rapidamente corrigido através da criação selectiva da raça.
Tornou-se nos últimos anos num firme protegido dos exibidores à cena internacional.
O Shiba Inu tem como princípio que “su casa es mi casa” e portanto vai tentar dormir na sua cama, comer à sua mesa e descansar no seu sofá preferido. Ainda cachorro tentará ainda desmontar o seu vídeo, roer os atacadores dos seus sapatos,... enfim. Se qualquer destes comportamentos o perturbar, deverá considerar, inicialmente, a possibilidade de montar uma vedação em torno da área em que o cachorro pode andar dentro de casa.

Esta raça é muito activa mas tal não significa que precise de muito espaço para se exercitar. Podem muito bem ter algum oo exercício necessário atirando-se do sofá para o chão ou rolando em cima da cama, mas precisam sempre de mais qualquer coisa. Esta raça gosta de passear com pessoas e para muitos chega a ser mais excitante que comer. Será com certeza um bom exercício tanto para o animal como para o dono!

Se lhe for dado a escolher, o cachorro preferirá sempre o corpo humano como brinquedo para roer. Os dedos das mãos e pés são óptimos com uma meia enrolada ou umas sandálias. Mas se desejar alargar os seus horizontes e preservar o seu corpo, poderá visitar uma loja de animais e descobrir alguns brinquedos que o poderão entreter muito bem. Na sua casa também poderá encontrar um sapato velho ou uma bola inutilizada que também poderão servir perfeitamente o mesmo objectivo. Mesmo uma visita ao campo se pode tornar frutífera, trazendo consigo algumas pinhas, ao galhos de árvores.
O Shiba Inu não é destrutivo por natureza, mas todos os cachorros gostam de roer! Mesmo os adultos gostam, de vez em quando, de roer em qualquer coisa. Se o seu cachorro lhe roer os seus sapatos preferidos, não se zangue com ele, pense antes que foi você quem os deixou ao alcance do seu cachorro. A filosofia é a de que os cães não cometem erros; as pessoas sim.
Todos os cães, especialmente os cachorros, consideram que as crianças pequenas são presas fáceis e frágeis. Assim eles tentarão brincar com as crianças tal como se se tratasse de outro cachorro, especialmente se a criança gatinhar pelo chão e emitir sons squealing. A responsabilidade sobre como um cachorro interage com uma criança recai sobre os seus pais. A maioria das crianças educadas nesse sentido, não vêem qualquer problema em adaptar-se a um cachorro desta raça. Assim, antes de adquirir o seu Shiba deve visitar casas onde existam cães desta raça e tentar compreender um pouco melhor a forma como eles reagem aos estímulos neste ambiente. NÃO SE APAIXONE POR UM SHIBA INU E NÃO O LEVE IMEDIATAMENTE CONSIGO PARA CASA. Veja como eles interagem e deixe que a sua intuição seja o seu guia. Quando algum adulto visita uma casa em que haja um Shiba Inu ainda cachorro, normalmente deixa que seja este a aproximar-se ao passo que as crianças correm desenfreadamente atrás do que lhes parece ser um brinquedo com vida própria! Embora um cão bem treinado consiga tolerar relativamente bem esta situação, se for demais ele irá irritar-se porque esta raça não gosta de se constantemente restringido e agarrado. Então, torna-se imperativo ensinar a criança a esperar que o cão se aproxime.

Temperamento 

Ao início pode parecer algo distante mas esta raça é tipicamente bem humorada, inteligente e activa.
Com um pequeno nariz preto, pequenas orelhas espetadas e uma cauda encaracolada, o Shiba Inu chega-nos como um Rei.

Os japoneses têm três palavras para descrever o temperamento desta raça. A primeira é “kan-i” que designa bravura e intrepidez, associada a grande calma e força mental. O oposto é “ryosei” que significa bom coração com boa disposição. Uma nunca poderá existir sem o outro. O lado encantador do Shiba Inu é “soboku” que é simplicidade com um espírito refinado e aberto. Eles combinam-se para criar a personalidade a personalidade “irresistível” deste cão.

Partilhar é um conceito que ele vê sempre presente. Se alguém que deseje adquirir um cão desta raça se influencia ao ver uma fotografia numa revista ou uma exposição de raças, vai-se apaixonar quando vir um cachorrinho. O cão adulto está muito longe de ser considerado um brinquedo. É um garanhão ainda que com um aspecto tão doce. O Shiba Inu leva as suas características de bravo e intrépido muito a sério. Na socialização primária, os testes ao temperamento e os cuidados essenciais são vitais ao desenvolvimento saudável do cachorro. O seu ímpeto pode ser conduzido calmamente. Assim, a maioria dos donos desta raça aprendem a lidar com os aspectos problemáticos da sua personalidade de modo a puder desfrutar dos aspectos agradáveis. Com “soboku”, a raça chega-nos ao coração.

Descrição 

O Shiba é o mais pequeno das raças de cães nativos do Japão e foi inicialmente desenvolvido para caçar pela capacidade da visão e faro na vegetação rasteira da zona montanhosa Japonesa. Alerta e ágil, com os sentidos aguçados, é também um excelente cão de guarda e companheiro. Os machos e fêmeas distinguem-se facilmente pela aparência: os machos são masculinos sem exagerar na agressividade e as fêmeas são femininas sem possuírem uma estrutura fraca. O tamanho preferido é o médio na tabela quer para machos quer para fêmeas.

Revela uma expressão inteligente com um olhar fixo. Os olhos são pequenos, profundos e triangulares e apresentam uma ligeira inclinação para a parte de fora da orelha. A íris é castanho escura. As orelhas são triangulares na forma, firmemente levantadas com um declive da parte de trás desta a acompanhar o arco descrito pelo pescoço. O tamanho do crânio é proporcional ao do resto do corpo. O stop é moderado. O focinho é firme e redondo, com uma projecção do maxilar inferior desde as bochechas. O osso do nariz é direito e o focinho afunila desde o stop em direcção à ponta do nariz. Os lábios são pretos e firmes. O nariz é preto e pontiagudo. A mordida é em tesoura, com o complemento de possuir os dentes totalmente alinhados e fortes.

O pescoço é grosso e vigoroso de comprimento moderado. O corpo é bem constituído em termos musculares. O peito é igualmente bem desenvolvido. O abdómen, ventre e garupa são firmes. A cauda é grossa e cai sobre o dorso em forma de foice ou mesmo encaracolada.
Quarto dianteiro: os cotovelos são mantidos próximos do corpo. As mãos estão moderadamente espaçadas, direitas e paralelas. A quartela é ligeiramente inclinada. A remoção do pezunho da frente é opcional.

Quarto traseiro: o seu angulo é moderado e deve ser proporcional ao angulo dos quartos dianteiros. Os pés e possuem uma posição muito sublime. Não existe pezunho. Quanto ao porte, o movimento é ágil, leve e veloz.

Enquanto raça, o Shiba Inu pode ser descrito como um cão saudável e forte, capaz de enfrentar o rigor da vida ao ar livre tal como apreciar o conforto da vida numa casa. São fáceis de tratar, não precisando de nenhuma dieta em especial além da boa ração que se encontra à venda. Podem correr quilómetros com o seu dono ou então fazer o seu exercício perseguindo uma bola pelo quintal. A sua agilidade e elasticidade felina fornece-lhe boa resistência aos ferimentos que possa vir a ter, e o tamanho “normal” e proporções simétricas das várias partes do seu corpo, diminuem as probabilidades de estar susceptível a algum desequilíbrio. Não obstante estes aspectos, existem alguns defeitos congénitos que podem surgir. Claro que os criadores tentam a todos o custo criar raças saudáveis e fortes e tal esforço tem sido bastante bem sucedido.

Tipo de Pêlo 

O pêlo do Shiba Inu é suave, espesso e muito macio ao toque. Tem um pêlo duplo, com um pêlo exterior denso, forte e liso e um pêlo interior suave e espesso. O pêlo é curto mesmo no focinho, orelhas e patas. O pêlo da cauda é ligeiramente mais comprido e está aberto em forma de pincel. É preferível que a raça se apresente no seu estado natural.

O pêlo pode ser de várias cores, sendo que todas devem ser claras e intensas. As mais comuns são o preto ou bronze, vermelho e vermelho sésamo. O pêlo interior é cor de creme, amarelado ou cinzento. A cor Urajiro (entre a cor de creme e a cor branca típica do ventre) deve existir nas seguintes zonas: lados do focinho, nas bochechas, dentro das orelhas, no maxilar inferior, no abdómen, em torno do ânus e no lado abdominal da cauda. Os avermelhados aparecem normalmente na garganta e peito.

Os exemplares pretos e sésamo (pêlos pretos sobre vermelho) surgem normalmente como uma marca triangular em ambos os lados do peito. Alguns exemplares apresentam também manchas brancas sobre os olhos mas tal não é condição imprescindível.

A cor laranja avermelhado combinados com Urajiro conferem uma aparência similar à dos lobos aos cães com estas cores. O vermelho simples é também apreciado ainda que alguns exemplares apresentem umas quantas pinceladas de preto na garupa e cauda.

Outros apresentam-se em preto com alguns pontos bronze e Urajiro; ou então preto com um tom acastanhado. A linha que separa o preto do bronze está claramente demarcada. As zonas bronze são designadamente: duas manchas ovais sobre os olhos; na parte exterior das patas anteriores, desde o carpo ou um pouco acima, até aos dedos do pé; na parte exterior das patas posteriores desde a frente das rótulas até ao jarrete, mas não elimina por completo o preto existente na parte de trás das quartelas. É permitido algumas pinceladas pretas nos dedos da mão. Pêlos bronze também podem ser encontrados no interior das orelhas e na parte de baixo da cauda.
- Sésamo (pêlos pretos sobre vermelho) com Urajiro. As áreas de cor sésamo aparecem com pelo menos metade dessas áreas a vermelho. Pode terminar num bico de pêlo na testa, deixando o osso do nariz e os lados do focinho vermelhos. As manchas nos olhos e pernas traseiras também são vermelhas. As marcas brancas claramente delineadas são permitidas mas não são necessárias na ponta da cauda, e em forma de meia nas mãos.

Observações 

Tal como o Basenji, raramente ladra, preferindo emitir um som em falsete, lembrando uma canção tirolesa.
Precisa de bastante exercício e de uma boa escovagem diária para ficar com ar esmerado. Dá-se bem com outros cães.
É um bom guarda.
É uma raça apropriada para alguém com bastante paciência e experiência.

http://www.arcadenoe.pt/raca/shiba_inu/141

Nenhum comentário:

Postar um comentário